Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
Piracicaba, SP – Lei de utilização de sacolas de uso único ambientalmente corretas
Desde 2004 alertamos a todos, quase que diariamente e exaustivamente, através de matérias no site da FUNVERDE, entrevistas, palestras, foruns, sobre o grave problema que a humanidade enfrenta, que é a plastificação planetária.
Desde que criamos a primeira lei em 2007 para diminuir a poluição causada pelo plástico usando a tecnologia do plástico de ciclo de vida útil controlado como solução temporária, várias leis foram criadas em cidades e estados para substituir o uso de sacolas de uso único de plástico convencional por sacolas de uso único de plástico de ciclo de vida controlado e mais recentemente alguns municípios já baniram estas sacolas de suas cidades.
Temos visto iniciativas do varejo tais como cobrar pela sacola, dar desconto quando o cliente leva sua sacola retornável mas o nosso objetivo final é banir as sacolas de uso único, porque é uma insensatez, um crime contra a humanidade utilizar um produto que demorou um segundo para ser fabricado, foi utilizado por meia hora e depois será jogado no planeta para ficar como herança maldita para nossos mais longínquos descendentes terem que se livrar daqui há quinhentos anos.
Claro que a máfia do plástico não fica nada feliz com nosso movimento para banir esta porcaria da sacola plástica e a última estratégia deles é a tal da liminar para poder ter o direito de continuar poluindo nosso país. Pois é, eles dispõe só neste de 2010 uma verba de 19,6 milhões para mentir para a população, para dizer que o plástico é fantástico e que é a solução para todos os problemas do mundo, claro, para poder continuar poluindo e lucrando com a destruição do planeta.
Mas estamos aqui, nós da FUNVERDE, firmes e fortes, desde 2004, na nossa luta para desplastificar o mundo.
Então, aí vai mais uma lei para desplastificar o Brasil, proposta pelo Capitão Gomes, vereador verde de Piracicaba, que está organizando, com a ajuda da FUNVERDE, um forum para debater o ciclo de vida das embalagens plásticas e seu descarte final. Esse fórum ocorrerá em 19 de março de 2009, das 08:00 às 12:00 na câmara municipal de Piracicaba. Contamos com sua presença para que todos possam compreender melhor o grave problema do plástico e a solução apresentada por nós.
Parabéns ao Capitão pela coragem em enfrentar a poderosa máfia do plástico.
Lei 209/2007 aprovada do projeto de lei complementar nº 009/07 – Altera dispositivos da Lei Complementar n.º 178/06 que dispõe sobre a consolidação da legislação que disciplina o Código de Posturas do Município e dá outras providências.
Art. 1º – O Capitulo único do Título IV da Lei Complementar 178/06 passa a ser o Capítulo I.
Art. 2º – O Título IV da Lei Complementar 178/06 fica acrescido de mais um Capítulo, que será o Capítulo IA, com a seguinte redação:
Capítulo IA – Da utilização das embalagens plásticas
Art. 238A – Os estabelecimentos utilizarão para o acondicionamento de produtos, mercadorias em geral e lixo, embalagens plásticas oxi-biodegradáveis – OBP’s quando estas embalagens possuírem características de transitoriedade.
Parágrafo único – Entende-se por embalagem plástica oxi-biodegradável aquela que apresente degradação inicial por oxidação acelerada por luz e calor, e posterior capacidade de ser biodegradada por microorganismos e que os resíduos finais não sejam eco-tóxicos.
Art. 238B – As embalagens devem atender aos seguintes requisitos:
I – Degradar ou desintegrar por oxidação em fragmentos em um período de tempo especificado;
II – Biodegradar – tendo como resultado CO2, água e biomassa;
III – Os produtos resultantes da biodegradação não devem ser eco-tóxicos ou danosos ao meio ambiente;
IV – Plástico, quando compostado, não deve impactar negativamente a qualidade do composto, bem como do meio ambiente.
Art. 238C – Os estabelecimentos deverão possuir certificados dos fornecedores que atestem as qualidades descritas no artigo 238B.
Art. 238D – Os estabelecimentos terão prazo até 1 de dezembro de 2008 para se adequarem aos dispositivos deste Capítulo.
Art. 238E – Na infração de qualquer dispositivo deste Capítulo serão impostas multas de R$ 5,00 (cinco reais) por metro quadrado de construção do prédio onde está instalado o estabelecimento, atualizado pelo Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas(IGPM/FGV), tendo seu valor acrescido de 100% a cada reincidência.
Parágrafo único – A aplicação da multa não desobriga o infrator das exigências deste Capítulo.”
Art. 3º – Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Justificativa
Os plásticos são utilizados desde da década de 1930 e menos de 5% de todo este plástico foi queimado, o resto está no ambiente até hoje e deve permanecer por pelo menos mais alguns séculos.
De acordo com a ONG Funverde, “existem comprovações dos efeitos letais deste material quando disposto no meio ambiente sem retorno ao processo de reaproveitamento, ameaçando tanto a existência humana do planeta”.
Aproximadamente 56% do lixo plástico é composto por embalagens usadas. Três quartos disto é proveniente do uso doméstico e oitenta por cento do 1 bilhão de sacolas de compras produzidas e distribuídas por mês, no Brasil, viram sacos para lixo doméstico. Esse material vai para os aterros sanitários ou lixões, danificando a natureza por séculos. O pior é que parte desse material vai para os fundos de vales ou para as ruas das cidades, onde entope galerias e agrava a situação em caso de chuvas fortes.
A utilização das embalagens oxi-biodegradáves, que se deteriora em 18 meses, beneficia o meio ambiente reduzindo a poluição ambiental. A degradação acontece mesmo que o plástico seja descartado indevidamente e abandonado ao ar livre.
O custo das embalagens produzidas com plásticos oxi-biodegradáves não deve ser impecilho, visto que a diferença de preço não é tão elevada, se levarmos em conta o enorme benefício ao meio ambiente, conforme demonstrado pela loja Watercolour, na Ficha de Inscrição ao Prêmio Valor Social 2006 do Jornal Valor Econômico.
(fonte:www.valoronline.com.br/vsocial/pdf/2006/watercolour_respeito_meio_ambiente.pdf)
Para melhor compreensão dos Nobres Pares sobre a matéria, anexo a Ficha de Inscrição da loja Watercolour ao Prêmio Valor Social 2006 do Jornal Valor Econômico e uma cópia da tradução do texto “Uma Breve Visão Geral sobre Plásticos Biodegradáveis” do OxoBiodegradable Plastics Institute.
Sala das Reuniões, 28 de maio de 2007.
Carlos Gomes da Silva
***
Lei 233/2008 aprovada do projeto de lei complementar nº 018/2008 – Altera dispositivos da Lei Complementar nº 178/06, “que dispõe sobre a consolidação da legislação que disciplina o Código de Posturas do Município e dá outras providências”, e revoga a Lei Complementar nº 209/07.
Art. 1º – O Capitulo único do Título IV da Lei Complementar 178, de 11 de janeiro de 2006, passa a ser o Capítulo I.
Art. 2º – O Título IV da Lei Complementar 178, de 11 de janeiro de 2006, fica acrescido de mais um Capítulo, que será o Capítulo II, com a seguinte redação:
Capítulo II – Da utilização das embalagens plásticas
Art. 238A – Os supermercados, as lojas de hortifrutigranjeiros, os comerciantes que operam em feiras livres, as lojas de alimentos in natura e industrializados em geral, as lojas de produtos de limpeza doméstica, as farmácias e drogarias e todos os demais estabelecimentos comerciais no Município de Piracicaba que distribuem aos consumidores embalagens plásticas para o acondicionamento de suas compras, ficam obrigados a utilizar sacolas retornáveis, sacolas biodegradáveis e/ou oxi-biodegradáveis.
Parágrafo único – Para efeitos do disposto no caput, consideram-se:
I – sacola do tipo retornável, aquela confeccionada em material durável e destinada à reutilização continuada; confeccionadas com a utilização de material resistente, suficiente para suportar o peso médio dos produtos transportados, possibilitando ainda a reutilização, sem necessariamente ser descartada.
II – sacolas do tipo biodegradável e/ou oxi-biodegradável, são aquelas confeccionadas de qualquer material que apresente degradação acelerada por luz e calor e posterior capacidade de ser biodegradada por microorganismos, atendendo alguns requisitos, como:
a) degradar ou desintegrar por oxidação em fragmentos em um período de tempo de até 18 meses;
b) apresentar como resultados da biodegradação CO2, água e biomassa;
c) seus resíduos finais resultantes da biodegradação não devem apresentar qualquer resquício de toxicidade e tampouco serem danosos ao meio ambiente;
d) quando compostado, não deve impactar negativamente a qualidade do composto, bem como do meio ambiente.
Art. 238B – Os órgãos e entidades do Poder Público situados no âmbito do Município de Piracicaba deverão igualmente em suas atividades que imponham o uso de embalagens plásticas, utilizar produtos biodegradáveis e/ou oxi-biodegradáveis.
Art. 238C – As embalagens plásticas restringem-se àquelas fornecidas pelos estabelecimentos comerciais, excetuando-se as embalagens originais das mercadorias que deverão receber disciplinamento próprio em função da competência para tanto.
Art. 238D – Na infração de qualquer dispositivo deste Capítulo serão impostas multas de R$ 5,00 (cinco reais) por metro quadrado de construção do prédio onde está instalado o estabelecimento, atualizado pelo Índice Geral de Preços de Mercado da Fundação Getúlio Vargas (IGPM/FGV), tendo seu valor acrescido de 100% a cada reincidência.
Art. 238E – A multa de que trata o inciso II do artigo anterior será destinada ao Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente.
Art. 238F O Poder Executivo, através da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente, acompanhará e fiscalizará o cumprimento do disposto neste Capítulo.
Art. 238G O Poder Executivo e a iniciativa privada, se encarregarão de realizar campanhas educativas e de conscientização dos cidadãos e instituições a respeito dos benefícios para a preservação do meio ambiente.”
Art. 3º O Poder Executivo regulamentará o disposto no presente Capítulo, principalmente quanto ao prazo de adaptação, que será de 18 (dezoito) meses contados a partir da data da regulamentação.
Art. 4º Fica revogada a Lei Complementar nº 209, de 17 de setembro de 2007.
Art. 5º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Sala das Reuniões, 27 de novembro de 2008.
Carlos Gomes da Silva
Justificativa
Os plásticos são utilizados desde da década de 1930 e menos de 5% de todo este plástico foi queimado, o resto está no ambiente até hoje e deve permanecer por pelo menos mais alguns séculos.
De acordo com a ONG FUNVERDE, “existem comprovações dos efeitos letais deste material quando disposto no meio ambiente sem retorno ao processo de reaproveitamento, ameaçando tanto a existência humana do planeta”.
Aproximadamente 56% do lixo plástico é composto por embalagens usadas. Três quartos disto é proveniente do uso doméstico e oitenta por cento do 1 bilhão de sacolas de compras produzidas e distribuídas por mês, no Brasil, viram sacos para lixo doméstico. Esse material vai para os aterros sanitários ou lixões, danificando a natureza por séculos. O pior é que parte desse material vai para os fundos de vales ou para as ruas das cidades, onde entope galerias e agrava a situação em caso de chuvas fortes.
A utilização das embalagens oxi-biodegradáves, que se deteriora em 18 meses, beneficia o meio ambiente reduzindo a poluição ambiental. A degradação acontece mesmo que o plástico seja descartado indevidamente e abandonado ao ar livre.
Entendemos que o custo das sacolas retornáveis, sacolas biodegradáveis e/ou oxi-biodegradáves não deve ser empecilho, se levarmos em conta o enorme benefício ao meio ambiente.
Seria conveniente que na regulamentação da presente Lei, o Executivo estabeleça que as sacolas retornáveis sejam disponibilizadas para a venda aos consumidores, em até 3 (três) meses após a sua regulamentação.
Também, sugerimos que a campanha educativa e de conscientização da população seja realizada durante o primeiro mês após a regulamentação da presente lei, e à título de divulgação, que nos primeiros 15 (quinze) dias as sacolas retornáveis sejam disponibilizadas sem custos ao consumidor.
Achei o artigo interessante do ponto de vista de controle do uso do plástico mas acho que ainda fica faltando uma conscientização da reciclagem do plástico que o devolve o carbono a cadeia de produção e retira do meio ambiente a sacola plástica, a garrafa pet, e etc.
Outro fator a ser observado é a implementação do plástico oxi-biodegradável que não encontra validade na sua biodegradação, e ao invés disso, o que ocorre a deterioração e fragmentação da sacola em partículas que não vemos a olho nu, mas as mesma continuam no ambiente.
Partindo deste ponto, o que seria melhor: a visualização do problema ou uma maquiada no mesmo?
Acho que o ideal é diminuirmos o consumo de plástico através de sacolas retornaveis, sejam elas mochilas, carrinhos de feiras, bolsas de marca e até mesmo sacolas plásticas reutilizadas diversas vezes. Incluindo nisso uma conscientização a partir do investimento em educação, informando a todos sobre a reciclagem e coleta seletiva, invés do descarte aleatório.
Uma outra medida prática é não fazer compra de sacos plásticos para lixo. Mas a cabo disso surge outra questão: como descartar nosso lixo para as companhias coletoras? A COMLURB-RJ não aceita que o lixo seja descartado em “ecobagas de pano” por exemplo, e nem em sacos de papel. Já a sacola plástica tem a sua função de selar os liquidos provenientes do lixo.
Em função disso tudo acho que ocorre uma grande demonização do plástico, sem levar em consideração do seu uso e da sua praticidade para a sociedade.
Nada como um pensamento crítico e consciente para resolver pequenas questões que afetam toda a sociedade e rever “verdades” que são formadas por grupos de interesse.
PS: Não sou defensor do plástico só estou contribuindo com informações .colhidas.
***
Duda,
Respostas para suas perguntas.
Achei o artigo interessante do ponto de vista de controle do uso do plástico mas acho que ainda fica faltando uma conscientização da reciclagem do plástico que o devolve o carbono a cadeia de produção e retira do meio ambiente a sacola plástica, a garrafa pet, e etc.
RESPOSTA: Não fica faltando não, pois temos o projeto resíduo zero que ensina condomínios a fazerem a separação do lixo, das lâmpadas, pilhas e baterias e óleo usado, damos consultoria para prefeituras que querem aumentar a vida útil dos aterros em 95% com a compostagem e reciclagem, então o ciclo fica completo. Se você ler nossa página com mais atenção, verá que estamos apoiando e fazendo lobbie para acabar com as garrafas one way, para se utilizar somente garrafas de vidro reutilizáveis e o próximo passo é a lei para banir também a PET nos refrigerantes, voltando o uso de vidro reutilizável. Se você ler nossa página mais profundamente – afinal a página existe desde 2005 e tem mais de 1.000 artigos – , perceberá que o objetivo final da FV é banir as sacolas de plástico de uso único e quando algum prefeito ou governador, vereador ou deputado nos solicita, temos projeto lei de utilização de oxi-biodegradável que prevê o banimento gradual destas sacolas de uso único até restar somente a sacola retornável, a única alternativa viável para carregar compras.
Outro fator a ser observado é a implementação do plástico oxi-biodegradável que não encontra validade na sua biodegradação, e ao invés disso, o que ocorre a deterioração e fragmentação da sacola em partículas que não vemos a olho nu, mas as mesma continuam no ambiente.
RESPOSTA: Qualquer fruta, legume ou verdura, a unha do dedão do pé e o cabelo que você corta, o jornal, uma folha de grama ou a flor de um ipê, todo organismo vivo primeiro se degrada para então posteriormente se biodegradar, a exemplo do plástico oxi-biodegradável, que em muitos casos se biodegrada muito antes dos exemplos citados acima, sendo que o plástico oxi-biodegradável volta para o planeta em forma de biomassa – adubo – água e uma pequena quantidade de CO2, isto tudo em aproximadamente 18 meses, ao contrário do plástico convencional que demora até cinco séculos poluindo e plastificando a mãe terra. A FV é uma fundação de meio ambiente com compromisso para com a humanidade e o planeta e nossos projetos sempre prevêem diminuir o consumo, diminuir a retirada de recursos naturais do planeta, reciclar, recuperar e pesquisa sempre novas tecnologias para que este objetivo seja alcançado, portanto, você acha mesmo que depois de um ano de pesquisa, iniciada em 2004, que foi à procura de uma tecnologia para desplastificar o planeta teríamos, em 2005, lançado o projeto sacolas ecológicas sem ter todos os laudos para se certificar de que a tecnologia era eficaz e segura ambientalmente? Temos dezenas de laudos nacionais e internacionais comprovando a eficácia e a segurança ambiental do plástico com ciclo de vida útil controlado D2W. Não podemos viver na idade média, temos que pesquisar e usar tecnologias que mudem nossa vida, que garantam a continuidade dos humanos no planeta, claro que sempre embasados em laudos e pesquisas.
Partindo deste ponto, o que seria melhor: a visualização do problema ou uma maquiada no mesmo?
RESPOSTA: Não estamos maquiando o problema, mas sim, resolvendo o problema da plastificação mundial e estamos lutando por isso desde 2004, com ótimos resultados, com leis e mudança de comportamento da população na sua relação insana com as malditas sacolas plásticas de uso único. Ninguém antes da FV abordou este gravíssimo problema das sacolas plásticas, e dizemos mais, ninguém detém tantos dados técnicos da plastificação do país como nós, após anos de levantamento de dados. Mas não fizemos só isso, além de acordar o Brasil para o problema, encontramos a solução, portanto, não entendemos como você pode nos acusar de maquiar um problema, muito estranha esta sua afirmação.
Acho que o ideal é diminuirmos o consumo de plástico através de sacolas retornaveis, sejam elas mochilas, carrinhos de feiras, bolsas de marca e até mesmo sacolas plásticas reutilizadas diversas vezes. Incluindo nisso uma conscientização a partir do investimento em educação, informando a todos sobre a reciclagem e coleta seletiva, invés do descarte aleatório.
RESPOSTA: Estas suas indagações já estão respondidas nos parágrafos anteriores e estamos agindo em todas estas áreas, da educação ambiental à proposição de leis tanto no Brasil como no exterior.
Uma outra medida prática é não fazer compra de sacos plásticos para lixo. Mas a cabo disso surge outra questão: como descartar nosso lixo para as companhias coletoras? A COMLURB-RJ não aceita que o lixo seja descartado em “ecobagas de pano” por exemplo, e nem em sacos de papel. Já a sacola plástica tem a sua função de selar os liquidos provenientes do lixo.
RESPOSTA: A solução final é banir sim a sacola plástica de uso único com multas para quem distribuir e usar, acondicionar o lixo orgânico somente em saco de lixo oxi-biodegradável feito de plástico reciclado – para criar demanda para o plástico reciclado e gerar renda para o reciclador -, usar container reutilizável – caixa de papelão, saco de juta, tambor de plástico ou do que quiser, desde que seja não descartável – para o lixo reciclável que deve estar limpo e seco e assim diminuir em 75% o uso do saco de lixo e as cidades realizarem compostagem com o lixo orgânico – o saco de lixo oxi-biodegradável pode ser compostado junto – aumentando assim vida útil dos lixões e aterros em 95% e proporcionando dignidade ao coletor de recicláveis e compostáveis, que prestam um serviço inestimável a toda a sociedade.
Em função disso tudo acho que ocorre uma grande demonização do plástico, sem levar em consideração do seu uso e da sua praticidade para a sociedade.
RESPOSTA: ninguém está demonizando o plástico de uso permanente, mas sim o plástico de uso único que corresponde a 80% de todo o plástico fabricado, que é utilizado somente uma vez e depois deixado de herança para os seres do amanhã. Veja bem, 20% de todo o lixo coletado diariamente corresponde a plástico e 50% desse plástico corresponde a sacolas plásticas de uso único que não tem valor comercial, portanto este plástico não é reciclado jamais, num país em que a taxa geral de reciclagem não chega a 1% e que mais de 85% de todas as cidades só contam com lixões a céu aberto. São descartadas do país anualmente mais de 20 bilhões de sacolas plásticas de uso único e que ficarão aí, poluindo, entupindo bueiros, matando animais por 500 anos e você diz que demonizamos o plástico? Não precisamos, esta é uma invenção por si só demoníaca e deve ser banida, legada ao esquecimento e as pessoas tem que entender que se não dermos um passo atrás ao esquecer esta invenção e retornarmos ao velho hábito da sacola retornável, nossos descendentes estarão pisando não em solo fértil, mas em montanhas de plástico antes num futuro não muito distante.
Nada como um pensamento crítico e consciente para resolver pequenas questões que afetam toda a sociedade e rever “verdades” que são formadas por grupos de interesse.
PS: Não sou defensor do plástico só estou contribuindo com informações colhidas.
RESPOSTA: Os membros da FV não tem o perfil de ambientalista de escritório, isto é, aqueles que reclamam na mídia, querem seus 15 minutos de fama, mas não resolvem os problemas e só ficam gritando que o mundo está acabando mas sem apresentar nenhuma proposta para salvar o mundo. Nós da FV detectamos o problema, pesquisamos as soluções e finalmente as aplicamos, em uma união do primeiro, segundo setor e terceiro setor. Se ainda tiver dúvidas sobre a lei de sacolas plásticas e a nossa batalha contra a plastificação planetária ou ainda, perguntas sobre qualquer um de nossos projetos, por favor, entre em contato novamente que teremos o maior prazer em responder a todas as suas perguntas e assim quem sabe, ajudar a esclarecer dúvidas de outros leitores. Você também está convidado a participar do Fórum sobre o ciclo de vida de embalagens plásticas com foco no descarte final que ocorrerá no dia 19 de março de 2009, sexta-feira, na câmara municipal de Piracicaba, SP.
Duda,
Respostas para suas perguntas.
Achei o artigo interessante do ponto de vista de controle do uso do plástico mas acho que ainda fica faltando uma conscientização da reciclagem do plástico que o devolve o carbono a cadeia de produção e retira do meio ambiente a sacola plástica, a garrafa pet, e etc.
RESPOSTA: Não fica faltando não, pois temos o projeto resíduo zero que ensina condomínios a fazerem a separação do lixo, das lâmpadas, pilhas e baterias e óleo usado, damos consultoria para prefeituras que querem aumentar a vida útil dos aterros em 95% com a compostagem e reciclagem, então o ciclo fica completo. Se você ler nossa página com mais atenção, verá que estamos apoiando e fazendo lobbie para acabar com as garrafas one way, para se utilizar somente garrafas de vidro reutilizáveis e o próximo passo é a lei para banir também a PET nos refrigerantes, voltando o uso de vidro reutilizável. Se você ler nossa página mais profundamente – afinal a página existe desde 2005 e tem mais de 1.000 artigos – , perceberá que o objetivo final da FV é banir as sacolas de plástico de uso único e quando algum prefeito ou governador, vereador ou deputado nos solicita, temos projeto lei de utilização de oxi-biodegradável que prevê o banimento gradual destas sacolas de uso único até restar somente a sacola retornável, a única alternativa viável para carregar compras.
Outro fator a ser observado é a implementação do plástico oxi-biodegradável que não encontra validade na sua biodegradação, e ao invés disso, o que ocorre a deterioração e fragmentação da sacola em partículas que não vemos a olho nu, mas as mesma continuam no ambiente.
RESPOSTA: Qualquer fruta, legume ou verdura, a unha do dedão do pé e o cabelo que você corta, o jornal, uma folha de grama ou a flor de um ipê, todo organismo vivo primeiro se degrada para então posteriormente se biodegradar, a exemplo do plástico oxi-biodegradável, que em muitos casos se biodegrada muito antes dos exemplos citados acima, sendo que o plástico oxi-biodegradável volta para o planeta em forma de biomassa – adubo – água e uma pequena quantidade de CO2, isto tudo em aproximadamente 18 meses, ao contrário do plástico convencional que demora até cinco séculos poluindo e plastificando a mãe terra. A FV é uma fundação de meio ambiente com compromisso para com a humanidade e o planeta e nossos projetos sempre prevêem diminuir o consumo, diminuir a retirada de recursos naturais do planeta, reciclar, recuperar e pesquisa sempre novas tecnologias para que este objetivo seja alcançado, portanto, você acha mesmo que depois de um ano de pesquisa, iniciada em 2004, que foi à procura de uma tecnologia para desplastificar o planeta teríamos, em 2005, lançado o projeto sacolas ecológicas sem ter todos os laudos para se certificar de que a tecnologia era eficaz e segura ambientalmente? Temos dezenas de laudos nacionais e internacionais comprovando a eficácia e a segurança ambiental do plástico com ciclo de vida útil controlado D2W. Não podemos viver na idade média, temos que pesquisar e usar tecnologias que mudem nossa vida, que garantam a continuidade dos humanos no planeta, claro que sempre embasados em laudos e pesquisas.
Partindo deste ponto, o que seria melhor: a visualização do problema ou uma maquiada no mesmo?
RESPOSTA: Não estamos maquiando o problema, mas sim, resolvendo o problema da plastificação mundial e estamos lutando por isso desde 2004, com ótimos resultados, com leis e mudança de comportamento da população na sua relação insana com as malditas sacolas plásticas de uso único. Ninguém antes da FV abordou este gravíssimo problema das sacolas plásticas, e dizemos mais, ninguém detém tantos dados técnicos da plastificação do país como nós, após anos de levantamento de dados. Mas não fizemos só isso, além de acordar o Brasil para o problema, encontramos a solução, portanto, não entendemos como você pode nos acusar de maquiar um problema, muito estranha esta sua afirmação.
Acho que o ideal é diminuirmos o consumo de plástico através de sacolas retornaveis, sejam elas mochilas, carrinhos de feiras, bolsas de marca e até mesmo sacolas plásticas reutilizadas diversas vezes. Incluindo nisso uma conscientização a partir do investimento em educação, informando a todos sobre a reciclagem e coleta seletiva, invés do descarte aleatório.
RESPOSTA: Estas suas indagações já estão respondidas nos parágrafos anteriores e estamos agindo em todas estas áreas, da educação ambiental à proposição de leis tanto no Brasil como no exterior.
Uma outra medida prática é não fazer compra de sacos plásticos para lixo. Mas a cabo disso surge outra questão: como descartar nosso lixo para as companhias coletoras? A COMLURB-RJ não aceita que o lixo seja descartado em “ecobagas de pano” por exemplo, e nem em sacos de papel. Já a sacola plástica tem a sua função de selar os liquidos provenientes do lixo.
RESPOSTA: A solução final é banir sim a sacola plástica de uso único com multas para quem distribuir e usar, acondicionar o lixo orgânico somente em saco de lixo oxi-biodegradável feito de plástico reciclado – para criar demanda para o plástico reciclado e gerar renda para o reciclador -, usar container reutilizável – caixa de papelão, saco de juta, tambor de plástico ou do que quiser, desde que seja não descartável – para o lixo reciclável que deve estar limpo e seco e assim diminuir em 75% o uso do saco de lixo e as cidades realizarem compostagem com o lixo orgânico – o saco de lixo oxi-biodegradável pode ser compostado junto – aumentando assim vida útil dos lixões e aterros em 95% e proporcionando dignidade ao coletor de recicláveis e compostáveis, que prestam um serviço inestimável a toda a sociedade.
Em função disso tudo acho que ocorre uma grande demonização do plástico, sem levar em consideração do seu uso e da sua praticidade para a sociedade.
RESPOSTA: ninguém está demonizando o plástico de uso permanente, mas sim o plástico de uso único que corresponde a 80% de todo o plástico fabricado, que é utilizado somente uma vez e depois deixado de herança para os seres do amanhã. Veja bem, 20% de todo o lixo coletado diariamente corresponde a plástico e 50% desse plástico corresponde a sacolas plásticas de uso único que não tem valor comercial, portanto este plástico não é reciclado jamais, num país em que a taxa geral de reciclagem não chega a 1% e que mais de 85% de todas as cidades só contam com lixões a céu aberto. São descartadas do país anualmente mais de 20 bilhões de sacolas plásticas de uso único e que ficarão aí, poluindo, entupindo bueiros, matando animais por 500 anos e você diz que demonizamos o plástico? Não precisamos, esta é uma invenção por si só demoníaca e deve ser banida, legada ao esquecimento e as pessoas tem que entender que se não dermos um passo atrás ao esquecer esta invenção e retornarmos ao velho hábito da sacola retornável, nossos descendentes estarão pisando não em solo fértil, mas em montanhas de plástico antes num futuro não muito distante.
Nada como um pensamento crítico e consciente para resolver pequenas questões que afetam toda a sociedade e rever “verdades” que são formadas por grupos de interesse.
PS: Não sou defensor do plástico só estou contribuindo com informações colhidas.
RESPOSTA: Os membros da FV não tem o perfil de ambientalista de escritório, isto é, aqueles que reclamam na mídia, querem seus 15 minutos de fama, mas não resolvem os problemas e só ficam gritando que o mundo está acabando mas sem apresentar nenhuma proposta para salvar o mundo. Nós da FV detectamos o problema, pesquisamos as soluções e finalmente as aplicamos, em uma união do primeiro, segundo setor e terceiro setor. Se ainda tiver dúvidas sobre a lei de sacolas plásticas e a nossa batalha contra a plastificação planetária ou ainda, perguntas sobre qualquer um de nossos projetos, por favor, entre em contato novamente que teremos o maior prazer em responder a todas as suas perguntas e assim quem sabe, ajudar a esclarecer dúvidas de outros leitores. Você também está convidado a participar do Fórum sobre o ciclo de vida de embalagens plásticas com foco no descarte final que ocorrerá no dia 19 de março de 2009, sexta-feira, na câmara municipal de Piracicaba, SP.