Por Pedro A. Duarte - Agência FAPESP - 12 de novembro de 2024 - Publicado…
Brasil admite que roundup da monsanto causa câncer, depois de aprovar três culturas de transgênicos
Ranking de países e mega-países biotecnológicos em 2010. São 17 os mega-países biotecnológicos cultivando 50 mil hectares, ou mais, das culturas biotecnológicas.
As autoridades brasileiras recentemente tem aprovado novos tipos de milho e soja para serem usados com os produtos químicos 2,4-D GM, tambem eucaliptos geneticamente modificados. Mas parece que o país está dividido. O Instituto Nacional do Câncer do Brasil apenas ecoou a preocupação da Organização Mundial da Saúde concernente ao glifosato um dos produtos químicos de biotecnologia mais utilizados no mundo, que é cancerígeno. Além do mais, ela condena as culturas GM (geneticamente modificadas) por colocar o país no topo do ranking global de consumo de agrotóxicos.
Então, como vai ser – apoiam a biotecnologia ou dão um pontapé nela para fora do seu país, o Brasil?
Se você perguntar ao Instituto Nacional do Câncer do Brasil (NCI), o uso do glifosato e culturas geneticamente modificadas estão colocando o país entre os dez primeiros no consumo de pesticidas – e isso não augura nada de bom para manter o câncer sob controle. Como um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, Instituto do Câncer do Brasil parece estar em desacordo com suas agências reguladoras que permitiram três novas culturas geneticamente modificadas no país na semana passada – novas variedades de milho e soja GM feitas para ser usadas com 2,4D e eucaliptos GM que consomem mais água do que as árvores não GM.
Situação Global das Lavouras GM comerciais.
Num relatório administrado pelo NCI, uma parte do Ministério da Saúde do país, os cultivos transgênicos são pintados como diabólicos: “É importante ressaltar que a liberação de sementes transgênicas no Brasil foi um dos fatores responsáveis por colocar o país no primeiro lugar no ranking de consumo de agroquímicos – uma vez que o cultivo destas sementes modificadas requer a utilização de grandes quantidades de tais produtos. O padrão de cultivo com o uso intensivo de agrotóxicos gera grandes danos, incluindo a poluição ambiental e intoxicação dos trabalhadores e da população em geral. Intoxicação aguda de pesticidas é o efeito mais conhecido e afeta especialmente aqueles expostos no local de trabalho (exposição ocupacional). Esta é caracterizada por efeitos como irritação da pele e dos olhos, coceira, cólicas, vômitos, diarréia, espasmos, dificuldades respiratórias, convulsões e morte. ”
Como um escritor dos EUA, eu não sou ninguém para falar; as políticas do meu país para com as culturas geneticamente modificadas são abomináveis, mas a divisão no Ministério da Saúde do Brasil e de suporte de biotecnologia do Ministério da Agricultura Brasil são pelo menos indicativo de alguma verdade sendo dita. Ambos os nossos Departamentos de Agricultura e Centros de Controle de Doenças, juntamente com outros órgãos federais, são cúmplices ao ignorar o verdadeiro dano que a agricultura GM causa.
O relatório do NCI também explica: “Os resultados mais recentes do programa analítico sobre Resíduos de Pesticidas da agência de saúde do Brasil ANVISA revelou amostras com resíduos de agrotóxicos acima do limite máximo permitido.”
Muitos dos pesticidas presentes nos alimentos do Brasil nunca havia sido registrado no Brasil, nem permitido pelas agências governamentais.
Considerando-se que as novas cepas de milho e de soja transgênica vão ser usadas com altas doses de 2,4-D, parece que o Brasil, como os EUA, tem um longo caminho a percorrer para livrar o país da influência da biotecnologia. O relatório do NCI é, pelo menos, um começo.
Fonte – Dinâmica Global de 03 de maio de 2016
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