Sobre o lixão do pacífico, a plastivida e as petroquímicas

A FUNVERDE, desde 2004, quando iniciou a luta pela desplastificação do planeta, já tínha noção de como andava a poluição pelos plásticos do nosso único lar no universo, principalmente nossos rios e oceanos.

O vilão da plastificação é o ser humano, que joga o lixo em qualquer lugar e este lixo, em sua maioria, é composto de plásticos, desde a sacola plástica até o conteúdo desta sacola plástica.

No programa fantástico da rede globo do dia 15 de fevereiro de 2009, a matéria sobre o lixo encontrado no oceano pacifico só veio nos confirmar o tamanho do problema para o qual já havíamos acordado há mais de quatro anos.

Como sempre fazemos no início de qualquer projeto, em 2004 fomos atrás de uma solução para o excesso de plástico que encontrávamos em todo fundo de vale que estávamos recuperando com a plantação de mata ciliar e limpeza de rios e suas margens.

Nós, aqui na cidade de Maringá, onde fica a sede da FUNVERDE, estamos há mais ou menos 500 quilômetros do litoral e imagine a quantidade de plásticos de todos os tipos que fazem seu trajeto correnteza abaixo, até chegar ao mar.

Quando extrapolamos para uma cidade ao lado do oceano, imaginamos o problema aumentado milhares de vezes.
Sempre defendemos o uso de um plástico de ciclo de vida curta, evitando todos os de problemas que causa o plástico convencional eterno – 500 anos para nós é uma eternidade.

Pesquisamos e encontramos a tecnologia da oxi-biodegradação – e apoiamos a tecnologia D2W, pois foi a única que nos deu subsídios científicos, comprovando a eficácia e segurança desta tecnologia -, que não muda em nada o processo de fabricação mas confere uma característica maravilhosa ao plástico convencional, este plástico agora se degrada em 18 meses, evitando uma vida longa sobre o planeta.

Praticamente todo o plástico produzido até hoje está na natureza desde 1930, a não ser que tenha sido incinerado.

A taxa de reciclagem no Brasil é de 0,8%.

Um coletor precisa catar 800 sacolas – 600 se for da famigerada falácia da plástivida que agora está vendendo a idéia de sacolas mais espessas – para ganhar 15 centavos.

Nas imagens que o programa da globo mostra, podemos ver a sopa de plástico existente no pacifico e com certeza, em todos os mares do planeta. Perguntamos agora, quem irá resolver o problema? Sob o ponto de vista da lei, quem produziu o produto deve ser responsável pela reciclagem ou destinação final de sua mercadoria, fazendo com que o plástico volte a servir a ao entrar novamente na cadeia de produção humanidade. Sabemos que infelizmente isso não ocorre, por isso, precisamos resolver o problema de outra maneira. Ao invés de utilizar o plástico eterno convencional vamos somente fabricar e utilizar o plástico de ciclo de vida curto oxi-biodegradável.

E o que o lixão do pacífico tem a ver com as petroquímicas e a plastivida?

Tudo, absolutamente tudo, visto que de todo o lixo que se encontra nesta área que é maior que a soma dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás 27% correspondem a sacolas plásticas de uso único, que são utilizadas aos bilhões ao redor do planeta e são descartadas em qualquer lugar.

Essas sacolas, que demoram mais de meio milênio para se degradarem, que não são recicladas porque não tem valor de mercado – qual o catador que se dispõe a coletar mais de 800 sacolas para alcançar um quilo e receber por elas 15 centavos? – que o vento leva sempre para o local mais baixo do terreno, acabando assim em galerias de esgoto, que irão desembocar em rios e por fim nos mares, poluindo todo o planeta sem obedecer fronteiras, porque uma sacola consumida na Mongólia pode vir parar no Rio de Janeiro.

Daí vem a plastivida dizendo que sacola plástica não é um problema e pior, para fazer seus patrões das petroquímicas faturarem mais, ainda inventam a maldita sacola mais grossa, que irá demorar ao menos um milênio para se degradar e ainda não resolvendo o problema da reciclagem – de novo, se a sacola é 30% mais espessa gerando assim 30% a mais de lucro para as indústrias mas mesmo assim o catador ainda terá que coletar 600 sacolas para ganhar 15 centavos.

Imagine você se não existisse o plástico oxi-biodegradável, quanto plástico ainda não estaria no ambiente como uma herança maldita para os seres que ainda não nasceram por várias gerações.

O Paraná saiu na frente nesta luta, porque desde 2006, quando a primeira rede de supermercados do país – Supermercados Canção – iniciou o uso das sacolas de compra oxi-biodegradáveis e até agora o Paraná já deixou de utilizar mais de 15 bilhões de sacolas de plástico eterno convencional em umano e se somarmos aos outros estados do país que já adotam a tecnologia de plástico de rápida degradação, entenderemos que um pequeno gesto, que é trocar um plástico de 500 anos por um plástico de 18 meses para se degradar, fará toda a diferença para nossos oceanos.

O que será que a plastivida e as petroquímicas, seus patrões tem a dizer da matéria abaixo, veiculada no Fantástico de 15 de fevereiro de 2009?

Será que eles ainda irão insistir nesta história de sacola 30% mais grossa? Será que não ficarão ao menos com vergonha de estarem destruindo o planeta?

Bah tche, não responda, foi uma pergunta retórica. É claro que sabemos que a eles não importa a extinção em massa de organismos marinhos ou terrestres, ou a própria extinção da raça humana, o importante é o lucro

Pela lei, quem produz uma mercadoria é responsável por todo o seu ciclo de vida, inclusive pelo destino final, mas como eles são poderosíssimos, o que lhes importa a lei …

Cabe a nós ONGs, consumidor, governo, impor-lhes limites, através de multas, leis, denúncias, porque se depender deles … adeus planeta terra.

Clique na imagem para ver a matéria. 

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