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Economia circular: nova forma de olhar o desperdício obriga empresas a repensar estratégias
A Europa aprovou um conjunto de medidas destinadas a melhorar o desempenho ambiental do continente no que toca à produção de lixo. A chamada Circular Economy Package (Medidas para Uma Economia Circular) diz respeito a um conjunto de medidas que pede às empresas que reutilizem durante tanto tempo quanto possível os seus produtos. O objetivo é que passemos de uma economia de desperdício como a que temos hoje para uma onde produtos e materiais são reutilizados para diminuir a quantidade de lixo que produzimos.
Mas porquê obrigar as empresas a reutilizar os seus produtos e materiais quando já temos a reciclagem? O problema é que a reciclagem não está a funcionar. Por variados motivos, o desperdício acaba por ir parar ao lixo indiferenciado, o que se traduz numa média de 480kg de lixo produzidos anualmente por cada cidadão Europeu — valor que sobe ligeiramente para 483kg no caso dos cidadãos Portugueses.
Numa economia circular, e ao contrário daquela em que vivemos hoje (baseada em padrões de “compra-consumo-jogar fora”), os materiais presentes nos produtos são reutilizados, transformando o que hoje é considerado lixo em recursos valiosos. E isto é um passo significativo na proteção do ambiente e dos recursos naturais.
As novas regras representam uma dor de cabeça significativa para várias empresas, que têm de ultrapassar várias barreiras para conseguir cumprir o que lhes é exigido. E algumas dessas barreiras dizem respeito a nós, consumidor, que não valorizamos produtos que tenham sido alvo de reparações.
A propósito disto, um conjunto de académicos identificou três pilares fundamentais que estão presentes em empresas que já conseguiram implementar economias circulares: os seus produtos apresentam arquiteturas modulares; alugam pelo menos alguns dos seus produtos em vez de depender apenas das vendas; expandiram as suas operações de reparações e posterior venda de produtos em segunda mão com o objetivo de ajudar as empresas a pensar em estratégias para se enquadrarem nas novas regras da União Europeia sobre economia circular.
Fonte – Green Savers de 11 de agosto de 2018
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