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Banco mundial de sementes “indestrutível” alaga por conta do aquecimento global

Até o cofre projetado para proteger as plantações do mundo todo caso haja um desastre global não aguentou os efeitos do aquecimento global. Ele está estrategicamente localizado em uma ex-mina de carvão no interior de uma montanha no permafrost, solo permanentemente congelado na Noruega. Ali, as sementes deveriam estar protegidas de guerras, tsunamis, incêndios e terremotos.

O Svalbard Global Seed Vault contém milhões de pacotinhos de sementes de quase todos os países do mundo, inclusive milho, arroz e feijão enviados pelo Brasil em 2012 e 2014. Isso representa a mais diversa coleção de sementes de alimentos do mundo. Em 2015 a riqueza desse banco já foi utilizada, quando fazendeiros do oriente médio retiraram algumas sementes para repor as que foram destruídas de um banco de sementes de Aleppo, na Síria.

A localização do banco norueguês deveria ser à prova de tudo, mas até esta região ártica já mostra sinais de estar sofrendo com o aquecimento global. Neste inverno foram registradas temperaturas anormalmente altas na região, que teve chuva ao invés de neve e gelo. Assim, o permafrost começou a derreter.

Felizmente o alagamento não afetou a sala em que as sementes estão. Apenas o túnel da entrada foi alagado e depois congelou. Mesmo assim, o incidente levantou questionamentos sobre a durabilidade deste banco, que deveria ser capaz de proteger as sementes sem intervenção humana.

O cofre do fim do mundo já tem 500 mil tipos de sementes

Reformas

Os administradores do banco estão tornando o local à prova de água e cavando um sistema para escoar água da chuva e gelo derretido para fora do túnel. Uma bomba de água também foi instalada caso o local fique alagado novamente. “Temos que encontrar soluções. Esta é uma grande responsabilidade e a levamos muito à sério. Estamos fazendo isso para o mundo e ele deve durar por toda a eternidade”, afirmou Åsmund Asdal, do Nordic Genetic Resource Centre, que opera o banco.

Fontes – The Verge / Hypescience de 20 de maio de 2017

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