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O que é Bisfenol-A e porque baní-lo das embalagens

Já faz algum tempo que a contaminação por Bisfenol-A nas embalagens nos preocupa, porque está ligado a inúmeras doenças graves. Há a desconfiança da ligação do Bisfenol-A com o surto de autismo nos EUA na última década.

Há algumas semanas recebemos no boletim do Capitão Gomes, vereador de Piracicaba – SP a notícia de está tramitando no senado uma lei – PL 159/2010 – que proibe a comercialização de mamadeiras e chupetas contendo Bisfenol-A, de autoria do senador Gim Argello.

O Capitão Gomes é autor da lei que proibe sacolas de plástico convencional em Piracicaba além várias outras leis e propostas de lei que melhoram a vida dos humanos e do planeta.

A lei do senador Gim Argello é apenas um começo, porque abrange somente mamadeiras e chupetas, mas é um bom começo para a população ficar conhecendo os males do Bisfenol-A e a partir daí criar uma lei mais abrangente, que proiba a utilização do Bisfenol-A em qualquer embalagem.

Lembre-se, nem todas as invenções são benéficas, e essas que oferecem perigo tem que ser banidas, como o caso da sacolas plástica de uso único convencional e o plástico com Bisfenol-A, só para exemplificar.

Saiba um pouco mais sobre os perigos que você corre ao utilizar embalagens fabricados com Bisfenol-A.

O bisfenol-A é a substância usada na produção de plásticos e resinas. Produz materiais denominados de policarbonatos, que são moldáveis quando aquecidos e, por isso, muito úteis para a indústria. Tais materiais apresentam também estabilidade e resistência a impactos e ao fogo. No entanto, estudos demonstram que o bisfenol-A tem potencial cancerígeno, além de provocar efeitos adversos no desenvolvimento físico, neurológico e comportamental de crianças, devido ao fato de o componente químico exercer atividade similar à de hormônio.

Em experimentos com animais, revelou-se que doses altas de bisfenol-A podem causar alterações na próstata e no trato reprodutivo masculino. Foram detectados também, problemas no desenvolvimento cerebral de roedores expostos a concentrações elevadas da substância. O relatório preliminar do National Toxicology Program (NTP) tem por base uma experiência com 500 ratos que foram alimentados ou infectados com doses baixas de bisfenol A. A química provocou alterações de comportamento, puberdade precoce, problemas no aparelho urinário e tumores (cancer da próstata e da mama). Um dos estudos recentes baseou-se na recolha de amostras de mamadeiras e chegou a conclusões idênticas às do NTP.

O trabalho “Mamadeiras Tóxicas”, publicado em 2007 pelo Environment California Research and Policy Center, chegou a conclusões semelhantes aos de outros estudos, ou seja, revelou que mesmo em pequenas quantidades, o bisfenol-A pode provocar doenças como o cancer da mama, a obesidade, o aumento da próstata, os diabetes, a hiperatividade, as alterações do sistema imunológico, a infertilidade e a puberdade precoce. O que há de novo no trabalho do programa nacional de toxicolgia norte-americano é que este envolve cientistas das principais autoridades públicas norte-americanas em matéria do medicamento e da alimentação: a Food and Drug Administration (FDA), o Center for Diseases Control and Prevention e institutos de saúde públicos. Por estes motivos expostos, é necessário criar mecanismos de proteção ao consumidor, especialmente às crianças que são as maiores vítimas deste produto químico

Segundo estudos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo (SBEM-SP), o Bisfenol age como um hormônio sintético e sua ingestão pode provocar câncer, diabete, obesidade, infertilidade e outras doenças. São os bebês os mais vulneráveis aos efeitos do produto. Para conscientizar as mães e a população sobre as ameaças desse tipo de plástico, a SBEM também planeja uma campanha para o assunto.

O bisfenol já é proibido em três países: Canadá, Costa Rica e Dinamarca. Nos Estados Unidos, pelo menos quatro estados também já proibiram a fabricação de mamadeiras com o policarbonato. Considerando a divulgação da imprensa dos potenciais malefícios da exposição de crianças ao bisfenol-A, muitos fabricantes de utensílios infantis no Brasil têm substituído a substância química por outra matéria-prima para a produção de mamadeiras e chupetas.

Através do boletim do Capitão Gomes, conhecemos o site O Tao do Consumo, que tem muitos artigos sobre o Bisfenol-A, que passaremos a reproduzir no site da FUNVERDE, com os devidos créditos, naturalmente.

Conhecimento é poder, leia, aprenda e evite embalagens com Bisfenol-A.

Saiba mais sobre o Bisfenol-A na Wikipédia.

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