Mesmo crescendo mais rápido, as árvores de florestas de todo o planeta passaram a ter uma vida mais curta, fenômeno que impacta diretamente a vida na Terra.
Menos árvores, mais gás carbônico na atmosfera.
Altas concentrações de dióxido de carbono levam ao aumento do efeito-estufa, elevação da temperatura, derretimento das calotas de gelo, elevação dos níveis oceânicos e mudanças nos padrões de chuvas, entre outras consequências.
As causas podem estar associadas à baixa disponibilidade de água e ao aumento da temperatura terrestre.
O artigo “Global tree-ring analysis reveals rapid decrease in tropical tree longevity with temperature“, publicado na PNAS, demonstra os mecanismos por trás deste fenômeno e faz um alerta sobre a situação.
Para chegar a esses resultados, pesquisadores dos Departamentos de Botânica e de Ecologia, do Instituto de Biociências (IB) da USP, em conjunto com colegas de universidades da Inglaterra, Alemanha e Chile, fizeram análise de dados de praticamente todos os biomas terrestres e trazem informações mais detalhadas sobre a floresta amazônica.
“A redução na longevidade das árvores significa que o carbono ficará menos tempo estocado nos troncos. Quando elas morrem, liberam CO2 de volta para a atmosfera, tornando o ciclo do carbono mais dinâmico, reduzindo potencialmente a quantidade de carbono nas florestas tropicais”, explica o biólogo Giuliano Locosselli, pesquisador e o primeiro autor do artigo.
No Brasil, a pesquisa foi conduzida pelo grupo do professor Marcos Buckeridge, do IB.
Ele que é um dos autores do artigo diz que os cientistas queriam saber se as plantas que comumente cresciam mais rápido em altas condições de CO2 e de temperatura também morreriam mais cedo. Foi essa a pergunta que o paper procurou responder.
Assista ao vídeo abaixo com as explicações do professor Buckeridge sobre as implicações das mudanças climáticas no aceleramento do crescimento e mortalidade das árvores das regiões tropicais do planeta.
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