A pesca de arrasto – aquela onde barcos soltam, arrastam e recolhem gigantescas redes de pesca – ao raspar o fundo do mar, revolvem sua camada superior, liberando carbono orgânico que é remineralizado na forma de dióxido de carbono (Co2).
Um efeito muito parecido com tratores arando e gradeando a terra.
As redes de arrasto de fundo no Mar da Tasmânia pegam as capturas acessórias indesejadas junto com o orange roughy. (Foto: Greenpeace / Roger Grace )
Os autores tomaram o cuidado de dizer que não saberiam dizer quanto deste CO2 acaba indo para a atmosfera.
E, ao comentar que a acidificação das águas reduz a capacidade dos oceanos removerem o gás da atmosfera, também foram cuidadosos ao não quantificar o tamanho deste impacto.
Uma traineira em Georges Bank, entre Massachusetts e Nova Scotia. Novo estudo descobriu que o arrasto de fundo é responsável por tantas emissões de carbono quanto a aviação global.Crédito Foto: Jeffrey Rotman / Alamy
No entanto, a mensagem principal do trabalho é sobre a responsabilidade de os países começarem a cooperar de verdade visando a criação de áreas de proteção marinha em águas internacionais.
No mínimo para mitigar o risco dos impactos da exploração predatória dos oceanos destruírem a base das muitas cadeias alimentares, inclusive aquelas de boa parte da humanidade.
A BBC e a Sky deram o devido destaque.
A vida nos oceanos está diminuindo em todo o mundo, devido à pesca excessiva, destruição de habitat e mudanças climáticas
Por aqui, o trator de destruição ambiental desse governo avançou mais um passo no começo do ano.
O ministro do supremo indicado por Bolsonaro, Nunes Marques, liberou a pesca de arrasto no litoral do Rio Grande do Sul.
No mês passado, o Fantástico deu uma matéria sobre a polêmica decisão.
Outro trabalho oceânico recente saiu na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
Pesquisadores alertam que as águas mais globalmente quentes dos oceanos começarão reverter o balanço de substâncias destruidoras da camada de ozônio e passar a liberar mais do que atualmente removem.
Atualmente, oceanos absorvem e decompõem gases da família dos CFCs, um passo importante para evitar a destruição da camada de ozônio. Saiu um comentário na Scientific American e na E&E News.
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