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Manual de recuperação de mata ciliar

30 06 2007 ultima atualizacao

O manual de recuperação de mata ciliar está sofrendo alterações, mas já vou colocar aqui as novas espécies e com o tempo vou verificando quais são frutíferas e colocar em destaque.

As árvores são todas da floresta estacional semidecidual, árvores que plantamos em Maringá, no Paraná.

Para saber que árvores plantar em sua cidade , vá no site www.arvoresbrasil.com.br.

Outros bons lugares para consulta são os livros do Harry Lorenzi, árvores brasileiras I e II, palmeiras brasileiras e frutas brasileiras, da Editora Plantarum.

Objetivos
A FUNVERDE, pensando na recuperação dos fundos de vale elaborou junto com especialistas, este pequeno manual que tem como objetivo mostrar os tipos de árvores permitidas e instruções de plantio na região de Maringá para recomposição de sua flora e orientar a comunidade quanto à importância dos fundos de vale na manutenção da qualidade da água e às técnicas de revegetação de áreas ripárias.

O que é um fundo de vale
Caracterizados por uma depressão com bordas laterais, onde é comum ocorrer afloramento do lençol freático e formação de várzeas, riachos ou rios. Seu topo é denominado divisor de águas. São especialmente importantes para a preservação dos corpos d´água (rios, riachos, lagos, córregos, nascentes etc) .

Como preservar ou recuperar os fundos de vale
A preservação ou recuperação dos fundos de vale depende, principalmente, da manutenção das encostas, da mata ciliar e da qualidade da água.

O que é mata ciliar
Como existem os cílios que protegem os nossos olhos, existem as matas no entorno dos rios, lagos, riachos, córregos e nascentes. É nessa área que existe a mata ciliar, que protege as nascentes de água e os animais aquáticos, evitando a erosão das margens, funcionando como filtro aos agentes poluidores, servindo de refúgio às aves e animais, favorecendo a criação de corredores de biodiversidade, preservando a biodiversidade da flora, dentre outras funções. São assim, de grande importância para a preservação da qualidade da água que consumimos.

Revegetação
Revegetação, é o plantio da vegetação mais próximo possível da mata original. Assim, após um levantamento das espécies de ocorrência natural na região, fazemos uma classificação delas quanto à exigência de luz para seu crescimento.

Espécies pioneiras
Espécies que iniciam o processo natural de cicatrização de uma clareira; têm crescimento muito rápido, produzem grande quantidade de sementes e se desenvolvem bem sob pleno sol.

Espécies secundárias
São espécies que participam dos estágios intermediários da sucessão; as secundárias iniciais têm crescimento rápido e vivem mais tempo que as pioneiras; as secundárias tardias crescem mais lentamente sob sombreamento no início da vida, mas depois aceleram o crescimento em busca dos pequenos clarões no dossel da floresta, superando as copas de outras árvores, sendo por isso denominadas de “emergentes”.

Espécies climáticas
Espécies que aparecem nos estágios finais da sucessão; são tolerantes ao sombreamento intenso e se desenvolvem bem nessa condição.

Plantio
delimitar a área a ser revegetada, evitando as margens em erosão;
proceder à limpeza da área com uma roçada, para a eliminação de ervas daninhas, evitando o revolvimento do solo e, conseqüentemente, a erosão;
delimitar o espaçamento entre as covas de 3 metros, 2 metros e 1,5 metros, conforme a figura de combinação de espécies;
preparar as covas com dimensões aproximadas de 30 cm de diâmetro por 40 cm de profundidade;
recomenda-se para cada cova a aplicação de 6 litros de esterco de curral (20% do volume da cova) ou 3 litros de esterco de galinha (10% do volume da cova) ou ainda 5 litros de húmus.

Combinação das espécies
o plantio deve ser heterogêneo com as espécies combinadas entre as de luz (pioneiras), as intermediárias (secundárias precoces e secundárias tardias) e as de sombra (clímax).
não plantar mais de 10% da mesma espécie.
plantar 30% de pioneiras 30% de secundárias e 30% de clímax.
Exemplo, no caso de plantar de 100 árvores, usar,
33 espécies pioneiras
33 espécies secundárias
33 espécies climáticas
Plantar as árvores o mais misturado possível, não plantar a mesma espécie uma do lado da outra, misture pioneiras, secundárias e climáticas.

Época de plantio
Deve ser feito na época das chuvas (setembro e março). O plantio em áreas de inundação, a partir de fevereiro, quando as chuvas são menos freqüentes, tem mais chances de sucesso.

Manutenção das mudas
As medidas necessárias para a conservação das mudas são a irrigação, a capina em coroamento, elevação de terra ao redor da muda para auxiliar o acúmulo da água, as roçadas periódicas até o fechamento das copas e o controle permanente das formigas cortadeiras. Em mudas grandes e em lugares de ventos fortes é preciso fazer o tutoramento das plantas. Este se faz com uma estaca amarrada ao lado da muda. São dois amarrios em formato de 8 com 2 dedos de espaço entre a árvore e a estaca, fazer o primeiro amarrio a 20 cm do chão e o segundo imediatamente antes da primeira bifurcação

Caso deseje plantar outras espécies, consulte um engenheiro florestal ou engenheiro agrônomo.

Clique na imagem para ficar maior.

Este Post tem 2 Comentários

  1. boa tarde..
    eu sou aluno aqui do instituto terra e estou perguntando a voçes se tem algums sat de revista que tem como eu me cadastra gratis.
    desde ja eu agradeço
    muito abrigado.
    bom trabalho

  2. Olá,
    Estive vendo em alguns sites sugestões como plantar leucenas (Leucaena leucocephala) para tanto recuperação de areas degradadas como mata ciliar. Por ser uma espécie com rápido desenvolvimento e com atribuições á melhoria na fertilidade do solo, porém é exótica..Alguns trabalhos dizem que seu crescimento não atrapalha o das outras por ser uma espécie que não tolera sombra e que com o tempo passa a diminuir seu conjunto dando lugar a outras nativas vigorosas..Porém gostaria de saber se mesmo assim as leucenas devem ser plantadas em recuperação dessas áreas, por possuirem um sistema de dispersão de sementes efetivo, talvez não seja tão bom assim seu plantio, mas como não sou engenheiro agrônomo e só um estudante de biologia, gostaria de uma opinião de quem entende disso. Plantar ou não plantar? Obrigado pela atenção!

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