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11 países sem sacolas plásticas

Com a lei que regulariza a distribuição de sacolinhas descartáveis no comércio da cidade de São Paulo, em vigor desde o início do mês, a chiadeira é geral entre consumidores acostumados a receber graciosamente esses produtos que facilitam carregar as compras para casa. A reação mostra que atitudes no sentido de estimular mudanças saudáveis de hábitos na sociedade são mesmo difíceis de ser implementadas.

Por isso, a proibição da gratuidade das sacolas na capital paulista gerou uma espécie de desespero nos paulistanos, surpresos por não tê-las mais à vontade e nos caixas. Agora, quem quiser que compre por cerca de 10 centavos cada uma.

No mundo todo, vários países já proibiram a entrega gratuita de sacolas descartáveis no comércio de suas cidades. Outros, inclusive, baniram o produto de vez.

Se eles conseguem sobreviver sem elas, ou pagando por elas, por que não nós?

A seguir, os países que estão em guerra contra o desperdício das sacolinhas descartáveis – e dos danos ambientais que elas provocam ao redor do planeta – em ordem alfabética:

Alemanha – Lá as sacolas descartáveis são vendidas por até 0,10 euros. Então, uma parte da população leva suas próprias sacolas duráveis às compras. Outra parte não se incomoda em pagar pelas descartáveis. Diariamente são consumidas 17 milhões delas diariamente.

Argentina – Os hermanos também levam suas sacolas de pano ou de plástico quando vão ao mercado. Desde 2008 vigora na província de Buenos Aires uma lei que proíbe a circulação de sacolas descartáveis. Para o ano que vem a ideia é abolir completamente as descartáveis em território argentino.

Bangladesh – Este foi o pioneiro em todo o planeta a acabar com a farra das sacolinhas. Isto aconteceu em 2002. O país asiático ficou traumatizado com as descartáveis depois que toneladas de seus resíduos incrementaram uma grande inundação que cobriu dois terços do seu território durante as enchentes de 1988 e 1998.

China – A grande potência mundial eliminou de vez as sacolas plásticas exatamente no dia 1º de junho de 2008. Desde então, o próprio governo divulgou um relatório apontando que com a medida, o país deixou de gastar 4,8 milhões de toneladas de petróleo e 800 mil toneladas de plástico.

Espanha – Em 2010, o governo aprovou seu Plano Nacional Integrado de Resíduos, algo como a nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que pretende reduzir a quantidade de lixo gerada todos os dias nas cidades. Como uma das consequências da lei espanhola os supermercados passaram a dar descontos para clientes que dispensam as descartáveis.

Estados Unidos – Em 2007 a cidade de São Francisco – sempre na vanguarda – foi a primeira no país a dar um fim nas sacolinhas. No ano passado estado da Califórnia também aderiu à iniciativa proibindo a distribuição gratuita.

França – Um pouco atrasada em relação a outros países, somente no ano passado uma lei anti-sacolas foi promulgada no país. Mas apenas em janeiro no ano que vem vão desaparecer dos supermercados.

Irlanda – Por lá os consumidores já pagavam caro pelas sacolas em 2002: nada menos que 15 centavos de libra. Não à toda, a utilização delas caiu 94%. Cinco anos mais tarde o preço subiu para 22 centavos de libra. Com esse valor imagina-se que nenhum irlandês mais consuma as descartáveis.

Itália – Desde 2013 o comércio foi obrigado a vender apenas sacolas biodegradáveis. A medida gerou uma briga com o Reino Unido. Os britânicos questionam a validade da lei diante das regras de mercado interno da comunidade europeia. Por outro lado, os ambientalistas não acreditam que as biodegradáveis contribuam com a melhoria do meio ambiente.

Mauritânia – Os habitantes do país africano não sabem o que é uma sacola descartável desde 2013. A razão do banimento é muito forte: até o final de 2013 cerca de 70% de mortes acidentais de animais como ovelhas e bois foram causadas pela ingestão das sacolinhas.

Reino Unido – As sacolas saem por 5 centavos de libra no comércio. Quando elas ainda era gratuitas foram consumidas 57 mil toneladas, só em 2013. É o equivalente a 130 sacolas por pessoa.

Fonte – Deutsche Welle / Planeta Sustentável de 24 de abril de 2015

Temos o projeto sacolas retornáveis, que desde 2005 tenta acabar com as malditas sacolas plásticas de uso único através de educação ambiental e leis. Infelizmente esse projeto é odiado pela população consumista que quer comprar até acabar com os recursos naturais do planeta.

Aí, quando pensávamos que São Paulo iria finalmente banir estas sacolas inúteis, pois havia lei, vem a rainha vermelha, ops, o prefeito vermelho e faz o desfavor de torcer a lei para distribuir sacola de uso único feita de comida. Ridículo, inconsequente, um grave crime ambiental.

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