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Dia da Reciclagem: saiba como fazer a separação e a destinação correta dos resíduos

Reciclar os resíduos que seriam descartados permite uma redução do volume de lixo que iria ficar parado em aterros, além de economia de água e de energia

Muito daquilo que é descartado por nós cotidianamente e chamado de “lixo” pode ser reaproveitado por meio do processo de reciclagem. Reciclar não é suficiente para resolver o problema dos resíduos, mas é uma etapa essencial na busca pela solução. É um processo que contribui com a economia de água e energia, além de reduzir os custos de matérias-primas industriais e diminuir o volume de resíduos gerados pela exploração de recursos naturais, como na mineração.

Quase 160 mil toneladas de resíduos urbanos são geradas diariamente no Brasil, segundo Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística). Pode-se dizer que cada brasileiro gera aproximadamente 1,4 kg de resíduos por dia, dos quais 60% são orgânicos e 40% são materiais recicláveis ou rejeitos sem utilização possível.

Para que o processo da reciclagem aconteça, é necessário, antes de mais nada,  separar e destinar os resíduos de maneira adequada. É por isso que, no Dia da Reciclagem (17/5), o Instituto Akatu dá dicas à população de como fazer essa separação e destinação adequada, de forma a incentivar a prática no País.

Veja a seguir como você pode contribuir no seu dia a dia em casa, no trabalho e na sua comunidade:

– A divisão básica dos resíduos pede duas latas, uma de “lixo seco” e outra de “lixo úmido”. No “lixo úmido” vai todo o material orgânico, que tem origem em seres vivos. Exemplos: restos de alimentos, papéis engordurados e sujos, madeira, poda de plantas e dejetos humanos ou animais. Filtros de café e sachês de chá, que são úmidos, vão na mesma lata dos materiais orgânicos. Esse “lixo úmido” é o “lixo comum”, descartado normalmente. No “lixo seco”, vai aquele material inorgânico, de difícil decomposição, como papéis, embalagens, metais, plásticos e vidro. É neste “lixo seco” que você terá materiais diversos que poderão ser reciclados (Veja a tabela no fim do texto).

– Separar materiais de reciclagem por tipo (metais, vidro, papel e plástico) facilita a vida dos catadores e dos funcionários dos postos de entrega voluntária. Caso não seja possível fazer essa separação de materiais, não deixe de encaminhá-los para a reciclagem, mesmo que tudo esteja junto – o importante é que esse material chegue aos pontos de coleta.

– Papéis sujos como guardanapos não devem ser encaminhados para a reciclagem, nem papel higiênico. Papéis fotográficos e encerados também não podem ser reciclados (veja a tabela no fim do texto para saber mais detalhes).

– De preferência, remova o excesso de sujeira do material reciclado. Limpe um pote de iogurte de plástico, por exemplo, com um papel usado ou água de reuso, se possível. Seque esse material, para evitar que ele molhe os papéis que serão destinados à reciclagem. Essa limpeza ajuda a evitar que o material reciclável emita um mau cheiro nos pontos de reciclagem e atraia insetos, colocando em risco a saúde das pessoas – em especial dos profissionais de reciclagem.

– Tente preservar ao máximo o papel que será destinado à reciclagem. Evite amassá-lo, rasgá-lo ou molhá-lo.

– Caso haja grampos e clipes de plástico ou metal presos ao papel, retire-os se for viável. Se for muito difícil removê-los, não se preocupe e encaminhe os papéis à reciclagem normalmente.

– Procure esvaziar garrafas e recipientes de plástico, vidro ou metal para enviá-los à reciclagem. Não coloque papéis, bitucas de cigarro ou outros objetos dentro deles.

– Depois da separação do material reciclável, é hora de destiná-lo à reciclagem. Informe-se sobre o processo de coleta seletiva na região. Caso a prefeitura não faça essa coleta porta a porta na sua região, procure um posto de entrega voluntária ou uma cooperativa de catadores.  Conheça a ferramenta da eCycle, parceiro do Instituto Akatu, que indica quais são os pontos de entrega mais próximos do seu endereço.

Resíduos de destinação especial

– Separe o óleo de cozinha em um recipiente de vidro ou de plástico. Se jogado no ralo, esse óleo prejudica o sistema de tratamento de esgoto e contamina a água. Ele deve ser encaminhado a postos de coleta específicos – desta forma, será usado como matéria-prima para a fabricação de sabão ou biodiesel.

– Pilhas, baterias, lâmpadas e aparelhos eletrônicos contêm substâncias que podem contaminar a água e o solo e, por isso, precisam ser destinados de forma especial. Busque um posto de entrega especializado preparado para receber e tratar esse material. Você pode consultar também a empresa fabricante do produto que será descartado.

– Remédios não devem ser jogados no vaso sanitário ou no lixo, pois podem contaminar o solo e a água, além de representar um risco para animais que fuçam os lixos. Descarte os remédios (e suas embalagens) em postos de coleta, como farmácias e postos de saúde, para que a destinação seja adequada.

– Sobras de tecidos e roupas usadas devem ser doadas ou reaproveitadas ao máximo Caso não seja mais possível estender a vida útil deles, procure empresas e instituições que recolhem e destinam esse material corretamente, como o Banco de Tecido e o Renovar Têxtil. No último caso, se o tecido for absorvente, pode virar um pano de limpeza.

Fonte – Akatu de 09 de maio de 2017

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