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Mundo pode poupar US$ 100 bi com “luz verde”

Um relatório divulgado pelo braço ambiental das Nações Unidas mostra que não é preciso um grande empenho político, como o visto essa semana durante a Rio+20, para obter reduções significativas no consumo de energia. A iluminação eficiente das cidades seria capaz de gerar uma economia de US$ 110 bilhões por ano aos bolsos públicos e reduzir em 5% o consumo energético mundial. Basta trocar as lâmpadas.

Somente no Brasil, a economia com energia chegaria a US$ 3 bilhões, aponta o estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em parceria com a Agência Internacional de Energia (AIE). Na Índia, a redução no consumo de energia ultrapassaria os 35%, com uma economia de US$ 2 bilhões, caso as lâmpadas incandescentes ainda usadas no país fossem substituídas por modelos eficientes.

“Uma das formas de contribuir para a redução global de emissões de carbono é retirar as tecnologias ineficientes”, disse Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, durante a apresentação do relatório. “Um número cada vez maior de países conseguiu cortar custos, gerar empregos verdes e reduções interessantes nas emissões de poluentes, como o mercúrio, através da simples troca de lâmpadas”.

Mais que a redução na conta, o relatório mostra que os ganhos financeiros e em emissões de gases-estufa nos países em desenvolvimento podem ser bem mais expressivos do que se pensava. A economia global com eletricidade através de uma ampla substituição de lâmpadas seria equivalente ao fechamento de 250 termelétricas e, consequentemente, US$ 210 milhões deixariam de ser utilizados para gerar energia não renovável.

Além disso, deixariam de ser jogadas na atmosfera aproximadamente 490 megatoneladas de dióxido de carbono, o gás que mais contribui para o superaquecimento do planeta. Não é pouca coisa, avisa o relatório. “Isso representa as emissões de mais de 122 milhões de carros de médio porte”.

Responsável por 20% do consumo de eletricidade e 6% das emissões globais de CO2, as lâmpadas incandescentes, criadas por Thomas Edison em 1879, estão com os dias contatos em quase 50 países. Brasil, Argentina, China, México e Vietnã e quase todos os 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) têm planos para a retirada gradual desses modelos até 2016.

Com apenas mil horas de duração e um consumo bastante alto de energia, elas passaram a ser substituídas por lâmpadas LED, consideradas ambientalmente corretas por sua duração, eficiência e por não conter mercúrio. O problema é que seu custo ainda é proibitivo em grande parte do mundo – ressalva que não passou despercebida no estudo. Segundo a indústria, trata-se de um problema de mercado que tende a desaparecer à medida que a demanda cresce e o produto ganha escala.

De acordo com o Pnuma e a Agência Internacional de Energia, se os planos de substituição dos países sofrerem atrasos e outros governos não implementaram medidas similares, “a demanda por luz artificial subirá 60% até 2030″.

“O Brasil poderá economizar até US$ 4 bilhões e reduzir suas emissões de gases para o equivalente à retirada de 400 mil carros das ruas se estendesse sua legislação e incluísse a iluminação industrial, comercial e de ruas no programa de substituição de lâmpadas”, disse o Pnuma ao país-sede da Rio+20.

Fonte – LEDnews de 23 de agosto de 2012

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