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As coníferas chegaram à tundra do Ártico um século antes do previsto

Por Clarisa Dias – Quartz – 13 de Agosto de 2022 – Foto: REUTERS/VASILY FEDOSENKO – À medida que a mudanças climáticas dizimas as florestas em lugares como a Europa e o oeste americano, as árvores boreais estão se movendo para o Ártico. 

Jovens arvores abetos brancos estão crescendo nas tundras, onde os cientistas ligados ao clima não esperavam que estivessem por cem anos ou mais, de acordo com um novo estudo realizado no Alasca.

O artigo, publicado este mês na Nature, descobriu que a espécie de árvore, que normalmente cresce no meio do Alasca, está se expandindo para o norte em áreas onde as temperaturas frias anteriormente limitavam a vegetação a arbustos baixos e líquens.

Seus autores, pesquisadores da Alaska Pacific University, University of Alaska Anchorage, Amherst College e Northern Arizona University, estimam que os abetos estão ganhando cerca de 4 km por década, mais rápido do que qualquer população documentada de coníferas de alta latitude.

As descobertas reforçam novas pesquisas que mostram que os cientistas subestimaram a velocidade com que o Ártico está derretendo. 

Está aquecendo quatro vezes mais rápido que o resto do mundo, transformando ecossistemas, derrubando padrões migratórios de animais, liberando e redistribuindo carbono – e criando as condições ambientais para o crescimento das coníferas.

Tudo isso terá implicações globais.

No verão, em razão do descongelamento do solo, crescem sobre a tundra diversas espécies de gramíneas

Florestas migratórias agravam os efeitos das mudanças climáticas

Mais árvores na tundra significam menos luz solar refletida no solo e absorvida pela vegetação, levando a um maior derretimento do gelo do Ártico.

As coníferas boreais podem pular de um local para outro e viajar pelas montanhas até a tundra, de acordo com Roman Dial, o principal autor do estudo.

É possível que mudas de árvores tenham se enraizado em outras áreas remotas e inacessíveis da tundra que os cientistas ainda não descobriram, disseram os autores.

Árvores jovens são difíceis de detectar mesmo com satélites.

Os cientistas descobriram os abetos pela primeira vez em 2019 durante um estudo de campo.

Como pouco se sabe sobre como as árvores estão se adaptando às mudanças climáticas, descobertas como essas são inestimáveis, ajudando os cientistas a aprender como proteger e reproduzir espécies em risco agora ou no futuro.

 

 

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