Por Pedro A. Duarte - Agência FAPESP - 12 de novembro de 2024 - Publicado…
A floresta Amazônica está chegando muito próximo do ponto de não retorno!
“Por 50 milhões de anos, a Amazônia lidou com desafios climáticos de uma maneira extraordinária, ela sempre foi capaz de se recuperar. O que nós vemos hoje é que a floresta não sabe lidar com motosserra, com trator com correntão e, principalmente, com o fogo”, disse o cientista.
Antonio Nobre ainda ressaltou as consequências das queimadas para o ciclo de chuvas em todo o país: “O fogo, em particular, tem um efeito de comprometer o mecanismo de chuvas porque produz fumaça e fuligem. A fumaça e a fuligem secam as nuvens de chuva na Amazônia e, quando isso acontece, chove muito menos durante o período da seca”.
De acordo com o cientista, por conta das queimadas que atingem a região ao longo de anos, parte da floresta já atingiu um ponto que não pode ser revertido. “A gente está destruindo as vantagens que o Brasil tinha com relação a abundância de chuva, a sequestro de carbono, e outros benefícios, sem falar na biodiversidade amazônica, que é uma riqueza imensa que está se perdendo. A gente vê que a floresta está chegando muito próximo, e parte dela já passou, do ponto de não retorno”, concluiu.
Assista ao trecho:
Confira na íntegra o Repórter Eco Especial sobre as queimadas na Amazônia e no Pantanal:
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