Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
UE declara guerra às sacolas plásticas
Países da União Europeia poderão taxar ou até mesmo proibir o uso de sacolas descartáveis e prejudiciais ao meio ambiente. Objetivo é reduzir média de consumo por habitante de 176 para 40 por ano.
A União Europeia (UE) quer diminuir drasticamente o consumo de sacolas plásticas no bloco até o fim da década. Para tal, os ministros da União Europeia (UE) determinaram nesta segunda-feira (02/03) que os países-membros do bloco poderão taxar ou até mesmo proibir sacolas de plástico em seus territórios.
Cada país deverá estabelecer metas para reduzir o uso das sacolas de plástico, decidiram os ministros em Bruxelas, aprovando finalmente planos que vinham sendo debatidos há muito tempo.
Sacolas mais robustas e reutilizáveis ou as extremamente finas, usadas para embalar frutas e verduras, devem ficar livres da taxação ou proibição.
A meta da UE é que, até o fim de 2025, cada europeu consuma, em média, 40 sacolas descartáveis por ano. Em 2010, a média foi de 176 por habitante. Em Portugal, estima-se que cada morador use 500 sacolas por ano. Na Alemanha, a média é de 71 sacolas por habitante, sendo 64 descartáveis.
Os planos aprovados nesta segunda-feira deverão entrar em vigor 20 dias após a sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. O governo alemão declarou que ainda não definiu medidas concretas para a execução das novas diretrizes.
“As medidas poderão ser aplicadas de forma regulatória ou também voluntária”, afirmou uma porta-voz da ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, nesta segunda-feira, em Berlim.
Segundo a Comissão Europeia, a produção mundial de plástico pode triplicar até 2050. Somente na Europa, em 2010, foram produzidas 750 mil toneladas de sacolas plásticas, segundo a organização Ajuda Ambiental Alemã (DUH). Esse montante corresponde ao peso de 625 mil carros. Apenas 10% dessas sacolas são recicladas. E ainda está de bom tamanho, porque aqui, onde a reciclagem geral é menor que 1%, as sacolas tem índice de reciclagem praticamente nulo, afinal, são necessárias mais de 500 sacolas para o catador de recicláveis vender 1 quilo de plástico.
Fonte – DW de 02 de março de 2015
Nossa, eles não usam quase nada, comparando ao brasileiros. Aqui se usa demais, sem compromisso com o planeta nem com as próximas gerações.
A FUNVERDE declarou guerra às sacolas em 2004 e desde este ano vem sugerindo leis para acabar com as sacolas plásticas de uso único, criando modelos de sacolas retornáveis, ministrando cursos de confecção de sacolas retornáveis, ajudando os supermercadistas a encontrarem fornecedores de sacolas retornáveis.
Para as sacolas necessárias, com produtos úmidos, frutas e verduras, nós indicamos as sacolas biodegradáveis de petróleo, que mesmo que não sejam recicladas, em 18 meses terão sumido da face da terra.
Já faz mais de uma década que estamos tentando acabar com a maldita sacola plástica de uso único, mas não encontramos aliados, só inimigos. A dona de casa egoísta, viciada em sacolas, o varejista que disponibiliza a sacola como se fosse água, o empresário que só quer saber do lucro fabricando as sacolas e finalmente mas não menos importante, a máfia do plástico. Tanto a máfia do plástico convencional, do plástico de comida que rouba recursos naturais para plantar comida e roubar do prato dos humanos e fazer uma porcaria que será usada por meia hora e não será biodegradada porque se pode contar nos dedos das duas mãos as cidades que tem composteiras no país e finalmente a última porcaria a ser inventada e a tecnologia preferida da rainha vermelha, a sacola de cana que além de usar recursos naturais, ainda demora os mesmos 500 anos para se degradar.
Mesmo assim, somos teimosos e a guerra contra as sacolas continua, tão forte como no primeiro dia.
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