A vida na Terra deve sua existência à fotossíntese, um processo que tem 2,3 bilhões de anos.
Essa reação fascinante (e ainda desconhecida) permite que as plantas e outros organismos capturem a luz solar, a água e o dióxido de carbono e os convertam em oxigênio e energia na forma de açúcar.
A fotossíntese é uma parte tão integral do mecanismo de como a Terra funciona que praticamente a consideramos um dado já adquirido.
Mas quando olhamos para além do nosso planeta em busca de lugares para explorar e colonizar, torna-se óbvio o quão raro e valioso é esse processo.
Como meus colegas e eu investigamos em um novo artigo, publicado na Nature Communications, avanços recentes na produção de fotossíntese artificial podem ser a chave para sobreviver e prosperar longe da Terra.
A necessidade humana de oxigênio dificulta as viagens espaciais.
As restrições de combustível limitam a quantidade de oxigênio que podemos levar conosco, especialmente se quisermos fazer viagens de longa distância à Lua e a Marte.
Uma viagem só de ida a Marte normalmente leva cerca de dois anos, o que significa que não podemos enviar facilmente suprimentos de recursos da Terra.
Na Estação Espacial Internacional, já existem métodos para produzir oxigênio por meio da reciclagem de dióxido de carbono.
A maior parte do oxigênio na ISS vem de um processo chamado “eletrólise”, que usa eletricidade dos painéis solares da estação para dividir a água em gás hidrogênio e gás oxigênio, que os astronautas respiram.
Ele também possui um sistema separado que converte o dióxido de carbono exalado pelos astronautas em água e metano.
Mas essas tecnologias não são confiáveis, são ineficientes, muito pesadas e difíceis de se manter.
O processo de geração de oxigênio, por exemplo, requer cerca de um terço da energia total necessária para operar todo o sistema da ISS para dar suporte ao “controle ambiental e suporte à vida”.
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