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Costa Rica também proíbe o uso do bisfenol-A em produtos infantis

Substância encontrada no plástico pode causar diabetes e crescimento de células cancerígenas em crianças e recém-nascidos; país é o quinto no mundo a vetar o químico.

SAN JOSÉ – Para garantir e proteger a saúde da população, autoridades sanitárias da Costa Rica assinaram ontem o decreto que proíbe o uso do bisfenol-A (BPA) em mamadeiras e outros materiais que estão em contato com alimentos de crianças, como as mamadeiras, copos e embalagens de comida. O bisfenol-A é um composto químico usado na fabricação do plástico, que migra para os alimentos principalmente quando o plástico é aquecido. Está associado a problemas de saúde na gravidez e na infância, contribui para produzir alguns tipos de câncer, alterar o sistema endocrinológico, puberdade precoce, obesidade diabetes, hiperatividade, diabetes, enfermidades cardiovasculares, anomalias hepáticas, infertilidade, abortos espontâneos, defeitos congênitos e problemas de desenvolvimento.

A regulamentação teve origem na proposta da Comissão Nacional de Aleitamento Materno da Costa Rica que solicitou às autoridades de saúde a proibição desse produto por ser uma substância tóxica encontrada no plástico policarbonato. Com o decreto, os fabricantes nacionais, importadores e distribuidores terão um prazo de três meses para retirar os produtos com BPA do mercado. Itens encontrados após esse prazo serão confiscados e destruídos.

No mundo – No mês passado, os governos da França e da Dinamarca já haviam proibido o uso de bisfenol-A em produtos que estão em contato com alimentos de crianças de zero a três anos. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), também em março, informou que está considerando incluir o bisfenol-A na lista de substâncias prejudiciais ao meio ambiente. Em maio desse ano, a cidade de Chicago proibiu a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Minnesota e Connecticut também proibiram a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. No Canadá, desde 1998, o governo declarou o bisfenol-A uma substância tóxica. No Japão, sem que fosse preciso alguma atitude do governo, fabricantes de produtos infantis decidiram retirar o BPA da formulação de mamadeiras e embalagens de alimentos. No Brasil, a Anvisa ainda considera seguro o consumo de BPA.

Fonte – Nicaragúa Hoy / Costa Rica Hoy / O Tao do Consumo

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