Por Ellen Nemitz · ECO - 18 de dezembro de 2024 - Câmara ressuscitou “jabutis” da…
Absurdo dos absurdos, as sacolinhas voltam com força total ao comércio de BH
Consumidor reclama, preço baixa, e lojista volta a fornecê-las
As polêmicas sacolinhas plásticas voltaram com força total ao comércio de Belo Horizonte. É cada vez mais comum receber o produto com a sacola na hora de pagar a conta no caixa.
“Eu acho muito deselegante ter que sair com as compras em caixas de papelão. Eu não compraria em um lugar que não tivesse sacolinhas”, defende o dono da rede de supermercados BH, Pedro Lourenço de Oliveira. As 48 lojas dele na capital chegaram a extinguir o material por quatro meses, quando entrou em vigor a lei municipal que permitia apenas sacolinhas biodegradáveis e compostáveis, em Belo Horizonte. “Choveu reclamação. Aí, nós voltamos a fornecê-las de graça. Nossas vendas subiram 5% depois disso”, comemora o empresário, que gasta R$ 0,08 por sacola. Ele garante que o próprio supermercado arca com os custos, evitando repassá-los ao consumidor.
A rede de drogarias Araujo também voltou a dar as sacolinhas por pressão dos clientes. “Nós prezamos pela satisfação do consumidor. A necessidade de voltar a entregar o material veio do aumento das reclamações por parte das pessoas”, disse o analista de marketing da empresa, André Amorim Grossi. Segundo ele, as sacolinhas tiveram o custo reduzido, o que facilitou o retorno delas ao mercado. “Só uma empresa produzia o material permitido na região, o que encarecia o produto. Mas com a alta procura, os preços baixaram, e pudemos voltar a fazer a distribuição gratuita”, conta.
Crescimento
O faturamento do setor supermercadista de Minas Gerais cresceu 2,82% no primeiro quadrimestre de 2014 em relação ao ano passado, segundo pesquisa da Associação Mineira de Supermercados (Amis). Nos primeiros quatro meses de 2013, as vendas das sacolas estavam em vigor, de acordo com decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A determinação foi derrubada pelo próprio órgão em agosto do ano passado.
Porém, a Amis não acredita que a sacola plástica tenha influenciado nesse termômetro de vendas do setor supermercadista.
Tempo
Decomposição. Sacolas plásticas comuns demoram cerca de cem anos para se decompor. De acordo com a campanha Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente, as biodegradáveis levam dois anos. Sacolas plásticas demoram mais de 500 anos para se decompor.
Entenda o caso
Em 2011, entrou em vigor em Belo Horizonte a Lei Municipal 9.529/2008, que determinou a substituição de sacos de lixo e sacolas plásticas por modelos ecológicos ou retornáveis.
O preço cobrado era, em média, R$ 0,19 por unidade.
Em 2012, o MPMG proibiu a venda das sacolinhas.
Em janeiro de 2013, elas voltaram a ser cobradas por decisão do TJMG.
Em agosto de 2013, a venda foi novamente suspensa pelo próprio TJMG.
“Eu acho muito deselegante ter que sair com as compras em caixas de papelão. Eu não compraria em um lugar que não tivesse sacolinhas” Deselegante? Como assim, deselegante? Deselegante é usar uma porcaria por meia hora e deixar o lixo para nossos mais longínquos descendentes limparem. Gerar lixo para o próximo limpar, poluir o planeta, isso sim é de uma deselegância, uma falta de educação, uma falta de consciência…
O empresário ainda diz que arca com o custo de oito centavos por sacola. Aham, faz de conta que acreditamos. Ninguém tem prejuízo, o consumidor sempre paga a conta e nesse caso, o planeta também.
“Nós prezamos pela satisfação do consumidor. A necessidade de voltar a entregar o material veio do aumento das reclamações por parte das pessoas” Não é porque o consumidor quer alguma coisa que ele tem que ter. às vezes as pessoas precisam ser protegidas de seus desejos consumistas, de seus desejos egoístas. É claro que o consumidor, preguiçoso por natureza, mal acostumado, vai querer uma sacolinha porque tem preguiça de levar sua sacola retornável, mas se não tiver a sacola disponível na loja ele será obrigado a trazer a sua. Só assim o consumidor será reeducado.
É uma vergonha, aliás, é um crime contra a humanidade quando o desejo de consumismo da era atual se sobrepõe ao direito de um planeta limpo, sem poluição, das gerações futuras. Estamos lutando para banir as sacolas plásticas de uso único desde 2004 e não conseguimos até hoje, porque o egoísmo da população é tão grande que eles dizem querer proteger o ambiente, mas desde que não mude seus péssimos hábitos. Não desistiremos, mas é difícil lutar contra a humanidade preguiçosa, egoísta, consumista.
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