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Toneladas de alimentos das feiras livres de São Paulo vão para o lixo

No mundo, há uma perda de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos e o Brasil tem grande. participação nesta conta porque descartamos metade do que produzimos – Foto: USP Imagens

Pesquisa dimensiona desperdício e propõe, entre outras, uma finalidade social para esses alimentos: creches, asilos e escolas públicas

Os dados sobre desperdício de alimentos no mundo são alarmantes. Cerca de 1,3 bilhão de toneladas são jogadas fora por ano. O Brasil tem uma grande participação nesta conta porque está entre os dez países que mais desperdiçam alimentos. Em média, descartamos 50% do que produzimos. Nas feiras livres, é possível se ter uma ideia deste problema. Depois da chamada xepa, milhares de toneladas de frutas, legumes e verduras que poderiam ir para o prato do brasileiro, vão para o lixo. Em São Paulo, este número chega a 33 mil toneladas por ano.  É preciso desenvolver metodologias para mensurar as perdas e o desperdício de alimentos, visando a sensibilizar a sociedade para a problemática.

Uma pesquisa da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP nos traz informações sobre o montante deste desperdício e o quanto perdemos em nutrientes, em água, em energia e em área agricultável. E melhor, o estudo indica que grande parte destes alimentos poderia ser resgatada e ter, entre outras, uma finalidade social: suprir necessidades de asilos, creches e escolas públicas.

Do total de desperdício de frutas, verduras e legumes que acontece nas feiras livres de São Paulo, as maiores perdas estão relacionadas às folhas. Além dos alimentos, também há perdas de recursos naturais. A pesquisa de Sylmara Gonçalves Dias, da EACH, avalia o impacto ambiental e apresenta informações sobre o quanto se perde em nutrientes, água, energia e área agricultável. Confira no segundo vídeo:

Das 33 mil toneladas de alimentos descartadas anualmente nas feiras livres de São Paulo, uma grande parcela, que tem ótima qualidade, poderia ser reaproveitada e ter uma finalidade social como o suprimento de alimentos em instituições que atendem pessoas em vulnerabilidade. Além do consumo humano, pesquisa da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP propõe outras rotas de reaproveitamento: ração animal, geração de energia e compostagem. Veja neste terceiro vídeo:

Fonte – Ivanir Ferreira, Jornal da USP de 25 de setembro de 2018

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