Por Pedro A. Duarte - Agência FAPESP - 12 de novembro de 2024 - Publicado…
Lixo já é abundante no fundo do mar brasileiro
Próximo a São Paulo, o plástico e os metais foram os materiais mais abundantes, mas o vidro e concreto têm o maior peso. Em Santa Catarina, o material têxtil superou os metais em número, porém são os mais pesados. Imagem: Marine Pollution Bulletin
Coleta
Embalagem de farinha encontrada no fundo do mar próximo a Florianópolis. Foto: Flávia Tiemi Masumoto
Camiseta achada no mar profundo em frente a Santa Catarina. Foto: Flávia Tiemi Masumoto
Descarte ilegal
Equipe no navio Alpha Crucis – Foto: Marcelo Roberto Souto de Melo
Equipe no navio Alpha Crucis – Foto: Marcelo Roberto Souto de Melo
Equipe no navio Alpha Crucis – Foto: Marcelo Roberto Souto de Melo.
Microplástico
Outro impacto apontado é a presença de microplásticos no oceano, que pode também resultar do processo de fragmentação de pedaços maiores de plástico e, consequentemente, ser ingerido pelos organismos, inclusive aqueles importantes comercialmente, como a merluza, por exemplo.
Além disso, sabe-se que algumas espécies que migram verticalmente nos oceanos também podem ser uma fonte de microplástico para o mar profundo.
“Algumas espécies de peixes ficam em regiões mais profundas durante o dia e à noite sobem para regiões mais rasas para se alimentarem. Eles servem como uma fonte de plástico para o mar profundo, porque podem comer o plástico da superfície e descer. Uma vez que são predados, esse material plástico pode passar na cadeia alimentar.”
Um indício de que os animais de mar profundo também consomem o que é despejado no oceano são grãos de milho e de soja encontrados no estômago de uma espécie de peixe-granadeiro coletada.
Para entender melhor esse ciclo, o trabalho desenvolvido por Flávia em seu mestrado é o de estudar os impactos do lixo através da avaliação de microplástico ingerido pelos peixes apanhados no mesmo projeto.
A próxima etapa será investigar a possibilidade de contaminação nos invertebrados encontrados em algumas amostras, como esponjas-do-mar, poliquetas e pequenos crustáceos.
Mais informações: e-mails flavia.masumoto@usp.br, com Flávia Tiemi Masumoto, e melomar@usp.br, com Marcelo Roberto Souto de Melo.
* Estagiário sob supervisão de Fabiana Mariz e Luiza Caires
**Estagiária sob supervisão de Moisés Dorado
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