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Plantando no vizinho – 10 países que estão comprando terras estrangeiras aos montes

Mais de 83,2 milhões de hectares de terra em países em desenvolvimento foram vendidos em grandes transações internacionais desde 2000, segundo estimativa de um relatório do projeto Land Matrix, que reúne esforços de uma série de organizações internacionais focadas na questão agrária. Pelo menos metade destas transações foi reportada por fontes consideradas confiáveis pelo projeto.

Segundo o levantamento, a África é o principal alvo das aquisições, puxadas pelo aumento nos preços das commodities agrícolas e pela escassez de recursos naturais em alguns dos países compradores. Terrenos na Ásia e América Latina também estão na rota das compras. Os fins vão desde agricultura e mineração até cultivo de madeira e turismo.

Um dado preocupante levantado pelo estudo é o de que a maioria das aquisições se concentra em países pobres, pouco integrados à economia global e onde há graves problemas de fome entre a população local.

Entre os países mais procurados pelos investidores para a compra de terras estão Indonésia, Filipinas, Malásia, Congo, Etiópia, Sudão e o Brasil, que teve mais de 3,8 milhões de hectares vendidos para estrangeiros nos últimos 12 anos.

Saiba quais são os países que arremataram as maiores porções de terras estrangeiras desde 2000.

Índia

Os investidores indianos foram os que mais mostraram apetite no período analisado, comprando principalmente terras no sudeste asiático.

O país arrematou mais de 5,4 milhões de hectares de terras (um hectare equivale, a aproximadamente, um campo de futebol), por meio de investidores dos ramos da indústria, madeira, agricultura e mineração.

China

A China comprou mais de 5,3 milhões de hectares de terras no exterior por meio de seus investidores.

O alvo foram principalmente terras na África Central e no sudeste asiático. Empresas dos setores de madeira e agricultura lideraram as transações.

Estados Unidos

Os Estados Unidos aparecem em terceiro lugar no ranking, tendo comprado mais de 4,1 milhões de hectares em terra estrangeira.

O alvo principal dos investidores foi o continente africano, mas as empresas americanas também compraram terras no sudeste asiático e na América Latina.

Malásia

A Malásia adquiriu mais de 3,3 milhões de hectares em terras por meio de transações internacionais.

Em um único negócio, a multinacional Sime Darby Berhad comprou mais de 250 mil hectares de terra na Indonésia.

Reino Unido

Por meio de transações internacionais, o Reino Unido arrematou mais de 3 milhões de hectares de terras.

Em um dos maiores negócios registrados, a NRG Chemicals comprou 700 mil hectares de terra nas Filipinas.

Coreia do Sul

A Coréia do Sul adquiriu 2,6 milhões de hectares em terras fora de seu território, com destaque para aquisições na África e Sudeste Asiático.

A Kapa Ltda., por exemplo, adquiriu mais de 40 mil hectares de terra no Camboja.

Itália

A Itália comprou mais de 2,6 milhões de hectares em terras por meio de transações internacionais.

Em uma única transação, um investidor desconhecido arrematou, em 2009, 2 milhões de hectares em terras para agricultura na Indonésia.

Israel

Os investidores israelenses compraram mais de 2,3 milhões de hectares em terras fora de seu território.

Um único investidor comprou 2 milhões de hectares na República Democrática do Congo para agricultura.

Emirados Árabes Unidos

Mais de 2,2 milhões de hectares de terra foram comprados por investidores dos Emirados Árabes Unidos.

A Al Ain National Wildlife comprou 1,6 milhão de hectares de terra para desenvolver atividades ligadas ao turismo no Sudão.

Arábia Saudita

A Arábia Saudita adquiriu mais de 2,2 milhões de hectares em terra estrangeira.

Entre as grandes aquisições, está a compra de 273 mil hectares nas Filipinas pela Eastern Renewable Fuels Corp. para agricultura.

Saiba sobre o  projeto Land Matrix clicando aqui

Fonte e imagem – Portal Exame de 16 de maio de 2012

Isso está tão errado, mas tão errado que não tem nem como explicar. Já passou da hora dos deputados federais e os deputados estaduais fecharem as portas para esse tipo de negócio, que só é bom para o país que compra a terra, nunca para o país explorado. Quer comprar madeira, minério, comida, compre de quem cultivou, mas não é possível que nossas terras continuem sendo vendidas para países que exploram a terra até o limite, destroem a produtividade, contaminam com agrotóxicos, plantam transgênicos e depois abandonam esta terra para comprar em qualquer outro país e repetir o crime.

O solo é sagrado e deve pertencer somente ao país, somente aos cidadãos do país, que tem raízes, história, comprometimento com esta terra que será legada aos seus descendentes, aos seres do amanhã.

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