Era uma vez um passarinho …

Once upon a time, in the Kingdom of Far Far Away … (Shrek 2) e a briga continua.

Um passarinho me contou que aqueles números que eu havia contestado ainda estavam errados.

A APRAS diz que utilizam 80 milhões de sacolas de mercado/mês nos mercados do Paraná.

Eu contestei, porque em Maringá, incialmente disseram que utilizavam 5 milhões e no final, sem pesquisar muito, descobrimos que o número ultrapassa 15 milhões.

Fazendo a conta de somar do Paraná, afirmei que os 80 milhões incluiriam só Maringá, Curitiba e Londrina, sem contar o resto das 399 cidades do estado.

Então, Sendo muito boazinha, calculei 500 milões de sacolas/mês no Paraná.

Mas também disse que qualquer cálculo deveria ser multiplicado por três, a exemplo de Maringá.

Então … esse passarinho me confessou que o número aproximado é de descarte de 1 bilhão e 250 milhões de sacolas mês utilizados nos mercados do Paraná.

Agora, vem o setor de plásticos dizendo que eles não são os vilões da história e que o planeta tem problemas maiores do que o plástico que eles produzem.

Por favor, todos os problemas tem que ser atacados, é a soma das soluções que salvará o planeta.

Claro que eles não são os vilões, esses seríamos nós, os consumidores que usamos milhares de sacolas por mês ao invés de usamos sacolas retornáveis – embornais – em nossas compras.

Culpados somos nós de sermos passivos, cordatos, amáveis e que não iniciamos um movimento ecoterrorista para levá-los à falência.

Somos culpados ainda da política do umbigo, em que se estou bem, que se lixe o resto, já pago meus impostos, o governo que seja babá da minha vida, resolva os problemas do planeta, não quero pensar, prefiro asisstir o BBB7 e as novelas, pensar dá trabalho.

Eles se esquecem da responsabilidade do berço ao túmulo, que diz que quem produz um bem tem a responsabilidade de dar a destinação final a esse bem, a exemplo de lâmpadas e baterias.

Estão se fingindo de mortos, quando poderiam fabricar sacolas mais espessas para não se necessitar colocar um pacote de arroz de 5 quilos em 3 sacolas para a sacola não arrebentar.

Poderiam também fazer campanhas em que o consumidor que levasse x em compras ganharia uma sacola retornável e quando esse consumidor voltasse usando essa sacola tivesse desconto nas compras.

Ou … poderiam utilizar somente sacolas oxi-biodegradáveis, que ao invés de ficarem até 500 anos poluindo o planeta, em 18 meses desaparecem, sobrando água, biomassa e CO2.

Daí vem a conversa mole de que o CO2 é o vilão que contribui para o aumento da temperatura no planeta.

Mas esquecem de dizer que qualquer matéria orgânica, que poderia virar adubo, quando colocado dentro destas sacolas – a dona de casa usa esta sacola para lixo, inclusive restos de comida – sofrerá uma decomposição por microorganismos anaeróbicos, que entre tantos males, irá gerar metano, 21 vezes pior do que o carbono para o clima do planeta.

Esquecem que mais de 80% das cidades do país não tem aterro sanitário e sim, lixões, onde não se queima o metano para evitar seus males.

Esquecem mesmo ou querem controlar as informações para se isentarem de qualquer culpa?

Não estou aqui fazendo o papel de inimiga, não quero que ninguém vá a falência, principalmente porque a FUNVERDE acredita em capitalismo, mas um capitalismo sustentável.

Mudem o padrão de produção e obtenham lucro através do marketing ambiental.

Quem de nós deixaria de comprar em um estabelecimento ecologicamente correto para ir comprar em um estabelecimento que só visa o lucro sem pensar no futuro do planeta?

Espero que a resposta seja ninguém e estou percebendo que as pessoas estão acordando, então, espero também que a turma do plástico acorde, porque senão vai ser por lei, infelizmente.

E como diz um amigo, o que é de lei não é de vontade e daí, de heróis, salvadores do planeta, o pessoal do plástico será o bandido obrigado a fazer o que é certo por força da lei.