Por Bruna Bopp - Agência FAPESP – 21 de novembro de 2024 - Uma expedição…
Guia on-line apresenta aves da Caatinga brasileira
Publicação traz o registro fotográfico e breve descrição biológica de 102 das 202 espécies do Seridó, na divisa dos estados do Rio Grande de Norte e Paraíba (Foto: Mexeriqueira (Vanellus cayanus)
O gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii), a garça-moura (Ardea cocoi) e o beija-flor-de-veste-preta (Anthracothorax nigricollis) são algumas das 34 espécies de aves identificadas nos últimos quatro anos no Seridó, região na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba.
Considerada uma das regiões mais secas do país, o Seridó abriga 202 espécies de aves, catalogadas agora no Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó, disponível para download. O guia traz o registro fotográfico e uma breve descrição biológica de 102 das 202 espécies. As demais estão organizadas em uma lista por família, nome científico e nome popular.
A publicação é resultado do projeto “Dinâmica populacional, demografia e conservação de aves da Estação Ecológica do Seridó” e teve apoio do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O material foi preparado com o auxílio dos professores da UFRN e estudantes de ensino médio da rede pública local.
O objetivo do trabalho é ampliar o acesso às informações sobre as aves que habitam a região e demonstrar a importância dessas espécies para a preservação da Caatinga, o único ecossistema exclusivamente brasileiro. Coberta por uma vegetação adaptada ao clima quente e seco, a Caatinga ocupa cerca de 11% do território nacional, distribuída pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e norte de Minas Gerais. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) o bioma abriga uma população estimada de 27 milhões de pessoas, a maioria dependente dos recursos naturais desse ecossistema.
Além de levar conhecimento aos moradores e estudantes do Seridó, o guia é uma ferramenta para profissionais como biólogos, ecólogos e educadores. Para os organizadores do guia, os pesquisadores Guilherme Toledo-Lima, João Damasceno e Mauro Pichorim, da UFRN, “se as pessoas compreenderem um pouco mais a importância das aves que as cercam, certamente contribuirão para a conservação delas, pois entenderão o papel ambiental que elas desempenham”. As declarações foram concedidas à Agência de Notícias do ICMBio.
A Estação Ecológica do Seridó é uma unidade de conservação de proteção integral que fica no município de Serra Negra do Norte, no interior do Rio Grande do Norte, distante 300 km de Natal.
Fonte – FAPESP de 02 de março de 2017
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