Por Jean Silva* - Jornal da USP - 1 de novembro de 2024 - Tucuruvi,…
Aquecimento global é considerado o evento mais forte em 2 mil anos
Cientistas do clima revelaram na Nature que descobriram que não há evidências de “períodos quentes e frios globalmente coerentes” nos últimos 2.000 anos antes da industrialização. Este grupo chegou a uma conclusão surpreendente sobre eras passadas de aquecimento e resfriamento. As antigas, foram casos regionais ,as não, eventos globais. A pesquisa mostra que o aquecimento global observado nos últimos 150 anos causado pelos humanos, ‘é incomparável em sua escala global’.
Evidências de climas antigos reunidos em todo o mundo
Os autores utilizaram evidências históricas de clima que foram reunidos no mundo todo. De anéis de árvores a recifes de coral. Para eles, eventos como a Pequena Idade do Gelo (1300 a 1800), e o Período Quente Medieval (800 a 1200), eram mais regionais do que globais. O que estão dizendo é que temperaturas médias globais anômalas não implicam, por si só, a existência de evento climático global. “A interpretação de séries temporais paleoclimáticas individuais não deve ser forçada a se encaixar em narrativas ou épocas globais”. A única vez nos últimos 2.000 anos que quase toda a Terra passou por aquecimento ou resfriamento significativo é o período atual que começou no século 20. É o que revela a pesquisa de Nathan Steiger, cientista do Lamont. – Doherty Earth Observatory da Columbia University.
Caráter extraordinário da atual mudança climática
Um dos estudos também descobriu que as taxas de aquecimento durante a segunda metade do século 20 foram as mais rápidas registradas no período de 2.000 anos. “Observamos a taxa de aquecimento, a velocidade do aquecimento e o resfriamento nos últimos 2.000 anos. Descobrimos que o aquecimento mais drástico ocorreu durante a segunda metade do século XX. Isso destaca o caráter extraordinário da atual mudança climática”. Foi o que disse o coautor e paleolimmonologista Raphael Neukom, da Universidade de Berna. Falta agora, avisar aos Trumps e Bolsonaros da vida. Ambos ameaçam o Acordo de Paris.
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