Por José Tadeu Arantes - Agência FAPESP - 31 de outubro de 2024 - Estratégia…
Limpeza do Bosque Sensorial Ana Domingues
No último sábado, 15 de maio de 2021 tivemos que realizar uma limpeza no bosque sensorial, porque estava impossível andar pelo bosque sem se deparar com lixo por todos os lados.
De garrafas de long neck a garrafas PET, sacolas e mais sacolas de plástico de todos os tamanhos e cores, sapatos, bonés, camisas, camisetas, camisinhas, guimbas, embalagens de cigarros, balões estourados, resto de material de festas que são realizadas no local, restos dos piqueniques, restos dos ensaios fotográficos… o que você imaginar, você pode encontrar no local.
As pessoas vem passear, fazer festas, piqueniques, ensaios e deixam todo o lixo no local.
Elas esquecem que quem vem depois irá encontrar o lixo que elas deixaram, ou elas mesmas na próxima vez que vierem, encontrarão o local sujo.
Quando as pessoas mudarão seu conceito que tem de que “o espaço público não é de ninguém” para “o espaço público pertence a todos, e portanto, tem que ser cuidado por todos e para todos”?
É vergonhoso, porque as festas normalmente são infantis, e, portanto, os pais estão neste momento de festa, deseducando seus filhos.
Deixando seus filhos pensarem que o lixo magicamente some ou que tem leprechauns que aparecerão magicamente à noite para limpar sua sujeira.
Será que em suas casas eles deixam suas crianças jogarem lixo?
A casa, o quintal, o bairro, a cidade… o comportamento deve ser o mesmo, cuidar, deixar limpo.
Tudo é casa, o planeta é nossa casa.
Não consigo compreender o comportamento dessas pessoas que se preocupam com festas, ensaios fotográficos de noivos, grávidas, crianças, cachorros – sim, é comum encontrar pessoas fazendo ensaios fotográficos de seus animais de estimação -, se preocupando com o figurino, com a decoração mas não se preocupando em limpar sua sujeira ao irem embora.
O que pensam essas pessoas? Será que pensam além de sua superficialidade?
A elas se aplica o conceito “Se uma árvore cai na floresta e ninguém está perto para ouvir, será que faz um som?”, ou, neste caso, se eu tiver um totó, um bebê, fizer uma festa de aniversário, noivar, casar, estiver grávida e não fotografar, filmar, colocar em todas as redes sociais possíveis, terei realizado alguma coisa?
Minha vida terá sentido sem validação externa? Mas isso é outro assunto, que também está relacionado com o consumismo. Voltemos ao assunto limpeza do bosque.
O projeto bosque sensorial é desenvolvido pela FUNVERDE desde 2009 e vocês podem encontrar em outras postagens – usem o campo pesquisa da página – mais sobre o projeto.
Em resumo, plantaremos ao final do projeto em uma área de 44.500 m2, aproximadamente 3.500 árvores em sua maioria frutíferas originárias de várias partes do planeta, mas também nativas e árvores em perigo de extinção.
Árvores que que despertem os sentidos, como o paladar com as frutíferas, o tato, com as árvores com espinhos, com cascas de texturas diversas, a visão com cores de frutas, folhas, troncos, flores, olfato com árvores como cravo, canela, pau d´alho…
Em 2 horas de limpeza conseguimos coletar 18 sacos de lixo com capacidade para 100 litros. Infelizmente, logo o bosque estará todo sujo novamente.
Texto da Dona Ana Domingues em 2017, mas nada, absolutamente nada mudou em quase quatro anos
Então, vamos às fotos.
Valdecir estava testando o novo pegador multiuso e funcionou corretamente
Vantagem de se limpar o bosque é que pode colher frutas também!
Cada coisa estranha que se encontra por lá!!!
No final, estávamos cansados. Limpeza no bosque é diferente do trabalho em escritório! Mas é ótimo fazer exercício também!
O Rolf chegou logo depois
Veja o depoimento do Ayrton
Veja o depoimento do Ayrton em outubro de 2017.
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