Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - 18/12/2024 - Para cientista brasileiro,…
Entidades acusam Coca-Cola de causar escassez de água
Instituições representam moradores de comunidades da Serra da Moeda, no município de Brumadinho.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável discutirá, nesta quinta-feira (30/11/17), as queixas de moradores da Serra da Moeda com relação ao secamento das fontes de abastecimento de água em comunidades do município de Brumadinho (Região Metropolitana de Belo Horizonte), como Suzana e Água de Campinho.
A reunião acontecerá no Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a partir das 15 horas. Ela foi solicitada pelos deputados Rogério Correia e André Quintão, ambos do PT.
Os parlamentares pretendem averiguar se são procedentes as suspeitas dos moradores de que o secamento das nascentes está sendo provocado pela extração de água para abastecer uma fábrica da Coca-Cola Femsa Brasil, instalada há dois anos no município vizinho de Itabirito (Região Central), às margens da BR-040.
“Vamos buscar os fundamentos que comprovem se isso está acontecendo e cobrar as medidas para evitar o problema, uma vez que a prioridade deve ser sempre o consumo humano”, afirmou André Quintão.
Aquífero
Em matéria publicada pelo jornal O Tempo, em 22/9/17, representantes da organização não-governamental (ONG) Abrace a Serra da Moeda alegam que os poços perfurados para abastecer a fábrica da Coca-Cola extraem água do aquífero Cauê, que alimenta as nascentes de Suzana e Campinho A, B e C.
Segundo os relatos, a nascente de Campinho B chegou a secar completamente em abril de 2016, de maneira que uma população de 300 habitantes passou a ser abastecida por caminhões-pipa enviados pela Coca-Cola. A ONG alega, ainda, que a extração de água foi autorizada sem a apresentação de estudo prévio de impacto ambiental e hídrico.
Os poços que abastecem a Coca-cola foram perfurados, na verdade, pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabirito. Tanto o serviço municipal quanto a empresa multinacional argumentam, segundo a matéria publicada pela imprensa, que a perfuração e a operação dos poços foram autorizadas pelos órgãos competentes. Também garantem que a extração, segundo estudos e análises técnicas, não prejudica o abastecimento das comunidades vizinhas.
Convidados – Estão convidados a participar dos debates representantes dos moradores das comunidades envolvidas, autoridades municipais, estaduais e o gerente de Assuntos Corporativos da Coca-Cola Femsa Brasil, Rodrigo Simonato.
Fonte – ALMG de 24 de novembro de 2017
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