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Indústria do plástico luta para limpar imagem apostando mais em marketing do que em tecnologias sustentáveis

Vilão do ambiente, setor aposta mais em marketing do que em tecnologias sustentáveis

Guardadas as proporções, a indústria do plástico vive hoje dilema semelhante ao da indústria do tabaco. De sacolas de supermercado a embalagens, o excesso de plástico passou a fazer parte da vida das pessoas e a acumular em lugares indesejados – entupindo bueiros e causando poluição em rios e mares. De útil, passou a vilão ambiental.

Agora, a indústria do plástico prepara uma ofensiva publicitária e vai mirar a chamada “geração Y”, os jovens de 14 a 28 anos, usuários assíduos da internet e presença massiva em redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut.

Nos Estados Unidos, a Society of Plastics Industry (SPI), entidade que representa essa indústria, acaba de lançar uma campanha publicitária de US$ 15 milhões para dizer aos jovens que o plástico em si não é um problema, e sim seu descarte incorreto no ambiente.

Bandidagem! Ao invés de resolverem o problema da poluição, usam milhões para fazer lavagem cerebral nos jovens que serão consumidores dos plásticos por muitas décadas. Pura ilusão de ótica para enganar a humanidade e continuar poluindo o planeta. Enquanto enganam o consumidor, continuam plastificando o mundo, deixando a poluição para os humanos que pisarão no planeta daqui a 5 séculos limparem.

“Queremos mostrar que a indústria do plástico não se resume a seu impacto no ambiente. O plástico está presente na medicina, nos computadores. Nem sempre a durabilidade do plástico é ruim”, diz William Carteaux, presidente da SPI, que veio ao Brasil divulgar a campanha. A ação terá foco no mercado americano, mas o temor com a reputação preocupa a indústria do plástico no Brasil, que prevê investir R$ 19,3 milhões até 2011 em campanhas para melhorar sua reputação.

Acontece que 80% do plástico é de uso único, usado somente uma vez no período de 6 meses e que ficará poluindo o planeta por 5 séculos. Os 20% restantes não nos preocupa, mas para confundir o consumidor eles ficam falando besteiras, mentiras, inverdades … com sempre fizeram.

Os investimentos, no entanto, não contemplam pesquisas em tecnologias para minimizar os principais problemas relacionados ao material: sua longa permanência na natureza, estimada em 400 anos após o descarte, e o déficit de reciclagem. No caso brasileiro, parte do dinheiro está sendo usada em um programa para melhorar a qualidade das sacolas plásticas distribuídas pelos supermercados e assim, estimular a redução do consumo – todos os anos, os brasileiros utilizam 12 bilhões de sacolinhas.

Na verdade, todos os anos a indústria despeja no país com mais de 30 bilhões de sacolinhas plásticas de uso único.

Pois é, a máfia do plástico está praticando o greenwashing com a pataquada da diminuição do consumo com suas sacolas mais resistentes. Eles dizem que o consumo irá reduzir em 30%, no entanto as sacolas mais resistentes usam 30% mais de plástico. Isso é mentir para continuar plastificando o planeta.

“Eu não diria que temos uma crise de imagem, mas temos, sim, um problema”, reconhece Carteaux. O foco nos jovens não é à toa. As imagens de sacolas plásticas causando enchentes nas cidades ou sendo engolidas por animais correm o mundo via internet, e a indústria quer usar as mesmas plataformas de informação que têm colocado o plástico na mira. “Ambientalistas e ONGs estão usando as redes sociais para promover uma agenda muito específica, contrária ao plástico, mas sem muito embasamento científico”, diz.

Sem embasamento científico? Só os pesquisadores da máfia é que tem crédito? Então tá. Ambientalistas tem que alertar o público porque o governo não o faz, porque a indústria só polui e a máfia está ficando nervosinha porque está perdendo seus doletas.

Bisfenol

Outro desafio que a indústria enfrenta é a crescente resistência a certos tipos de plástico que contêm a substância bisfenol-A (BPA). Usado desde a década de 1960 na produção de mamadeiras, utensílios domésticos e embalagens, a substância contém componentes suspeitos de interferir no funcionamento do sistema endócrino, pois simula a ação do hormônio feminino estrogênio.

No início do ano, a Food and Drug Administration (FDA), agência que controla alimentos e remédios nos EUA, manifestou preocupação em relação aos prejuízos à saúde causados pela substância. Alguns países, como Canadá e Dinamarca, proibiram o químico, bem como vários Estados americanos. No Brasil, a substância é permitida, mas há dois projetos de lei que propõem o banimento do BPA.

Para a psicóloga Vera Rita de Mello Ferreira, especializada em psicologia econômica e consultora de empresas, o investimento em marketing puro e simples não é o melhor caminho para tornar mais positiva a imagem do setor. “Não dá para mudar a imagem sem mudar o comportamento. Para o consumidor, o plástico é um inimigo. Para a indústria, o consumidor é um chato. É preciso quebrar esse padrão de confronto.”

Consumo crescente. O consumo per capita de plástico no Brasil é de 28 quilos por habitante ao ano – número que cresce anualmente 6%. O consumo brasileiro ainda está distante do padrão americano, que consome 100 quilos de plástico por habitante/ano. “A verdade é que a indústria do plástico terá de se reinventar, buscar novas formas de reciclar e novas matérias-primas, como os plásticos de origem vegetal”, afirma Luiz de Mendonça, presidente da Quattor Petroquímica. Segundo ele, em dez anos, certos produtos de plástico deixarão de ser consumidos, como a sacolinha de supermercado. “Será preciso inovação.”

Imagem em risco

Poluição

O descarte incorreto é um dos principais problemas das cidades. Sacolas plásticas entopem bueiros e caem nos rios. O plástico representa 70% do lixo que chega aos oceanos.

Ciclo de vida

O aumento do consumo de descartáveis tornou o plástico um artigo de uso rápido, mas de longa permanência na natureza. Um copo descartável é usado em menos de um minuto, mas, após descartado, permanece cerca de 400 anos no ambiente.

Exceto se for aditivado, o que faz o plástico se biodegradar em 18 meses.

Impactos

400 anos – é o tempo estimado para a degradação do plástico na natureza

33 milhões – de sacolas são distribuídas todos os dias no Brasil – mais 30 bilhões de sacolas são jogadas no ambiente no Brasil todos os anos

68% – do refrigerante produzido no País é embalado em garrafas PET

20 vezes – mais plástico é usado hoje pela população mundial do que há 50 anos

Fonte –  Andréa Vialli para o Estadão de 09 de junho de 2010

Pois é, máfia do plástico, está na hora de tirar a grana do bolso para pagar a limpeza do lixo plástico que que vocês criam, Vocês já perceberam em 2010 que greenwashing não funciona, porque nós, ecoxiitas e ecochaatos fizemos a nossa parte de mostrar a verdadeira face da máfia do plástico para a população e mesmo seus milhões não conseguiram mais esconder a poluição que vocês causam. Então, se o greenwashing não funciona e não funcionará mais porque nós ambientalistas não deixaremos funcionar, está na hora de arregaçar as mangas e pegar no pesado. Não, brincadeirinha, vocês não tem competência para pegar no pesado, pode ser só colocar a mão no bolso para pagar a limpeza do lixo criado por vocês desde o século passado mesmo.

Limpou, sujou, uma regra que toda criança aprende com seus pais mas parece que vocês ainda não aprenderam esta lição até agora, mas já passou da hora.

Vamos limpar o planeta, com financiamento dos mafiosos, os sujismundos do planeta.

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