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Agrônomo mostra o perigo se aprovado o novo Código Florestal

Valfrido Adriano Morbeck Barros de Souza, engenheiro agrônimo preocupa-se e chama os de Iporá e região à reflexão. “Se aprovado o novo Código Florestal haverá retrocesso para o meio ambiente.”

Valfrido desenvolve um comentário citando Marcos Teixeira que fez aparecer na revista Clube de Notícias suas ideias.

Vamos ao texto de Valfrido e as citações vistas em artigo:

Conforme publicou o interessante artigo O NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO, na Revista Clube de Notícias, de autoria do Engenheiro Agrônomo Marcos Teixeira, “caso seja aprovado, o projeto de lei que altera o Código pode trazer conseqüências extremamente graves para todos os biomas brasileiros”. Conforme ele afirma, “conseguiram piorar o nosso velho código para atender interesses particulares de quem não o respeitou, deixando os proprietários rurais que sempre cumpriram a lei com cara de idiotas”.

Nele o autor comenta que as alterações a serem aprovadas pela Câmara dos Deputados, poderá trazer sérios problemas para os biomas brasileiros, dando lugar a novas áreas de produção agrícola, como cerrados e áreas de várzeas. Diz ele, que “entre os pontos mais absurdos, a utilização de áreas de várzeas, encostas e topos de morros para plantio e redução das áreas de preservação permanente, além da redução drástica das áreas de reserva legal”.

Ele destaca ainda, que “o código não contou com a comunidade científica para ser elaborado”. Ficaram de fora os grandes pesquisadores e cientistas entendidos do assunto. “Os nossos senadores e deputados que deveriam zelar pelos interesses maiores da nossa nação não podem, em hipótese alguma, incorrer no erro de desprezar tanto conhecimento apenas por questões eleitoreiras”.

Tentando ludibriar a inteligência do povo brasileiro, o relator do Código, Aldo Arantes, cita como exemplo a “China, onde, há milênios, se planta arroz em várzeas e encostas”, porém esquece que o “manancial mais importante, o Rio Amarelo, conhecido como rio mãe e o mais explorado está se acabando”. E o mais agravante é que “após fluir ininterruptamente por milhares de anos, esse rio, considerado o berço da civilização chinesa, tem deixado de chegar ao mar ano após ano”. Tanto é que “em 1997 o Rio Amarelo deixou de alcançar o mar durante 226 dias”.

O artigo diz que “o norte da China está secando à medida que a demanda hídrica ultrapassa a oferta. Lençóis estão em franco rebaixamento. Poços estão secando. Cursos d’água estão se exaurindo e rios e lagos desaparecendo”.

“Este é o exemplo de ‘exploração racional’ de que os pregadores de mudanças estão se valendo para justificar uma barbaridade destas que está sendo proposta para o nosso país. Qualquer semelhança com o nosso Rio São Francisco ou com o Araguaia não é mera coincidência”.

“É mais sensato pensar em preservar. Desta forma poderemos ter os nossos biomas preservados, solos menos degradados e água de boa qualidade para produzir e vender alimentos para o povo do oriente. Eles não estão conseguindo alimentar a sua população e estão ricos”.

Finalizando, o artigo divulgado pelo Engenheiro Agrônomo Marcos Teixeira, diz que “não podemos nos deixar conduzir por pessoas que estão pensando somente em si próprias e no presente momento. A viseira deve ser usada apenas sobre os olhos para tapar o sol e não nas laterais como teimam alguns. Isto encurta o horizonte”.

Tudo isso, podemos notar no dia a dia, tal como aconteceu na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, onde o uso indiscriminado de áreas de preservação permanentes (encostas, topo de morros, matas ciliares ou de galerias), causou uma tragédia com a morte de cerca de 1.000 pessoas, sem contar com a centena de pessoas desaparecidas.

É isso que almejamos? Desastres e tragédias para nossos descendentes, nossos filhos, nossos netos? Não sejamos omissos, vamos agir! Sejamos contra essa mudança no Código Florestal Brasileiro, que propõe: o uso de áreas de preservação permanente; redução das áreas de reserva legal; destruição dos nossos biomas.

Eu, como profissional ligado a área, não poderia deixar de citar esse artigo e nem de mostrar a minha indignação com o que está sendo proposto para as mudanças, e pra pior, não tenho dúvida, do nosso Código Florestal.

Valfrido Adriano Morbeck Barros de Souza, Engenheiro Agrônomo para o Jornal Oeste Goiano

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