Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Católica no Porto propõe aplicação de plantas para recuperar solos contaminados
Foto: PhytoSUDOE
Recuperar solos contaminados através da aplicação controlada de plantas associadas a microrganismos e fungos.
Recuperar solos contaminados através da aplicação controlada de plantas associadas a microrganismos e fungos (fitotecnologias) é a proposta da iniciativa internacional PhytoSUDOE. Esta abordagem preconiza um aumento microbiano e da biodiversidade de plantas do solo, ajudando a recuperar a sua funcionalidade.
A Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Católica no Porto, em parceria com o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), integra o projeto e tem estado nas Minas da Borralha, em Montalegre, a aplicar fitotecnologias para atenuar os efeitos nefastos da extração de volfrâmio.
Os microrganismos, como bactérias e fungos, ajudam no estabelecimento e crescimento das plantas em locais com contaminação por metais provenientes de minas antigas ou por contaminação industrial.
“Os solos suportam quase um quarto da biodiversidade do planeta, sendo o nosso recurso base para muita coisa, como a produção de alimentos e de biomassa, a disponibilização da água e a reciclagem de nutrientes. É essencial que os protejamos e que tentemos recuperar a sua funcionalidade”, explicou Helena Moreira, investigadora do projeto. Esta recuperação deve ser feita de “uma forma sustentável”.
“Tem que haver um compromisso entre o que é preciso fazer a curto prazo e o que pode ser esperado a médio e longo prazo. As soluções naturais podem demorar mais tempo mas trazem outros benefícios”, contou.
“Esta abordagem inovadora permite ainda apresentar os solos contaminados como uma alternativa para a produção de biomassa para diferentes aplicações, estimulando, assim, a economia”, propôs.
Um dos objetivos do programa prende-se, também, com o encorajamento e divulgação desta prática junto dos reguladores e proprietários no território SUDOE (Portugal, Espanha e França) e, ainda, noutras regiões europeias.
Fonte – The UniPlanet de 19 de abril de 2018
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