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Materiais em PVC: riscos ou facilidades?

Riscos PVC

O Policloreto de Vinila, mais conhecido como PVC, é um material termoplástico, ou seja, quanto mais elevada a sua temperatura, mais maleável se torna, podendo chegar a um estado semelhante ao de materiais fundidos.

Composto de 57% de cloro e 43% de etileno, sua principal utilização na construção civil é na fabricação de portas e janelas; tubos, conexões e dutos; fios e cabos; pisos; revestimentos externos e forros graças às suas propriedades mecânicas, resistência à umidade e baixa inflamabilidade. Este material é também muito utilizado na fabricação de brinquedos, calçados e bolsas de sangue.

Em pesquisas bibliográficas é possível verificar uma divisão de opiniões sobre os perigos associados a este material: no que se refere ao seu poder cancerígeno e a ausência da possibilidades de reciclagem. Alguns artigos afirmam que o PVC não apresenta esses riscos e outros, sim.

De acordo com o artigo “Disruptores endócrinos no meio ambiente: um problema de saúde pública e ocupacional” de João Roberto Penna de Freitas Guimarães, o Dibenzo-p-dioxinas policloradas e o Dibenzofuranos policlorados são dioxinas e furanos liberados na produção do material PVC e que quando da sua incineração trazem riscos à saúde humana, como:

  • Acumulação no leite materno;
  • Alteração das glândulas cebáceas;
  • Suprime as funções imunológicas;
  • Redução do número de espermatozóides;
  • Neoplasia de tireóide;
  • Disfunção neurofisiológica bilateral nos lobos frontais do cérebro;
  • Neoplasia e acumulação na tireóide.

A Mestre e Arquiteta Daniela Corcuera afirma em seu artigo “Impactos Ambientais do PVC” que os subprodutos da produção de PVC são altamente persistentes, bioacumulativos e tóxicos. Tanto na Europa quanto nos Estados Unidos este material tem sido gradualmente substituído e banido.

Sobre a reciclagem do material, a Rionil Compostos Vinílicos defende que a dificuldade da reciclagem abrange não só o PVC mas todos os materiais plásticos pois os mesmos não reagem à impurezas, os diferentes plásticos são incompatíveis entre si e representam grande volume com pequeno peso, tornando assim o processo de reciclagem mais caro que material virgem e com menor qualidade.

Jéssica de Miranda Paulo é Engenheira Ambiental e especialista em Planejamento e Gestão de Negócios.

Fonte – Sinergia de 02 de Abril de 2015

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