Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Plástico Ecológico, sim!
O mercado de embalagens plásticas degradáveis apresenta crescimento considerável no Brasil e no mundo. O uso de sacolas e outras embalagens plásticas que se decompõem com rapidez na natureza ganham cada vez mais adeptos. É uma tendência mundial, resultado da necessidade de solucionar problemas reais, tal como o acúmulo de embalagens plásticas no meio ambiente. O aumento da procura por essas embalagens sustenta-se por estudos e testes científicos que comprovam a eficiência das tecnologias e a necessidade por produtos eco-responsáveis.
O debate em torno do uso dos plásticos oxi-biodegradáveis sofre com informações distorcidas, que o colocam como material que se degrada em pedaços e que não é biodegradável. Infelizmente, esse posicionamento contrário por parte das petroquímicas é caso singular no Brasil. Em todo o mundo, novas e comprovadas tecnologias são aceitas e atestadas por universidades de renome internacional como Pisa (Itália), Universidade Blaise Pascal – Clermont Ferrant (França) e Aston (Reino Unido). Segundo esses laudos, plásticos oxi-biodegradáveis d2w desaparecem por completo. Após sua decomposição, resta apenas água, pequena quantidade de CO2 e biomassa, resultantes da biodegradação.
O posicionamento dessas instituições respeitadas serve como atestado de bons antecedentes para centenas de empresas ao redor do mundo. Exemplo disso é a inglesa Roberts Bakery que utiliza as embalagens d2w para guardar os pães de forma, com contato direto.
O mercado oferece dezenas de soluções para diminuir o impacto dos plásticos convencionais incorretamente descartados no meio ambiente: materiais biodegradáveis e compostáveis (feitos à base de amido de batata e milho, por exemplo) de origem renovável ou não, oxi-biodegradáveis (que aceleram a degradação e posterior biodegradação do plástico convencional por meio de aditivos), hidro-biodegradáveis e também os hidro-solúveis.
Nada de plástico feito de comida. Com a população do planeta beirando os 7 bilhões, não dá para usar recursos naturais cada vez mais raros – terra fértil e água – para plantar batata, mandioca, milho, arroz, qualquer comida que contenha amido e depois transformar esta comida em sacola, isto é simplesmente inconcebível, um verdadeiro crime contra a humanidade.
Plástico tem que ser oxi-biodegradável, ao menos enquanto existir o petróleo, afinal, de cada barril refinado existe uma sobra de 7% de nafta que se não for transformada em plástico será queimada na própria refinadora, aumentando a temperatura do planeta e não tido serventia para a humanidade. Nossa única birra com o plástico do petróleo é que ele é indestrutível, ele é eterno, afinal, 5 séculos é uma eternidade e por isso defendemos com unhas e dentes o plástico feito de petróleo sim, mas transformado em plástico de ciclo de vida curta através do aditivo D2W – existem outras tecnologias, mas como estas nunca nos forneceram um laudo sequer, não podemos defendê-las ou afirmar que elas funcionam -. Este aditivo quebra as longas moléculas do plástico, fazendo com que os microorganismos possam consumir este plástico, transformando-o rapidamente em CO2 e biomassa.
Plásticos oxi-biodegradáveis d2w se degradam e posteriormente se biodegradam, sim. Da mesma forma que os plásticos convencionais. A única diferença está no tempo que o processo vai levar, muito mais curto nos plásticos d2w. Assim sendo, tudo o que se fala contra os plásticos oxi-biodegradáveis também é válido em relação aos plásticos convencionais.
A indústria plástica está diante de uma nova realidade, onde plásticos são injustamente vistos como vilões do meio ambiente. Enquanto isso, os representantes das petroquímicas no Brasil não enxergam que novas tecnologias visam proteger a indústria plástica como um todo, já que podem oferecer ao mercado um produto que continua a ser reciclável, que oferece todas as vantagens e qualidades do plástico, mas que gera menor impacto ambiental quando descartado de forma errada e não é coletado.
Os plásticos d2w são uma alternativa interessante para acelerar a decomposição de toneladas de plásticos lançados no solo, rios e lagos. O aditivo já é utilizado em mais de 180 indústrias no Brasil e plásticos d2w são produzidos e adotados em mais de 60 países. Como se vê, muita gente começou a despertar para o problema, dando importante contribuição para amenizar o impacto provocado pelo descarte incorreto dos plásticos.
É importante que os empresários e consumidores se informem corretamente sobre cada uma das soluções e cobrem pesquisas e laudos específicos na hora de analisar a possibilidade de adotar um tipo ou outro de tecnologia. A escolha por opções menos impactantes ao meio ambiente e efetivamente eco-responsáveis pertence ao cidadão e ao mercado.
Por Eduardo Van Roost – diretor da Res Brasil, empresa especializada em embalagens naturalmente degradáveis.
boa tarde,
gostaria de informaçòes sobre materia prima ecologica para a fabricação de frascos plasticos modo Sopro
No aguardo