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Aquecimento global pode deixar a Terra sem oxigênio
Os fitoplânctons, produzem, em média, 50% do oxigênio atmosférico da Terra. Foto: iStock by Getty Images
O aumento nos termômetros pode modificar consideravelmente a quantidade de oxigênio no ar
O aumento da temperatura dos oceanos pode ser muito mais perigoso do que, simplesmente, elevar os níveis dos mares. Segundo o pesquisador Sergei Petrovskii, professor de matemática aplicada na Universidade de Leicester, no Reino Unido, o aumento nos termômetros pode modificar consideravelmente a quantidade de oxigênio no ar.
A justificativa para isso, conforme estudo publicado no Boletim de Biologia Matemática, é a relação entre os fitoplânctons e o ar. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), as plantas marinhas, entre elas os fitoplânctons, produzem, em média, 50% do oxigênio atmosférico da Terra, com a mudança nas temperaturas, a capacidade fotossintética dessas plantas também muda.
De acordo com Petrovskii, se os oceanos aquecerem 6oC, número possível conforme os níveis atuais das emissões de gases de efeito estufa, essas plantas minúsculas parariam a sua produção de oxigênio.
Em suas projeções, o pesquisador diz que, dentro deste padrão, em 2100 a Terra poderia ter níveis de oxigênio atmosféricos semelhantes ao pico do monte Everest, onde é praticamente impossível respirar sem a ajuda de balões de oxigênio.
“Uma característica distinta desta catástrofe é que haverá alguns sinais de alerta e poucas mudanças antes que seja tarde demais. Sob um aumento de dois graus, não vamos perceber mudança alguma. Com um aumento de 4ºC, a catástrofe já estaria perigosamente perto”, alertou Petrovskii.
Fonte – CicloVivo de 09 de agosto de 2016
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