Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Caçapava, SP – Lei proíbe sacolas plásticas convencionais
O Radical de 04 de agosto de 2009
Os comerciantes de Caçapava, interior de São Paulo, não poderão mais fornecer as tradicionais sacolas plásticas aos consumidores, de acordo com a lei municipal 4.873, de maio de 2007, que acaba de ser sancionada.
Desde o dia 6 de julho todos os estabelecimentos devem começar a usar embalagens 100% ecológicas, porém o prazo de adequação à lei é de 12 meses.
Isso quer dizer que todo o varejo deverá adotar as novas embalagens: biodegradáveis (à base de milho, mandioca), oxi-biodegradáveis (com aditivos que aceleram o tempo de degradação do plástico, sendo também biodegradáveis) ou retornáveis (as tradicionais sacolas de pano).
A FUNVERDE apoia a tecnologia de oxi-biodegradação desde 2005, por nos fornecerem inumeros laudos nacionais e internacionais que comprovam sua eficácia e segurança ambiental.
A FUNVERDE apoia o uso de sacolas retornáveis de pano ou qualquer outro material não plástico, ou se for de plástico, que seja oxi-biodegradável, pois toda sacola seja jogada fora um dia, e mesmo sendo retornável, se for de plástico convencional irá se transformar em poluição, que pode ser evitada utilizando-se plástico oxi-biodegradável.
Num futuro próximo, as sacolas de uso único serão banidas mundialmente e só será aceito o uso da sacola retornável, pois sacolas de uso único são uma imbecilidade inventada para os consumistas preguiçosos e depois deixadas como passivo para nossos mais longínquos descendentes resolverem.
A FUNVERDE repudia o plástico biodegradável, pois é uma insanidade, um crime contra a humanidade, se utilizar recursos naturais – terra fértil e água potável – para plantar alimentos que devem ser utilizados para alimentar e saciar a sede de mais de um bilhão de famintos e sedentos do planeta e usar esses alimentos para fazer sacolas, que serão utilizadadas por meia hora durante uma unica vez e depois descartadas.
Está na hora dos humanos repensarem sua relação com as sacolas plásticas de uso único e perceberem que temos que banir esta praga.
Uma das alternativas propostas pelo município para substituir as sacolas plásticas convencionais é fornecida pela Res Brasil (de Valinhos, São Paulo). O aditivo oxi-biodegradável d2w é importado da Inglaterra e é adicionado durante a produção do plástico. Feito a partir de elementos presentes na natureza, tais como o Ferro e o Manganês, o aditivo reduz drasticamente o tempo de degradação do plástico (de 200 anos para até cerca de cinco anos, mas para isso é necessário contato com luz e calor).
Além disso, o plástico oxi-bio é biodegradável, pois ao iniciar a degradação as partículas são consumidas por microorganismos, ou seja, não causam impactos no meio ambiente.
Para comprovar a eficácia desse produto, a Res Brasil, dedicada ao desenvolvimento de tecnologias em embalagens naturalmente degradáveis, encomendou uma série de estudos e testes, que foram realizados por institutos de pesquisa, laboratórios, instituições ambientais, universidades e organizações nacionais e internacionais, entre elas a Unicamp e a Unesp. Em todas as pesquisas o d2w foi aprovado.
“Diferentemente do que ocorre em outros países, em que as sacolas plásticas vêm sendo banidas, taxadas ou tendo seu uso restringido, causando assim o fechamento de fábricas de embalagens e gerando desemprego, a lei de Caçapava representa um avanço porque permite que o produto possa continuar a ser produzido pelas indústrias já existentes”, afirma o diretor da RES Brasil, Eduardo Van Roost.
Segundo o empresário, cerca de 180 companhias nacionais já produzem embalagens 100% biodegradáveis a partir do d2w. Roost diz ainda que a tecnologia e a matéria-prima estão disponíveis a todos os fabricantes de sacolas plásticas.
“Desse modo, eles poderão se manter no mercado, produzindo materiais que vão se degradar totalmente e de forma segura, sem prejudicar o meio ambiente e a vida. Essas embalagens, uma vez corretamente descartadas e coletadas, são recicláveis pelos métodos conhecidos, juntamente com os plásticos convencionais”, conclui.
No Brasil, quatro estados brasileiros já adotam como lei o uso de embalagens plásticas biodegradáveis, oxi-bio e as retornáveis: Goiás, Espírito Santo, Maranhão e, recentemente, o Rio de Janeiro. As cidades paulistas de Sorocaba, Piracicaba, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Guarulhos também implantaram a Lei das Sacolas Plásticas.
Podemos ir além. Qual a lógica em se consumir um pão de forma, um iogurte, margarina, xampu, sorvete … em minutos, horas ou poucos dias e depois deixar as embalagens entupindo lixões e aterros em todos os lugares do planeta por centenas de anos? Nehuma lógica, somente o conforto dos humanos de hoje, sem pensar no conforto dos humanos ainda não nascidos.
Solução para mais estes resíduos que estão cobrindo o planeta e roubando terra fértil dos futuros habitantes para se construir aterros e lixões? Embalagens de produtos de plástico oxi-biodegradáveis, tendência que está se espalhando pelo mundo e chegando aos poucos ao brasil, como mais uma solução para os resíduos gerados por nós.
Lembre-se de que para nos perpetuarmos como espécie, temos que resolver alguns problemas, como resíduos, água, terra fértil, energia …
São muitos problemas, poucos interessados em resolvê-los e o tempo está se esgotando.
Faça sua parte, estimule os locais onde você compra a utilizarem sacolas retornáveis, oxi-biodegradáveis e também sempre perguntar se estão adquirindo produtos embalados em plástico oxi-biodegradável, vindo da fábrica.
Gostei desse artigo, me forneceu informações muito boas para minha pesquisa sobre a aplicação das sacolas plásticas em Teresina-Piauí.
Eu estava exatamente procurando saber que outros estados brasileiros possuem esse tipo de lei. Agora eu também estou fornecendo uma informação para você atualizar seu artigo: no Piauí, foi publicada, em junho de 2009, uma lei que obriga os estabelecimentos comerciais a usarem sacolas biodegradáveis ou oxi-bio, de papel ou de pano (Lei municipal 3.874/09).