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A diferença entre os plásticos biodegradáveis

Percebemos que existem algumas dúvidas sobre os tipos de plásticos biodegradáveis. Muitas pessoas e empresas não sabem que existem tipos e termos técnicos diferentes.

Antes de abordar estas diferenças, é preciso falar sobre o plástico. O plástico é um material que é utilizado há tanto tempo que não sabemos como seria possível viver os tempos modernos sem ele. Inovações na saúde, na alimentação, na construção civil, na comunicação, na indústria automobilística, na aeronáutica, na agricultura e no controle de doenças são alguns exemplos do que não seria possível sem o plástico.
Nenhum material plástico vai parar na natureza sozinho. Há sempre uma ação humana por trás. Seja no descarte indevido ou no consumo exagerado, o lixo plástico gerado pelo ser humano e abandonado na natureza é a questão a ser debatida.

Plásticos hidrobiodegradáveis (HBPs) e plásticos oxibiodegradáveis (OBPs) são os dois principais tipos de plásticos biodegradáveis. A vantagem da embalagem biodegradável é que a sua permanência, como lixo, é muito menor quando comparado com os plásticos comuns reduzindo os efeitos nocivos no meio ambiente e para a vida selvagem. Ao contrário dos plásticos comuns, os plásticos biodegradáveis não geram microplásticos, mas sim, resultam em água, biomassa e dióxido de carbono.

O plástico hidrobiodegradável pode ser produzido em parte a partir de fontes de base biológica, tais como derivados de amido, fontes derivadas de petróleo ou composto por misturas de ambos, e incluem PLA, PHA (polihidroxialcanoato), PHBV (polihidroxibutirato valerato), PCL (policaprolactona), PVA (álcool polivinil) e certos poliésteres. É um tipo de material biodegradado por bactérias, algas e fungos, que convertem o material em biomassa, dióxido de carbono e água. Para que isso ocorra, o plástico deve ser coletado e compostado em usinas de compostagem junto com resíduos orgânicos, por exemplo, restos de alimentos. Plásticos hidrobiodegradáveis só serão biodegradados no prazo de 180 dias, conforme normas ASTM 6400 ou EN 13432, se estiverem depositados em usinas de compostagem. Este tipo de plástico não será biodegradável, conforme estas normas, se estiverem largados na natureza.
Alguns destes plásticos podem ser de origem renovável, não renovável, ou mistos.

Já o plástico oxibiodegradável é aquele que, ao receber uma pequena porção de aditivo pró-degradante durante a sua produção, tem sua degradação acelerada por influência de oxigênio, luz e temperatura. A falta de informação e conhecimento faz com que as pessoas pensem que o oxibiodegradável não é normalizado, o que não é verdade. Esse tipo de material é definido em norma da União Europeia e é regido por ensaios previstos em normas, por exemplo, ASTM 6954-18, BS 8472, SASO (Arábia Saudita), ESMA (Dubai e demais Emirados), AFNOR (francesa), entre outras. Todas estas normas preveem a degradação, biodegradação e ausência de resíduos nocivos ao final do processo, em ambiente aberto, ou seja na natureza.
O plástico oxibiodegradável não é rotulado como compostável pois não atende os prazos previstos de biodegradação em usinas de compostagem, mas atenderão as normas de biodegradação em ambiente aberto.

 

Em resumo, a biodegradação destes dois tipos diferentes de plásticos biodegradáveis depende do local onde foram descartados. Meio ambiente aberto, e usinas de compostagem são ambientes diferentes, por isso, estes dois tipos de plásticos biodegradáveis são regidos por normas também diferentes.

 

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