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A 15 km do Planalto, a vida no maior lixão ativo da América Latina

No maior lixão da América Latina – o lixão do Jóquei (ou da Estrutural), no Distrito Federal -, os catadores, inclusive crianças, enfrentam condições desumanas.

O local existe desde a década de 60 e fica a 15 km do Palácio do Planalto. Nele, os catadores trabalham sem equipamento de proteção e correm dos caminhões e tratores para não serem atropelados. Em tese, a entrada de crianças no lixão é proibida, mas não há fiscalização adequada. O governo do Distrito Federal diz que desativará o lixão neste ano.

A Associação dos Catadores do DF diz que mais de 2.000 pessoas trabalham ali.

Fotos

Feitas ao longo de três meses pela fotógrafa Paula Fróes, as fotos retratam a vida das famílias que tiram seu sustento do local.

Entre os retratados estão Francisca, 49. Ela veio da Paraíba com cinco filhos para tentar emprego no Distrito Federal, mas acabou montando um barraco no lixão, onde mora e trabalha como catadora ao lado da filha. “Quando o lixão deixar de existir, não sei o que vai ser de nós.”

O lixão ocupa uma área com 2 milhões de metros quadrados e tem 50 metros de altura. De lá, avistam-se a região administrativa de Águas Claras e o Parque Nacional de Brasília. Segundo o Relatório dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo dos resíduos Sólidos do DF, a unidade federativa produz cerca de 8,7 mil toneladas de lixo por dia.

 

No maior lixão da América Latina – o lixão do Jóquei (ou da Estrutural), no Distrito Federal -, que existe desde a década de 60 e fica a 15 quilômetros do Palácio do Planalto, os catadores, inclusive crianças, enfrentam condições desumanas. São mais de 35 milhões de lixo depositadas numa área de 200 hectares e este material gera chorume.

Os catadores trabalham sem equipamentos de proteção e correm dos caminhões e tratores para não serem atropelados. Acima, catadores pegam carona de forma irregular em um caminhão de lixo.

A Associação dos Catadores do DF diz que mais de 2 mil pessoas tiram seu sustento dali. Crianças trabalham de forma irregular e são expostas ao perigo.

Disputa entre catador, moscas e urubus são comuns na área do lixão.

O lixão ocupa uma área com 2 milhões de metros quadrados e tem 50 metros de altura. E o Distrito Federal produz cerca de 8,7 mil toneladas de lixo por dia.

O aterro tem quase 50 anos de uso com colocação sólidos sem a devida impermeabilização do terreno. Os resíduos foram depositados diretamente no solo.

O lixão fica a 15 quilômetros de distância do Palácio do Planalto e do alto se vê perfeitamente a Região Administrativa de Águas Claras e o Parque Nacional de Brasília

Objetos em perfeito estado são reaproveitados por catadores.

Por falta de opção de trabalho e escolaridade, muitos acabam no lixão, tendo uma renda de aproximadamente R$ 30,00 por dia.

O governo do Distrito Federal diz que desativará o lixão neste ano. Mas é possível que a área leve três décadas para se recuperar depois disso. Estivemos na conferência nacional do meio ambiente em Brasília em outubro de 2013 e num dos dias, a capa do jornal local trazia uma grande matéria sobre o lixão, afirmando que o governo desativaria o lixão no próximo ano. Promessas, promessas…

Trabalhadores improvisam barracos para descansar e guardar seus materiais recolhidos no lixo.

Fonte – BBC Brasil de 12 de março de 2016

Imagens – Paula Fróes

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