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Apras aposta na ‘sacolinha zero’

stevevance

O Diário do Norte do Paraná de 05 de julho de 2009

Associação supermercadista quer banir as sacolinhas plásticas em estabelecimentos de Maringá. Algunas lojas já incentivam a troca das sacolas por “bolsas ecológicas”

Carla Guedes

A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) quer banir as sacolas plásticas dos supermercados de Maringá no ano que vem. Para isso, a entidade vai reunir empresários do setor, esta semana, para tentar atingir a meta da “sacolinha zero”. “Se não conseguirmos, vamos pelo menos diminuir a quantidade usada hoje”, diz o presidente da associação, Roberto Burci.

A estratégia para eliminar as sacolinhas plásticas dos supermercados de Maringá é conscientizar empresários e consumidores de que as sacolas prejudicam o meio ambiente e trazem custos para os dois lados.

Burci garante que se o cliente deixar de usar as sacolas para empacotar as compras e o supermercado parar de comprá-las, o preço das mercadorias cairá 0,3%, aproximadamente. Os gastos com sacolas plásticas equivalem a 8% do custo operacional de um mercado.

O desafio que a Apras tem pela frente, ao tentar abolir as sacolinhas dos mercados, é a tradição das sacolas entre os consumidores. “O cliente adora as sacolas e acha cômodo não ter que trazer algo de casa para empacotar as compras”, diz. “Ele (o consumidor) acha um transtorno ter que sair de casa com uma sacola (do tipo retornável) para ir ao supermercado.”

A rede de supermercados de Burci fez campanha, este ano, para incentivar a utilização das sacolas de pano. Colocaram à venda 8 mil sacolas e distribuíram brindes para quem levasse as embalagens para colocar as compras.

“O pessoal ficou animado”, lembra. Bastou o término da promoção para ninguém mais lembrar de levar a sacola de pano para fazer compras. “Eles não se interessaram mais porque não receberam incentivo para usar a retornável”, lamenta.

Burci diz que prepara outra campanha para incentivar o uso das sacolas ecologicamente corretas. A ideia é vendê-las a um preço convidativo: R$ 1,99.

O empresário afirma que está disposto a colocar um ponto final na utilização das sacolas plásticas nas suas lojas, mas teme que os consumidores reclamem.

A dona de casa ainda não adotou a ideia de levar a sacola de pano para fazer compras. “A onda das sacolas retornáveis não pegou”, diz Ana Domingues, da ONG FUNVERDE.

A sacola retornável até se transformou em item fashion e por aí é chamada de eco-bag (bolsa ecológica). “Todo mundo compra porque está na moda, mas ninguém usa”, critica.

O ato de ir ao supermercado e sair de lá carregando sacolas plásticas se tornou tão natural que pouca gente lembra de colocar a sacola de pano na bolsa para fazer compras. “A sacola de plástico é o ícone do desperdício.”

Cobrar uma taxa sobre a utilização da sacolinha de plástico, receber descontos nas mercadorias quando optar pela embalagem retornável ou são as formas de incentivar o cliente a usar embalagem de pano, segundo Ana.

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