Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
A Energia renovável pode suprir o mundo por volta de 2050
Por Paul Brown – Ecowatch
Praticamente toda a demanda mundial de eletricidade para transporte e aquecimento e refrigeração de residências e escritórios, além de fornecer a energia necessária para indústria, poderia ser atendida por energia renovável em meados do século XXI.
Este é o consenso de 47 trabalhos de pesquisa revisados por 13 grupos de pesquisadores independentes, com um total de 91 autores reunidos pela Universidade de Stanford, na Califórnia.
Alguns dos documentos fazem uma ampla pesquisa em todo o mundo, agregando o potencial de cada tecnologia para ver se países ou regiões inteiras poderiam sobreviver com fontes de energias renováveis.
Foram feitos exames especiais em pequenos países da África subsaariana e de países como a Alemanha e buscam ver quais são as barreiras ao progresso e como elas podem ser removidas.
Em todos os casos, as conclusões são de que a tecnologia já existe e é suficiente para atingir 100% da energia renovável, isso se for da vontade política de nossos governantes.
Este estudo é uma arma poderosa contra aqueles que afirmam que as energias renováveis não são confiáveis ou não podem ser expandidas com rapidez suficiente para substituir os combustíveis fósseis e a energia nuclear.
Quando medidas adequadas de eficiência energética são implementadas, uma combinação de energia eólica, solar e hídrica, com várias formas de capacidade de armazenamento, pode adicionar até 100% das necessidades de energia em todas as partes do planeta.
Stanford coloca um de seus próprios documentos no topo da lista. Ele estuda os impactos das propostas do Green New Deal na estabilidade, custos, empregos, saúde e clima da rede em 143 países.
Com o mundo já se aproximando de 1.5 °C de aquecimento, segundo ele, sete milhões de pessoas mortas por poluição do ar anualmente e recursos limitados de combustíveis fóssil e com potencial de provocar grandes conflitos, os pesquisadores da Universidade de Stanford queriam comparar como seria uma transição para 100% da energia gerada pelo vento, energia solar-água, e qual sua eficiência e como seria o armazenamento até 2050, chegando a pelo menos 80% até 2030.
Ao agrupar os países do mundo em 24 regiões, cooperando nas soluções de estabilidade e armazenamento da rede, o suprimento poderá corresponder à demanda até 2050-2052, com 100% de dependência de fontes renováveis. A quantidade de energia utilizada em geral seria reduzida em 57.1%, os custos cairiam na mesma quantidade e seriam criados novos 28.6 milhões de empregos, bem mais do que o modo tradicional dos negócios atuais.
O consenso entre os pesquisadores talvez seja o mais surpreendente, uma vez que as condições climáticas diferem muito nas diversas latitudes do estudo. Parece que, à medida que o custo das energias renováveis, principalmente a energia eólica e a solar, caírem, as soluções de armazenamento de energia se multiplicaram.
Isso, mais o benefício do ar limpo, principalmente em países asiáticos como Índia e China, torna as energias renováveis ganham no comparativo custo-benefício.
O surgimento destes inúmeras publicações sobre o tema, reflete o consenso de que os cientistas climáticos conseguiram alcançar seus objetivos em alertar aos políticos de todo o mundo, de que o tempo está se esgotando e que façam alguma coisa para manter as temperaturas abaixo de níveis perigosos ao ser humano.
Como no total, as soluções oferecidas cobrem países que produzem mais de 97% dos gases do efeito estufa do planeta, elas fornecem um plano para a próxima rodada de negociações climáticas da ONU, a ser realizada em Glasgow, em novembro. Na COP-26, como é chamada a conferência, os políticos deverão firmar novos compromissos a fim de evitar a perigosa mudança climática.
Este estudo da Universidade de Stanford só mostra que a estabilidade climática só necessita da vontade política dos governos mundiais.
Republicado com permissão da Climate News Network.
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