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Maior fazenda aeropônica e sem agrotóxicos usa 95% menos água

Startup já foi nomeada uma das empresas mais inovadoras do mundo.

Ela é conhecida como a maior fazenda vertical do mundo em sistema fechado, sendo totalmente coberta e funcionando por meio de um inteligente mecanismo tecnológico.

Estamos falando da AeroFarms, uma startup de agricultura vertical que acaba de receber o investimento de 100 milhões de dólares.

À primeira vista, a AeroFarms chama atenção por sua grandiosidade, mas olhando mais de perto é ainda mais incrível perceber a precisão com que tudo é altamente controlado.

Primeiro que a base é no cultivo aeropônico, isto é, onde as raízes das plantas ficam suspensas e não precisam de solo.

Esse ponto é especialmente relevante se levarmos em consideração que o planeta está perdendo 24 bilhões de toneladas de terra fértil todos os anos.

Também não há contaminação do solo e, consequentemente, não é preciso lidar com escoamento tóxico. Além disso, não se faz uso de agrotóxicos na produção dos alimentos.

Manjericão produzido com tecnologia patenteada pela Plenty.

O fato do solo ser dispensável leva ao segundo ponto: este sistema ainda depende de nutrientes, água e oxigênio.

Mas isso não é problema. Os macro e micronutrientes são constantemente monitorados.

E o grupo criou uma espécie de pano feito de plástico reciclado e livre de bisfenol A. Ele é usado para semear, germinar, cultivar e colher, sendo ainda reutilizável: basta higienizá-lo após a colheita.

Já o uso da água não poderia ser mais eficiente. “70% do nosso abastecimento de água vai para a agricultura e 70% da contaminação da água vem da agricultura.

Eventos atuais, previsões futuras e senso comum nos dizem que não podemos continuar nesse caminho”, diz a startup em seu site.

Com base neste fato, a AeroFarms desenvolveu um sistema, em circuito fechado, que recircula a água para plantas. Isso garante uma redução de 95% de água em comparação à agricultura de campo e 40% em relação à hidroponia.

 

Inovações

O uso de LED que cria luzes específicas para cada tipo de planta evidencia o aparato tecnológico. Também é destaque o sistema funcionar numa estrutura de módulos, cujo tamanhos e configurações são personalizáveis. Isso ajuda na otimização de espaço, tendo rendimentos 390 vezes maiores por metro quadrado anualmente.

A inovação se deu até na escolha do local de construção.

Com duas fazendas em funcionamento e a sede instalada em Nova Jersey, nos EUA, a AeroFarms está próxima dos principais canais de distribuição do país, o que ajuda a reduzir as emissões de transporte.

Inclusive a companhia aérea Singapore Airlines, exatamente pela proximidade entre a startup e o aeroporto de Nova York (EUA), afirmou em março que iria contratar os serviços da fazenda vertical para fornecer alimentos frescos aos passageiros.

As verduras poderão assim ser servidas poucas horas após a colheita. Luxo, não?

leafy greens

O próximo passo é expandir sua atuação no país norte-americano.

Ambição que a companhia pretende alcançar após conseguir 100 milhões de dólares de investidores, sendo que uma parte significativa dos recursos veio do INGKA Group, empresa do grupo da Ikea.

Desde que surgiu a companhia já foi nomeada uma das empresas mais inovadoras do mundo pela Fast Company, além de diversos prêmios no setor de tecnologia.

Também foi homenageada pela Fundação Ellen MacArthur como empresa agrícola por apoiar a economia circular e ser focada na melhoria do impacto positivo no meio ambiente.

 

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