Após estudar 10 megacidades em cinco continentes e levando em consideração a poluição do ar, as águas pluviais, energia e emissões de carbono, os pesquisadores descobriram que as árvores têm um benefício econômico de cerca de 505 milhões de dólares a cada ano.
Estudiosos do SUNY College of Environmental Science and Forestry e Parthenope University of Naples descobriram que as árvores valem 1,2 milhão de dólares por quilômetro quadrado ou 35 dólares per capita.
Usando um aparelho de cobertura de árvores chamado i-Tree, os pesquisadores conseguiram estimaram os diversos benefícios. “As árvores têm benefícios diretos e indiretos para resfriar edifícios e reduzir o sofrimento humano durante as ondas de calor”, afirma o principal autor do estudo, Dr. Theodore Endreny, da Faculdade de Ciências Ambientais e Florestas (ESF) de Nova York.
“O benefício direto é a sombra que mantém a área urbana mais fria, o benefício indireto é a transpiração de águas pluviais que transforma o ar quente em um ar mais frio”, completa Theodore.
A cobertura de árvores em áreas metropolitanas varia de 8.1% para 36%, mas o potencial de tais cidades é muito maior, começando com 15,6%.
Para Endreny, as megacidades podem aumentar esses benefícios em média em 85% apenas plantando mais árvores.
Confira alguns números levantados na pesquisa:
– Reduções da poluição do ar gera economia de 482 milhões de dólares por ano
– Redução da quantidade de águas pluviais processadas pelas usinas de águas residuais economiza 11 milhões de dólares
– Redução das emissões de carbono economiza 8 milhões de dólares por ano
– Redução no aquecimento e resfriamento de energia economiza 500 mil dólares por ano.
“Uma consciência mais profunda do valor econômico dos serviços gratuitos fornecidos pela natureza pode aumentar a nossa vontade de investir esforços e recursos na conservação, de modo que a riqueza social, a estabilidade econômica e o bem-estar também aumentariam.
Com esta pesquisa conjunta, criamos na nossa universidade um Laboratório de Bem-estar Urbano, administrado conjuntamente por pesquisadores e acionistas locais, afirma um dos co-autores, o professor Sergio Ulgiati da Parthenope University of Naples, na Itália.
As cidades estudadas foram: Pequim, China; Buenos Aires, Argentina; Cairo, Egito; Istambul, Turquia; Londres, Grã-Bretanha; Los Angeles, Estados Unidos; Cidade do México, México; Moscou, Rússia; Mumbai, Índia; e Tóquio, Japão.
Falar que é preciso mais espaços verdes para tornar as cidades mais habitáveis ou humanas pode não ser o melhor argumento para os gestores públicos, apesar de serem muito válidos.
Neste caso, quando a única conversa que se entende é do dinheiro, vale usar esta pesquisa.
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