Por José Tadeu Arantes - Agência FAPESP - 31 de outubro de 2024 - Estratégia…
Alterações climáticas: corremos o risco de desestabilizar a terra permanentemente
Ninguém sabe ao certo qual o ponto exato em que o clima do planeta será desestabilizado de forma irreversível, mas o consenso parece ser que temos de impedir que a temperatura média global suba acima dos 2º relativamente a valores pré revolução industrial.
Os cientistas avisam que os sistemas do nosso planeta que hoje são nossos amigos, podem tornar-se inimigos e transformar a Terra numa estufa imprópria ao estilo de vida moderno. Se continuarmos a aumentar a temperatura média global do nosso planeta, iremos desencadear um efeito dominó irreversível de mais gases com efeito de estufa para a atmosfera, que por sua vez irão aumentar a temperatura global. Por exemplo, o permafrost nas latitudes a norte é uma fonte de milhões de toneladas de gases com efeito de estufa. Se derreter, serão lançadas para a atmosfera estes gases, que por sua vez irão potenciar o aquecimento global.
Em 2015, o mundo acordou em impedir que a temperatura média global aumentasse 2º acima dos níveis pré revolução industrial, mas há muito por fazer nos próximos anos para impedir que a temperatura se mantenha abaixo deste nível.
Em declarações à BBC, o Professor Johan Rockstr do Stockholm Resilience Centre disse que “neste momento, somos nós que estamos em controlo, mas se ultrapassarmos os 2º veremos que os sistemas da Terra irão mudar de amigo para inimigo. Entregaremos o nosso destino a sistemas da Terra que irão começar a funcionar de forma desequilibrada”.
Notícias positivas
No meio de tantos avisos, todavia, os cientistas dizem que há notícias positivas, nomeadamente que ainda vamos a tempo de evitar o problema do efeito de estufa galopante. Todavia, tal exigirá uma mudança profunda relativamente à forma como nos relacionamos com o planeta. Entre os passos a tomar para mudar o rumo das coisas, temos de parar de queimar combustíveis fósseis até meados do século, plantar mais árvores e proteger as florestas existentes, e construir máquinas dedicadas a retirar o excesso de CO2 da atmosfera.
Fonte – Green Savers de 08 de agosto de 2018
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