Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Por que não aqui?
Estou colocando a logo do projeto sacola ecológica porque este projeto nasceu aqui, em nossa cidade do interior do Paraná, na FUNVERDE.
O lobo guará de 16 de fevereiro de 2008
Na semana que passou tomamos uma decisão inédita que repercutiu em todo o Estado.
Sob minha determinação, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) multou três grandes redes de supermercados que atuam em Curitiba – WMS Supermercados do Brasil (que engloba os estabelecimentos Wal Mart, Big e Mercadorama), Companhia Brasileira de Distribuição (da qual fazem parte as lojas Pão de Açúcar e Extra) e Carrefour.
Cada uma delas foi autuada em R$ 70 mil por não apresentar à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e ao Ministério Público do Paraná alternativas para a substituição das sacolas plásticas disponibilizadas em suas lojas.
Segundo pesquisa divulgada na revista Superinteressante, cada família brasileira consome, em média, 66 sacolas plásticas por mês. Desta forma, estima-se que sejam consumidas no Paraná cerca de 180 milhões de sacolas mensalmente – o que corresponde a 900 toneladas de plástico descartadas no meio ambiente, em aterros sanitários ou abandonadas em fundos de vale, rios e terrenos baldios.
Na verdade passa de 1 bilhão e 200 milhões de sacolas distribuídas mensalmente, mas é claro que os comerciantes escondem este número com medo da população descobrir o tamanho da poluição que esses comerciantes causam ao planeta e é claro, o medo de terem que se responsabilizar pela sujeira que causam.
Há quase dois anos começamos a buscar o apoio dos grandes geradores (entre eles, os supermercados) nesta batalha contra o plástico tradicional, que demora cerca de 400 anos para desaparecer da natureza. E, desde então, os líderes destas redes vêm, sistematicamente, demonstrando falta de comprometimento sócio-ambiental.
Em compensação, diversas redes mudaram suas sacolas já no ano passado – como Condor, supermercados Planato (de Umuarama, no Noroeste paranaense), Cristal (de Tibagi, região central do Estado), Muffato (com estabelecimentos em diversas cidades paranaenses) e Cidade Canção (que atua em Maringá), entre outros.
Só a título de informação, a rede de supermercados Cidade Canção foi a primeira rede de supermercados do Brasil a utilizar a sacola oxi-biodegradável, em novembro de 2006.
Em Maringá, todas as redes de supermercados locais já utilizam as sacolas oxi-biodegradáveis além mais as redes Muffato e Condor, além de muitos outros comerciantes como feiras, farmácias, videolocadoras e comércio em geral.
É triste ter que registrar a falta de compromisso dos líderes destes supermercados autuados. Eles não querem fazer aqui o que fazem em outros países. O Wal Mart, por exemplo, recentemente passou a distribuir sacolas oxibiodegradáveis em todas suas lojas na Argentina.
Na França, o Carrefour disponibiliza dois tipo de sacola (oxibiodegradável e de pano) em seus estabelecimentos – menos em Paris, onde a sacola plástica tradicional foi banida. E aqui no Paraná, por que a resistência em adotar uma nova sacola?
Esta posição refratária tenta impor ao consumidor a responsabilidade de retirar as sacolas do meio ambiente – o que não deixa de ser verdade. Mas, antes disso, os grandes fabricantes, as grandes petroquímicas e as grandes redes de supermercados devem fazer a sua parte implantando medidas efetivas que possibilitem a reciclagem e a retirada deste material dos aterros e lixões do nosso Estado.
Sendo assim, convidamos a população a refletir se a utilização destas sacolas é tão necessária às suas compras – já que se traduz numa grande poluidora do meio ambiente.
Rasca Rodrigues – Secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná
Só podemos dizer que é hora de sairmos do nosso estado de apatia normal e apoiarmos o governo nesta luta que é de todos nós, porque, atire a primeira pedra aquele que nunca foi a um supermercado ou nunca fez uma compra e utilizou as dispensáveis sacolas convencionais, deixando uma herança maldita para seus descendentes para daqui a 500 anos.
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