Por Assessoria de Comunicação - Tecpar - 25 de novembro de 2024 O Instituto de…
Aquecimento dos oceanos está em níveis recordes há um ano; entenda o risco
As altas temperaturas dos oceanos já estão se revelando catastróficas para os corais.
A Grande Barreira de Corais da Austrália está passando por seu sétimo evento de branqueamento em massa, segundo as autoridades locais.
Imagem registrada em 2016 mostra o branqueamento de corais no Grande Recife, na Austrália / Kyodo News Stills via Getty Image
O branqueamento ocorre quando os corais atingidos pelo calor liberam as algas que vivem em seus tecidos e fornecem sua fonte de alimento.
Se a temperatura do oceano permanecer muito alta por muito tempo, o coral pode morrer de fome.
Dados da Coral Reef Watch, da NOAA, mostram que o problema vai muito além da Austrália e que o mundo pode enfrentar um quarto evento global de branqueamento de corais em massa nos próximos meses.
O calor do oceano pode deixar os furacões mais intensos.
“Quanto mais quente o oceano, mais energia para abastecer as tempestades”, disse Karina von Schuckmann, oceanógrafa da Mercator Ocean International, na França.
As temperaturas têm sido sem precedentes no Atlântico Norte, uma área chave para a formação de furacões.
“Em alguns momentos, os registros (no Atlântico Norte) foram quebrados por margens que são estatisticamente impossíveis”, disse à CNN, Brian McNoldy, pesquisador sênior da Universidade de Miami Rosenstiel School.
Se as temperaturas oceânicas continuarem muito altas até a segunda metade de 2024 e um evento La Niña se desenvolver – a contrapartida do El Niño que tende a amplificar a temporada de furacões no Atlântico – “isso aumentaria o risco de uma temporada de furacões muito ativa”, disse Hirschi.
Cerca de 90% do excesso de calor produzido pela queima de combustíveis fósseis é armazenado nos oceanos.
“Medir o aquecimento dos oceanos nos permite acompanhar o status e a evolução do aquecimento planetário”, disse Schuckmann à CNN.
“O oceano é a sentinela do aquecimento global.”
O El Niño está enfraquecendo e prevê-se que se dissipe nos próximos meses, o que poderia nivelar as temperaturas recordes do oceano, especialmente se os efeitos de resfriamento do La Niña o substituíssem.
“No passado, os níveis das temperaturas da superfície diminuíram após a passagem do El Niño”, disse Schuckmann.
Mas, afirmou que é atualmente impossível prever quando o calor do oceano cairá abaixo dos níveis recordes.
Enquanto a variabilidade climática natural fará com que as temperaturas dos oceanos flutuem, a longo prazo, disse Johnson, da NOAA, devemos esperar que “continuem quebrando recordes enquanto as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera continuarem a subir.”
Este Post tem 0 Comentários