Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Uma alternativa para o fim das sacolas plásticas
Diário da Manhã de 18 de janeiro de 2008
Em todo o planeta, diariamente são jogadas e desperdiçadas milhões de sacolas plásticas; por esses motivos, novas alternativas estão surgindo visando principalmente à diminuição da poluição do plástico no meio ambiente e, consequentemente, também economia em dinheiro. Diversos são os países que estão colocando em desuso as sacolas plásticas e aderindo à venda aos consumidores de sacolas reutilizáveis.
Em alguns países, como a Dinamarca, já fora criada taxa sobre todas as embalagens, além de proibir outras, como latas de cervejas e refrigerantes, plásticos e tetrapak, o que resultou na queda de 66% no consumo de embalagens plásticas. Na Índia, no Estado de Himachal, é punido com prisão de até 7 anos além de multa equivalente a R$ 3,5 mil aqueles que desrespeitarem a lei que proíbe o uso de sacos plásticos.
Os australianos em várias cidades já declararam por lei – eles possuíam um consumo de 6 bilhões ao ano. Em São Francisco, nos Estados Unidos, foram proibidos quase todos os tipos de sacos plásticos em farmácias e supermercados. Aqui no Brasil, ainda não existe lei específica para amenizar o problema, apenas foram criadas em algumas cidades alternativas de substituição dos sacos plásticos por outros feitos de materiais orgânicos, biodegradáveis e reutilizáveis, como algodão ou malva, representando nos dias atuais uso insignificante.
As sacolas reutilizáveis possuem preços baixos se observarmos a contribuição ambiental. O interessante do caso em tela é que alternativas não faltam e podem surgir a cada momento, preservando o meio ambiente. O governo pode aplicar um trabalho de conscientização ambiental desenvolvendo métodos que aumentem a utilização das reutilizáveis e diminuam o uso das plásticas, facilitando a aquisição e as colocando em pleno uso, sendo possível inclusive a exploração de mídia.
Estamos passando da hora de adotar medidas com abrangência de amplo alcance – o que, pelo jeito, só será efetiva após a elaboração, aplicação e fiscalização de lei. Enfim, colocar em desuso as sacolas plásticas não significa que o problema de poluição do plástico acabou, mas diminui considerável quantidade de lixo plástico que é jogado no meio ambiente. Imagine: o que você tem feito para evitar a praga que leva no mínimo 400 anos para se decompor? Muitos já pensaram e estão em prática! Então, faça já sua parte.
Estou ficando cada vez menos esperançosa de que o basileiro consiga mudar sua atitude acomodada, aqui só irá acontecer alguma coisa com leis rígidas, multas pesadas e cadeia.
Toda vez que vou ao supermercado, não vejo ninguém – exceto eu – carregando suas sacolas retornáveis, inclusive, pergunto para o empacotador ou para o caixa quantas pessoas naquele dia levaram sua sacola e inevitavelmente a resposta é NENHUMA PESSOA.
Na véspera do natal e na véspera do ano fui ao supermercado – no ano novo em 3 supermercados no mesmo dia – e claro, que por causa das comemorações os supermercados estavam cheios, filas homéricas e é claro que eu, como uma pesquisadora chatíssima, fiquei por horas observando os consumidores, indo do início até o fim dos caixas e ninguém, absolutamente ninguém – veja bem, foram 4 supermercados diferentes em duas semanas – estava com suas sacolas e olhe que era noite, isto é, a maioria esmagadora dos consumidores estava vindo de suas casas e poderiam tranquilamente ter lembrado de ter trazido as sacolas, mas como ja disse antes, o brasileiro é incapaz de mudar, economizar água, energia elétrica, reciclar.
Infelizmente o basileiro não tem senso crítico, não consegue compreender o universo que o rodeia e pior ainda, não consegue ver que a atitude indivual muda o coletivo, portanto, lei, multa e cadeia, porque estamos desde 2005 com o projeto de desplastificação do país e nada faz as pessoas se conscientizarem, mudarem seus péssimos hábitos, o brasileiro só quer consumir para se igualar há algum personagem de novela, de algum filme de americano, isto é ser jeca no último, para ele não importa se os recursos naturais irão acabar, o que importa é o agora, pois o brasileiro substituiu o ser pelo ter, ele quer ser visto pelos olhos dos amigos – e principalmente dos inimigos – como alguém que tem mais que este amigo – ou inimigo.
E olhe que já distribuimos centenas de sacolas retornáveis desde 2005, os supermercados e o varejo em todo o país em geral já comercializou centenas de milhares de sacolas e sempre que perguntamos para algum varejista se o cliente volta com as sacolas – nem sei porque perguntamos, afinal, já sabemos a resposta – a queixa é sempre a mesma, as pessoas até compram, mas jamais trazem as sacolas de volta, as sacolas devem ser sugadas para algum buraco negro, só pode, porque a sacola chega em casa e vai para onde? Será que ninguém lembra de utilizá-la?
Na verdade as pessoas estão pensando em moda, acham cool comprar sacola retornável porque está na mídia, fingem que fazem, como sempre. Só que isso não adianta, as pessoas tem que parar de fazer de conta.
Assim não dá, acordem brasileiros, o mundo está acabando e é por culpa de vocês.
E daí tem babacas que ficam nos questionando do porque adotarmos a tecnologia de plástico oxi-biodegradável como uma solução para a plastificação do país – e ainda ficam ofendidos com as respostas no mesmo nível -, mas imagine como estaria o pior o ambiente sem estas sacolas de ciclo de vida curto – 18 meses para degradação contra os 500 anos do plástico convencional – porque só para citar um exemplo, o a rede de supermercados Canção, foi a primeira rede de supermercados no país a apoiar nosso projeto e trocar as sacolas de plástico convencional por plástico oxi-biodegradável em 31 de outubro de 2006.
Eles distribuem 3 milhões de sacolas por mês – sacolas de boca de caixa, sem contar as sacolas de frutas, legumes e verduras, açougue, padaria, que no total, dá mais que o dobro do consumo das sacolas de boca de caixa, mas isto é um outro assunto, que iremos resolver ainda em 2009 – e se fizermos as contas, com a atitude pioneira do Carlos tavares – atendendo a um pedido da FUNVERDE e por isso sempre seremos gratos ao Carlos – eles deixaram de poluir o planeta com 42 milhões de sacolas, o que dá uma montanha de plástico, sendo que grande parte dele já foi degradado e com isso nossos descendentes não terão que resolver esse pepino daqui há 5 séculos e isto vale para todo o Paraná, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Bahia e outros tantos estados e cidades que já tomaram a iniciativa de banir os plásticos, porque o plástico oxi para sacolas de boca de caixa são somente o início do projeto de desplastificação do planeta, depois estas sacolas serão banidas de todo o varejo e o plástico oxi-biodegradável servirá para embalagens de contato com mercadorias, para aproximar o ciclo de vida da embalagem ao ciclo de vida do produto e sendo repetitiva, vou novamente comentar, como é possível que alguém compre um pote de sorvete, um pão de forma, um xampu, use por poucos dias e depois não pense que esta embalagem ficará contaminando o planeta por séculos?
Lembre-se de que 87% dos municípios do país não contam com aterros sanitários e ontem descobri em uma matéria de que superstimávamos a reciclagem no país, pois nossos dados eram de 3% de reciclagem, mas hoje atualizamos nossos banco de dados com as informações do secretário nacional de saneamento ambiental Leodegar Tiscoski que diz que cada brasileiro produz 920 gramas de lixo por dia – 322 quilos por ano – e só recicla 2,8 quilos por anos, isto é, o brasileiro recicla menos de 1% do lixo que produz – 0,86% para ser mais exata – então, faz todo o sentido do mundo usar embalagens oxi-biodegradáveis para acondicionamento de produtos, para não deixar um passivo ambiental por séculos para que os humanos que ainda nem nasceram resolvam.
Um bom exemplo desta mudança pode ser visto nas embalagens da Bimbo – Pullman – que já adotou mundialmente as sacolas oxi-biodegradáveis para acondicionar seus produtos.
André Marques – advogado, consultor, empresário, membro do corpo diretor do Igesi, escritor, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e pós-graduando em Direito Tributário
eu axo q esse site prescisa de mais vida ta muito apagado
Parabéns pelo artigo/texto. Muito elucidativo e me fez entender que a curto prazo o Brasil não tem outra alternativa a não ser utilizar o plastico oxi-biodegradavel, ja que sua populacao ainda não possui uma real preocupação com o próprio ambiente em que vivem. (problema que começa na Educação).
Irei divulgar no http://www.twitter.com/comoajudar
abracos, e continuem o belo trabalho.