Entrevista concedida pela FUNVERDE para a revista HM! sobre as malditas sacolas plásticas de uso…
A Arezzo e o poder da cidadania
Primeiro leia a matéria abaixo, da jornalista Carolina Sanches para o Jornal Primeira Edição de 18 de abril de 2011 às 12:05 …
Lançamento da nova linha da Arezzo intitulada Pelemania tem sido alvo de propaganda negativa
A Arezzo caiu na mira dos internautas nos últimos dias depois do lançamento da sua nova coleção intitulada Pelemania. A informação de que a grife utiliza peles de animais como raposa e coelho gerou polêmica no Twitter e Facebook, com comentários afiados de ativistas e clientes da marca. A polêmica ainda foi abordada através de posts em blogs.
A coleção Pelemania foi lançada, no último dia 14, na Flagstore da Oscar Freire. Comentários mostram que a coleção indignou muitos consumidores da marca que está na lista dos tópicos mais citados da rede social.
Entre os internautas do Twitter, a maioria condena a marca. “E a Arezzo na contramão da moda sustentável usando peles de animais”, disse um post. Mas há os que defendem a coleção “A polêmica só acontece porque são peles, mas ninguém fala do couro. Acho que a empresa não sabia que a campanha ia ser tão comentada”, outro post.
A reportagem do PRIMEIRA EDIÇÃO entrou em contato por e-mail com a assessoria da Arezzo e aguarda o pronunciamento da marca.
No mesmo dia à tarde, na Folha Online, às 16:38 …
Arezzo retira de lojas produtos fabricados com pele exótica – Houve manifestações raivosas na internet
Depois da polêmica envolvendo a recém lançada coleção de inverno denominada “Pelemania”, confeccionadas com peles de animais, conforme publicado hoje no Primeira Edição, a Arezzo informou que retirou as peças do mercado.
No site da marca, o anúncio da coleção Pelemania dizia “Hit glamuroso da temporada. Não pode faltar no guarda-roupa da fashionista”, ao lado uma foto de uma bolsa aparentemente feita de pele de animais.
A coleção gerou indignação nas redes sociais devido a informação do uso de peles de animais (devidamente regulamentadas e certificadas. Fonte: Arezzo) nos produtos e repercutiu negativamente em meio a discursos politicamente corretos dos consumidores e demais usuários de sites de relacionamentos.
Até mesmo a atriz Glória Píres, garota propaganda oficial da marca, enviou nota através do twitter isentando sua imagem da referida campanha da coleção.
A assessoria da empresa afirmou que mais de 90% da linha é feita com pele sintética e que apenas em uma bolsa foi usada pele de raposa, considerada pele exótica.
Há também uso de pele de coelhos em detalhes de calçados da coleção. Ainda de acordo com a assessoria, mais de 80% dos produtos da empresa são feitas com couro bovino ou ovino.
Nota oficial da Arezzo diz que a empresa “entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios”.
A Arezzo também afirma que as peles exóticas usadas em seus produtos são “devidamente regulamentadas e certificadas, cumprindo todas as formalidades legais que envolvem a questão”.
“Não entendemos como nossa responsabilidade o debate de uma causa tão ampla e controversa”, diz a nota.
Primeiro a Arezzo cometeu o erro básico de qualquer empresa do Século XXI, não pesquisar o impacto que sua nova coleção teria sobre o ambiente. Depois pensou que ninguém iria se manifestar, o que é normal, as pessoas engolem tudo, não pensam e se pensam, param por aí, não agem.
O que ocorreu de diferente, desta vez?
O povo está se transformando em cidadão e veja bem, cidadão é diferente de humano, é o humano com consciência sobre seu poder e sua responsabilidade no futuro do planeta, em como suas decisões podem influenciar o todo, em como o seu consumo, seu estilo de vida são interligados ao consumo dos outros quase 7 bilhões de almas no planeta.
O cidadão sabe que se não adquirir determinado bem e espalhar isso pelas redes sociais encontrará outros que pensam como ele, outros que ao se unir a ele, criarão um número suficiente de cidadãos que retirarão este produto das prateleiras porque o empresário só produz o que o consumidor quer comprar e se o consumidor boicotar o produto, ele deixará de existir.
Daí a Arezzo amargou um prejuízo desnecessário, pois ainda pensa e age como uma empresa do Século XX.
A lição a ser aprendida, leitor, é que nós, cidadãos, temos o poder de mudar o mundo. Esqueça os políticos, nós cidadãos somos a força que move e muda o mundo, para o bem ou para o mal, rumo a um futuro sustentável ou para a extinção da raça humana.
Você escolhe o futuro que quer para você e seus descendentes, simplesmente sendo um consumidor sustentável, se transformando de humano consumista, escravo da indústria, do governo, em um cidadão.
A Arezzo não retirou as peças de circulação. As está liquidando nas cidades afastadas dos grandes centros, onde o público não é tão engajado. Já fotografaram as vitrines com as peças e cartazes de SALE.