Por José Tadeu Arantes - Agência FAPESP - 31 de outubro de 2024 - Estratégia…
O que é a ‘6ª extinção em massa’ e por que já passou da hora de nos preocuparmos (e muito!)
Enquanto demagogos e lunáticos insistem em questionar o aquecimento global e a efeito dos destrutivos hábitos humanos que vem colocando em risco o meio ambiente na terra, os efeitos de tais hábitos seguem se intensificando em direções cada vez mais alarmantes. O que antes sempre era anunciado como uma possibilidade em um futuro remoto, agora já se torna palpável e próximo, ao passo que possivelmente muitos de nós que aqui estamos poderemos enxerga-lo: cientistas anunciam que uma sexta extinção em massa poderá acontecer na Terra até o ano de 2050.
É considerado extinção em massa quando 3 de cada 4 espécies desaparecem literalmente da face da terra – e é isso que a ação do homem vem provocando nos últimos séculos. Em um ritmo de diminuição de 2% da vida selvagem ao ano, em 2020 nós poderemos ter perdido já dois terços da vida animal do planeta (só na última década, um quinto dos elefantes desapareceu).
Em 2050, ano em que possivelmente atingiremos essa terrível marca de uma nova extinção em massa, estima-se que haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.
Essa seria a primeira extinção desde a era mesozoica, há 66 milhões de anos – a diferença é que essa será inteiramente causada pelo homem.
Como qualquer criança sabe, a extinção de uma espécie somente pode provocar intenso desequilíbrio no meio ambiente, afetando direta e indiretamente um sem fim de outras espécies ao redor. Incêndios, desmatamentos, culturas predatórias, poluição, uso excessivo de combustível fóssil, o crescimento irrefreável da população humana, excesso de pesca e, principalmente o excesso de produção de carne bovina são apontados como os principais motivos para esse horizonte apocalíptico que se anuncia.
Ainda que o aquecimento global esteja somente começando, e que a eleição de uma figura como Trump – que nega tais fenômenos como se não passassem de propaganda, contrariando toda a comunidade científica – sejam notícias ainda mais assustadoras, é possível adotar pequenas medidas que, em massa, poderão impactar positivamente para transformarmos esse destino trágico.
Deixar de usar sacos plásticos, trocar suas lâmpadas por luzes LED, diminuir o consumo de carne vermelha e pressionar os políticos a adotarem e investirem em energia limpa são excelentes exemplos de atitudes concretas que podem ser tomadas hoje. Ou então, o que será preciso acontecer para que levemos a sério o que está se sucedendo dia após dia diante de nossos olhos? Até o momento que nem esse dia após o outro estiver garantido.
Fonte – Hypeness
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