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Criando um monopólio e jogando água fora com a lei das sacolas de São Paulo
A Folha/UOL de 04 de fevereiro de 2014 publicou matéria com a manchete “ Indústria e varejo tentam adiar prazo da sacolinha”.
A matéria apenas confirma o que todos sabem há tempos e este Instituto vem alertando. Além de configurar favorecimento de um só fabricante nacional da resina aceita na regulamentação da lei, não duvidamos que o próximo passo será a formação de um cartel com poucos fabricantes de sacolas tendo acesso ao insumo. E, é claro, os supermercados passando a vender as sacolas. Mais uma vez o consumidor vai pagar a conta. A quem interessa tudo isso Sr. Prefeito?
Quais os benefícios ambientais de uma sacola não degradável, descartável, mais espessa, maior e mais cara, se vai continuar a não ser do interesse da reciclagem, não será reciclada, e vai ser abandonada no meio ambiente? Qual o benefício ambiental no uso de um insumo que consume no mínimo 20 vezes mais água como é o caso da resina derivada do Etanol da cana e que vai parar no lixo ou no meio ambiente da mesma forma que as sacolas atuais?
Não existe risco de colapso de energia por falta de água nos reservatórios? As torneiras das casas não vão ficar sem água? A população cinco dias sem água por semana não importa para a prefeitura que opta por algo que consome uma enormidade de água em sua produção? E olha que isso vale tanto para o tal plástico igual só que agora vem do Etanol quanto para sacolas de papel.
E a lavagem das sacolas retornáveis para evitar contaminação e doenças? Não consome água?
Num passe de mágica a falta de reciclagem de todos os tipos de resíduos em São Paulo foi resolvida com uma sacolinha pintada de verde? Quem está ganhando com isto?
Com a palavra quem escreveu a regulamentação da lei.
Leia a matéria no post anterior.
Fonte – Boletim do Instituto IDEAIS de 04 de fevereiro de 2015
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