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Acordo global pode exigir relatório de riscos climáticos das empresas

Por Presidente do banco central da França diz que medida pode ser anunciada na cúpula do clima da ONU, em novembro

Informe dos riscos climáticos envolvidos nas operações das companhias está diretamente ligado aos aspectos sustentáveis ESG | Foto: Getty Images

O presidente do banco central da França, François Villeroy de Galhau, afirmou ao Financial Timesque um possível acordo pode tornar obrigatória a divulgação de riscos climáticos por parte de empresas listadas em bolsas de valores de todo o mundo.

François Villeroy de Galhau

Além disso, Villeroy disse que a ideia pode se consolidar na cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP26. O evento acontecerá em novembro, na cidade de Glasgow, na Escócia.

Segundo o líder da autoridade monetária francesa, o assunto tem progredido entre governos e bancos centrais mais rápido do que o esperado.

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François Villeroy de Galhau diz que obrigatoriedade é o primeiro passo para padronizar informações sobre riscos climáticos | Foto: Reprodução/Facebook

“Ninguém esperava há seis meses que íamos tão rápido quanto fizemos e dizer que talvez pudéssemos ter uma conclusão positiva sobre a divulgação obrigatória na COP26”.

A divulgação de dados referentes aos riscos climáticos envolvidos nas operações das companhias está diretamente ligada aos aspectos sustentáveis ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês).

Padronização dos relatórios

Segundo Villeroy, o estabelecimento da obrigatoriedade mundial é o primeiro passo para caminhar rumo à padronização das informações sobre riscos climáticos nos relatórios corporativos.

À reportagem do Financial Times, o chefe do banco central francês destacou que a pressão dos próprios investidores deve acelerar o processo.

“A divulgação adequada deve se tornar obrigatória – eu esperaria isso como um primeiro passo. Devemos progredir nestes dois caminhos”, disse Villeroy.

Em 2015, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) lançou Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD) para iniciar o processo de padronização a nível mundial.

Segundo o grupo de trabalho, no ano passado mais de 1.500 organizações manifestaram apoio aos padrões indicados. Entretanto, muitas os adotaram apenas parcialmente.

Avanços sobre riscos climáticos

Na França, bancos e seguradoras têm sido obrigadas a divulgar sua exposição às mudanças climáticas ao longo dos últimos anos.

Do outro lado do Canal da Mancha, no Reino Unido, já há planos de tornar o informe obrigatório a empresas listadas a partir de 2025.

Nos Estados Unidos, uma ordem executiva de maio do presidente Joe Biden instruiu a secretária do Tesouro, Janet Yellen, a trabalhar com órgãos reguladores na elaboração de um plano para “reduzir os riscos para a estabilidade financeira” das mudanças climáticas.

 

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