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O que são Bioplásticos Recicláveis e Biodegradáveis?

Por InBioPlack

Tecnologias avançadas e inovadoras produzem artigos e embalagens de bioplástico biodegradável que são adequados à sua finalidade como produto, e ao mesmo tempo reduzindo substancialmente os danos ambientais ao biodegradar mais rapidamente ao final de sua vida útil.

Estes plásticos se dividem em duas grandes categorias, a saber:

Oxibiodegradáveis e Hidrobiodegradáveis

Plásticos hidrobiodegradáveis (HBPs) e Plásticos oxibiodegradáveis (OBPs) são os dois principais tipos de plásticos biodegradáveis.

(HBPs) Os bioplásticos hidrobiodegradáveis podem ser produzidos em parte a partir de fontes de base biológica, tal como derivados de amido, fontes derivadas de petróleo ou composto por misturas de ambos, e incluem PLA, PHA (polihidroxialcanoato), PHBV (polihidroxibutirato valerato), PCL (policaprolactona), PVA (álcool polivinil) e certos poliésteres.

(OBPs) Definição normalizada dos bioplásticos oxibiodegradáveis: Oxibiodegradação é definida pela CEN (Organização para as Normas Européias), na norma TR15351, como “a degradação resultante da clivagem oxidativa de macromoléculas mediados por células,  simultaneamente ou sucessivamente. “

Os bioplásticos oxibiodegradáveis são produzidos através da adição de uma pequena porção de compostos de ácidos graxos de metais de transição específicos nos plásticos tradicionais tais como o Polietileno ou Polipropileno, de origem fóssil ( Fração do Petróleo ou Gás Natural ) ou renovável ( Etanol de milho, cana etc ).

Atenção: A biodegradação de produtos em Poliestireno e PET é muito lenta e pequena. Faltam evidências e estudos científicos do desempenho de biodegradação em EPS, PS e PET. Por precaução evite produzir e consumir estes produtos rotulados como sendo biodegradáveis sem provas da sua biodegradação baseadas no cumprimento de normas.

Bioplásticos hidrobiodegradáveis ou oxibiodegradáveis passam por degradação química, por hidrólise ou oxidação respectivamente. Isto leva a uma drástica redução de seu peso molecular e à degradação física. Os fragmentos, os quais são menores e têm peso molecular muito mais baixo do que os plásticos comuns não são considerados microplásticos e são inerentemente biodegradáveis.
Bioplásticos oxibiodegradáveis não geram microplásticos; e sim resultam em água, biomassa e dióxido de carbono.
Bioplásticos hidrobiodegradáveis geram metano em condições anaeróbias.

Os Oxibiodegradáveis são biodegradáveis quando avaliados, ensaiados, aprovados e certificados pela BPA e InBioPack de acordo com as normas BS 8472, ASTM D6954, entre outras,  as quais são utilizadas para comparar o desempenho de plásticos que se biodegradam em vários ambientes de descarte, conforme avaliação conduzida por laboratórios independentes. Estas normas contém critérios de aprovação em todas as suas três fases: Degradação; Biodegradação e Ausência de Ecotoxicidade.

Importante não confundir os bioplásticos oxiBIOdegradáveis com os plásticos oxiDEgradáveis que são aqueles que geram microplásticos e não biodegradam segundo normas. Eles não são biodegradáveis e da mesma forma que os plásticos comuns, geram microplásticos e não atendem os critérios contidos nas normas.
Por isso exija sempre certificações da BPA e InBiopack para o plástico oxiBIOdegradável que está usando.

Quanto a Origem (fóssil ou renovável)

Bioplásticos hidrobiodegradáveis podem ser fabricados a partir materiais de fonte renovável (em parte) e a maioria é produzida parte com material renovável misturados com derivados da indústria petroquímica não renovável;

Bioplásticos oxibiodegradáveis podem ser fabricados a partir de materiais de origem fóssil (fração do Petróleo ou Gás Natural) e também a partir de fontes renováveis (polietileno ou polipropileno derivados do Etanol – do milho, cana de açúcar etc).

Quanto a Produção

Produzir bioplásticos oxibiodegradáveis não requer modificações em máquinas e equipamentos já existentes, tampouco mudanças em processos industriais e treinamento específico de mão de obra;

Produzir bioplásticos hidrobiodegradáveis requer mudanças em processos a máquinas, além de treinamento específico de mão de obra.

Quanto ao Custo / Preço

Bioplásticos hidrobiodegradáveis custam entre 4 e 10 vezes mais caro que os plásticos convencionais;

Bioplásticos oxibiodegradáveis custam entre 5 e 15% mais caros que os plásticos convencionais.

Quanto ao Destino Final e Economia Circular

Reciclagem, produção de novos produtos a partir do reciclado e Capacidade de ser Produzido a partir de Plástico Reciclado:

Economia Circular

Bioplásticos oxibiodegradáveis certificados pela Biodegradable Plastics Association (BPA) e InBioPack podem ser reciclados juntamente com os plásticos convencionais dando origem a um novo produto. E também podem ser fabricados a partir de plásticos convencionais reciclados.

Bioplásticos hidrobiodegradáveis e/ou compostáveis não podem ser reciclados juntamente com os plásticos convencionais, nem podem ser fabricados a partir de plásticos convencionais reciclados. Este tipo de plástico não faz parte da economia circular.

Lixões, aterros e meio ambiente aberto

Bioplásticos oxibiodegradáveis degradam e biodegradam na presença de Oxigênio e Microrganismos, no calor ou no frio, na luz ou no escuro, mas permanecem inertes na ausência de Oxigênio. A biodegradação gera CO2, H2O e Biomassa. Este tipo de bioplástico não é vendido nem rotulado como compostável.

Bioplásticos hidrobiodegradáveis degradam e biodegradam na presença de micro organismos, mas para isso aconteça eles devem ser coletados e destinados para usinas de compostagem. Fora de ambiente microbiológico de alta atividade ( usinas de compostagem industrial ) e de temperaturas entre 60 e 70°C, os plásticos compostáveis não biodegradam em conformidade com normas.
Na ausência de Oxigênio liberam gás Metano ( CH4 ), gás 21 vezes mais potente com efeito estufa. Na presença de Oxigênio liberam também CO2.

Compostabilidade

A tecnologia do hidrobiodegradável pode ser considerada e rotulada como compostável quando se enquadra nos padrões ABNT NBR 15448-2, ASTM D6400 e EN 13432, desenvolvidos para plásticos compostáveis. Contudo, esses padrões referem-se ao desempenho deste tipo de plásticos somente em instalações industriais de compostagem operadas comercialmente e não constituem padrões específicos para biodegradação em outros ambientes. É importante frisar que não é a matéria prima, e sim o produto final que deve cumprir as exigências normativas. Uma sacola aprovada como compostável com espessura X, não significa que outra sacola mais espessa, com espessura maior será aprovada, mesmo que sendo fabricada com a mesma matéria prima.

Bioplásticos compostáveis (hidrobiodegradáveis) não são considerados biodegradáveis em ambiente aberto pois não cumprem os critérios contidos na ASTM 6954-18, entre outras de biodegradação em ambiente aberto.

Bioplásticos oxibiodegradáveis não são rotulados nem comercializados como sendo compostáveis. Eles não convertem o seu Carbono em CO2 nos percentuais e prazo especificados nas normas de compostagem criadas especialmente para os bioplásticos coletados e destinados para a compostagem. Bioplásticos oxibiodegradáveis são desenvolvidos para biodegradar no meio ambiente aberto e não em usinas de compostagem.
O Carbono contido nos bioplásticos oxibiodegradáveis é convertido em CO2 durante um período de tempo mais longo promovendo assim sua absorção pelo solo e plantas.

O que define a palavra Bioplásticos e o termo Plástico Biodegradável

Não é a origem de um material, fóssil ou renovável, o fator que determina sua capacidade de ser biodegradável. O que precisa ser biodegradável e/ou compostável é o produto final.

Por exemplo, plásticos verdes em Polietileno produzidos a partir de Etanol ( de fontes renováveis, milho, cana de açúcar etc ) não são biodegradáveis. Estes plásticos são exatamente iguais ao de origem fóssil e ambos geram microplásticos durante a sua degradação.

Muitos plásticos de origem renovável levam tempo igual ou maior para biodegradar quando comparados com os plásticos de origem fóssil.

Nem todos os materiais de base biológica são necessariamente biodegradáveis, tampouco material ou produto biodegradável é necessariamente de base biológica.

O etileno oriundo do etanol é idêntico ao etileno produzido a partir da nafta, e os plásticos feitos a partir do bioetileno são indistinguíveis daqueles fabricados a partir de resinas derivadas de petróleo.

Muitos acreditam que uma característica inerente a todos os polímeros petroquímicos é a de não serem biodegradáveis simplesmente porque são derivados de petróleo. Isto não é verdade. Exemplo disso são os biodegradáveis por oxibiodegradação.

Bioplásticos

A denominação bioplásticos é utilizada para plásticos biodegradáveis baseados em petróleo; plásticos baseados em materiais naturais, os quais não são necessariamente biodegradáveis; e combinações de plásticos feitas tanto a partir de materiais derivados de petróleo como vegetais, quer sejam biodegradáveis ou não.

A classificação dos bioplásticos é definida da seguinte forma:

Plásticos de Base Biológica ou feitos a partir de fontes biológicas, com foco principal na origem dos blocos construtivos de Carbono do material, e não na sua destinação ao final da vida útil do produto, e

Plásticos Biodegradáveis com foco na destinação dos materiais ao final da vida útil, conforme norma adequada para cada tipo.

Qual a diferença entre Biodegradabilidade e Compostagem?

Biodegradável é aquele plástico ou embalagem produzida com aditivos que estão certificados em conformidade com normas internacionais e certificados pela Biodegradable Plastics Association (BPA) e InBioPack.

Já a compostagem não é a mesma coisa que a biodegradação dos plásticos no meio ambiente aberto e as normas são diferentes.

A compostagem é um processo artificial, dependente da ação humana, operado de acordo com uma escala de tempo muito mais curta do que os processos de biodegradação da natureza. Portanto, normas como a ABNT NBR 15448-2 , ISO 17088, EN13432, ASTM 6400, AS 4736-2006, ASTM D 6868 e equivalentes, que foram projetadas para atender os plásticos compostáveis, não devem ser usados em locais onde não existe coleta segregada e destino apropriado para compostagem artificial, industrial e controlada.
Estes padrões e normas não servem para avaliar biodegradação de plásticos em meio ambiente natural.

Quais são as normas e critérios para um plástico ser considerado Compostável?

Para o bioplástico ser considerado compostável os seguintes critérios deverão ser satisfeitos:

1) Desintegração:
Habilidade de se fragmentar em partes não distinguíveis após peneiração e suportar bioassimilação/crescimento microbiano

2) Biodegradação Inerente:
Conversão de 60% do carbono em CO2 (ASTM D6400-04) e 90% (EN 13432 ou ABNT NBR 15448-2) em um período de 180 dias

3) Segurança:
Ausência de evidências de eco toxicidade no composto pronto. O solo suporta crescimento vegetal.

4) Toxicidade:
Concentrações de metais pesados são menores que 50% dos valores previstos pela legislação, nas adições de solo.

Os bioplásticos que satisfazem os padrões internacionais de compostabilidade só podem ser compostados em altas temperaturas existentes em instalações industriais. É necessária a ação humana, certo nível de temperatura, calor, água e oxigênio para que os microrganismos efetivamente biodegradem o material. Na compostagem industrial, condições específicas (temperatura, nível umidade, tempo) são atingidas, as quais são significativamente diferentes daquelas presentes na compostagem doméstica. A temperatura necessária, em particular, não pode ser mantida nas instalações de compostagem residenciais. Muitas comunidades no Brasil e no mundo não têm acesso a instalações de compostagem industrial.

Você sabe a diferença entre um plástico biodegradável e um compostável?
a) O compostável tem que biodegradar 90% em até 180 dias em usinas industriais de compostagem, mas não vai biodegradar fora deste ambiente específico e artificial.

  1. b) O biodegradável por processo de oxidação vai biodegradar 100% em ambiente aberto na natureza.

A biodegradação de ambos resulta sempre em água, biomassa e dióxido de carbono. Apenas o compostável gera metano se a compostagem não tiver o oxigênio presente. Metano é gás 23 vezes mais potente como efeito estufa.

Veja um filme explicativo aqui em espanhol.

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