Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Obsolescência programada
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Era uma vez ….. produtos eram para durar. Então, no início da década de 1920, um grupo de empresários constataram o seguinte: “Um produto que se recusa a se desgastar é uma tragédia para o negócio” (1928). Assim nasceu a “Obsolescência Planejada”. Pouco depois, foi criado o primeiro cartel do mundo especificamente para reduzir a vida útil das lâmpadas incandescentes, um símbolo de inovação e de novas ideias brilhantes, e a primeira vítima oficial da obsolescência planejada. Durante a década de 1950, com o nascimento da sociedade de consumo, o conceito adquiriu um significado completamente novo, como explica o designer flamboyant Brooks Stevens: “obsolescência planejada, o desejo de possuir alguma coisa um pouco mais nova, um pouco melhor, um pouco mais cedo do que necessário …’. A sociedade do crescimento floresceu, todo mundo tinha tudo, as sucatas foram se acumulando, de preferência bem longe, em lixões ilegais no Terceiro Mundo, até que os consumidores começaram a se rebelar…
Comprar, Tirar, Comprar é um documentário espanhol sobre a obsolescência programada. O documentário viaja para a França, Alemanha, Espanha e para os Estados Unidos a fim de entrevistar pessoas envolvidas de alguma forma com essa que se tornou uma das bases da economia moderna.
Este documentário foi realizado por Cosima Dannoritzer. É uma co-produção Media 3.14 (Espanha) & Article Z (França), co-financiada por diversas televisões: Arte (França), TVE (Espanha) & Televisão da Catalunha (Espanha), e em colaboração com NRK (Noruega), RTBF (Bélgica), SBS-TV (Austrália), TG4 (Irlanda), Télévision Suisse Romande (Suíça), YLE (Finlândia).
Obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.
A obsolescência programada faz parte de um fenômeno industrial e mercadológico surgido nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 conhecido como “descartalização”, e é totalmente nociva ao meio ambiente, sendo considerada uma estratégia não-sustentável. A obsolescência programada faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar ou tornem-se obsoletos em um curto espaço de tempo, tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por outros produtos mais modernos.
A obsolescência programada foi criada, na década de 1920, pelo então presidente da General Motors Alfred Sloan. Ele procurou atrair os consumidores a trocar de carro frequentemente, tendo como apelo a mudança anual de modelos e acessórios. Na tecnologia, empresas como Apple e Microsoft são comumente lembradas por adotarem essa estratégia de negócio em seus produtos e sistemas operacionais, como o iOS (Apple) e o Windows (Microsoft).2 Neste campo, o software livre torna-se uma alternativa tecnológica sustentável à obsolescência programada, visto que pode ser modificado para funcionar em aparelhos antigos e reduzir o descarte desnecessário de aparelhos funcionais, como também o lixo tecnológico.
Inspirado na Centennial Bulb, lâmpada que continua em funcionamento desde 1901, o espanhol Benito Muros, da SOP (Sem Obsolescência Programada) desenvolveu uma lâmpada de longa durabilidade e recebeu ameaças por conta desta invenção.
Título – La historia secreta de la obsolescencia programada
Diretor – Cosima Dannoritzer
País – Espanha,França
Ano – 2011
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