Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Você conhece o sobreiro?
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O sobreiro, sobro, sobreira ou chaparro (Quercus suber) é uma árvore da família do carvalho, cultivada no sul da Europa e a partir da qual se extrai a cortiça. O sobreiro é, juntamente com o Pinheiro-bravo, a espécie de árvores mais predominante em Portugal, sendo mais comum no Alentejo litoral e serras Algarvias.
É devido à cortiça que o sobreiro tem sido cultivado desde tempos remotos. A extração da cortiça não é (em termos gerais) prejudicial à árvore, uma vez que esta volta a produzir nova camada de “casca” (súber) com idêntica espessura a cada 9 anos, período após o qual é submetida a novo descortiçamento. Recentemente, têm-se desenvolvido processos mais mecanizados e seguros para se proceder a esta operação, como o caso da máquina que corta a cortiça, evitando lesões prejudiciais à vida do sobreiro e que facilita o trabalho dos tiradores, sem os substituir, aumentando assim a produtividade.
O sobreiro também fazia parte da vegetação natural da Península Ibérica, sendo espontâneo em muitos locais de Portugal e Espanha, onde constituía, antes da ação do Homem, frondosas florestas em associação com outras espécies, nomeadamente do gênero Quercus.
A finalidade da cortiça é o fabrico de isolantes térmicos, tecido de cortiça (vestuário, acessórios como malas, bolsas, carteiras e sapatos), materiais de isolamento sonoro de aplicação variada e ainda indústria aeronáutica, automóvel e até aeroespacial, mas sobretudo é utilizada produção de rolhas para engarrafamento de vinhos e outros líquidos. Portugal é o maior produtor mundial de cortiça, a cortiça portuguesa é responsável por 50% da produção mundial. O setor que emprega diretamente 12 mil pessoas, e contribui com 3% do PIB cerca de 5.5 mil milhões de euros (7.6 Bilion US$). Os Montados são sistemas agro-silvo-pastoris e um dos exemplos de sistemas tradicionais sustentáveis de uso no solo da Europa. Representam uma área de aproximadamente 1,2 Mha, a maior parte na região do Alentejo, no sul de Portugal. O valor econômico dos montados deve-se, essencialmente, à produção de cortiça, estando a sua importância cultural relacionada com o papel que têm na conservação da biodiversidade e valores históricos como o registo de sistemas sociais e agrícolas tradicionais. Uma longa tradição na exploração da matéria-prima. Desde o século XIV, que Portugal já exportava cortiça para o Reino Unido e Flandres. A gestão tradicional dos Montados permite combinar dois objetivos importantes a produção agro-pastoril e conservação do ecossistema. Além da cortiça o sobreiro dá o fruto que é a bolota, também conhecida por lande ou ainda (mais corretamente) glande,que serve para alimentar as varas do porco preto alentejano também conhecido por porco de montanheira do qual se faz o além de enchidos o presunto ibérico ou presunto de pata negra.
Cortiça
Cortiça é um material de origem vegetal da casca (súber) dos sobreiros (Quercus suber), leve e com grande poder isolante. A razão pela qual a cortiça possui estas características é a sua composição rica em suberina, uma substância lipídica (gordurosa) que se acumula na parede celular. A presença desta substância numa primeira fase impede a entrada de agentes patogénicos e de qualquer substâncias tóxica na celula e numa fase posterior a passagem de nutrientes para a celula, causando a sua morte.
A primeira extração da cortiça ocorre, normalmente, quando a árvore atinge entre 25 a 30 anos, sendo que a extracção ocorre nos meses de Junho a Agosto. Essa cortiça, por vezes com espessura considerável, recebe o nome de virgem e distingue-se substancialmente da cortiça de reprodução extraída nos períodos seguintes: é designada por secundeira na segunda tiragem e por amadia nas tiragens ou extracções subsequentes. A cortiça amadia é a de melhor qualidade, sendo por isso a mais valorizada, e a única que pode ser utilizada para o fabrico de rolhas. A partir desta fase, a cortiça é extraída a cada nove anos.1
Atualmente, a cortiça é uma matéria-prima nobre cuja utilização se estende a variadas utilizações como sejam os revestimentos de solos, os isolamentos térmico e acústico, na fabricação de instrumentos musicais, em artigos de decoração, nos componentes para calçados e para o sector industrial de diversos segmentos automóvel, bebidas, construção, alvenaria, decoração, entre outros.
Portugal, com uma área de 730 mil hectares de montado de sobro, é responsável por mais de 50% da produção mundial de cortiça. Outros produtores são Espanha, sul da França, sul da Itália, mais recentemente Marrocos, Argélia, Tunísia.
O desenvolvimento tecnológico e a aplicação de novas técnicas, incluindo de gestão, levaram à integração vertical de algumas operações de transformação da cortiça.
Em 1665, Robert Hooke utilizou finos cortes de cortiça e visualizou em seu microscópio algo parecido com “favos de mel”, e deu-lhes o nome de célula.
Fonte – Wikipédia sobreiro e cortiça
Nós plantamos apenas um sobreiro no bosque sensorial em 2012 e ele já está com 5 metros de altura. Só plantamos um para acompanharmos seu desenvolvimento e agora que vimos que ele teve uma boa adaptação, iremos plantar outros.
O tronco ainda está fino mas a sua principal característica já pode ser observada, que é o tronco macio, com a textura de rolha.
O bosque está passando por um georreferenciamento e as mais de mil árvores estão sendo mapeadas para compormos um mapa digital que poderá ser consultado pela internet.
O projeto bosque sensorial teve início em 2009 e o projeto mata ciliar que teve início em 2004. Os dois são patrocinados exclusivamente pela VIAPAR – Rodovias Integradas do Paraná.
Não conseguimos encontrar a foto do sobreiro mas no próximo domingo tiraremos outra e postaremos. Veja as fotos no post “O sobreiro”.
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